terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mansores

Ousadia e retratos de Arouca, no livro «O Tesouro do Mar de Mansores»


Arouca, e, sobretudo, Mansores, são pano de fundo para as histórias ousadas que José Santos conta em «O Tesouro do Mar de Mansores». Um mar de nevoeiro, que desencadeia lendas e mistérios, que desperta a ousadia do romance a que o escritor se entrega, para contar histórias de prazer e liberdade. Com chancela da «Papiro Editora», o lançamento do livro «O Tesouro do Mar de Mansores», terá lugar no próximo dia 30 de Novembro, às 21:30, na Biblioteca Municipal de Arouca.







«Em Mansores, Arouca, existe um imponente vale verde com nascentes de água límpida. Quando o rio Arda transborda, o nevoeiro permanece no fundo do vale e forma-se um mar em Mansores, sobre o qual existem várias lendas. Passados seis anos, Amélia e Mário reencontram-se para finalmente viver o amor que tinham sido impedidos de viver no passado. Com o incentivo da família de Mário, este casal e outros jovens ousados e liberais vão revitalizar uma seita e um culto herdados dos seus antepassados, descobrindo o prazer e a liberdade que só existem no mar de Mansores».







«O Tesouro do Mar de Mansores» é uma história repleta de mistério e erotismo a que o leitor vai adorar abandonar-se.







José Pinho dos Santos nasceu em 1956 em Lobão, Santa Maria da Feira, Aveiro. Licenciado em Belas Artes, foi estudante/trabalhador, dirigente e funcionário político, professor de geometria e educação visual. Hoje, como sempre, dedica-se ao desenho técnico e artístico, à pintura e à escrita (poesia e prosa). «O Tesouro do Mar de Mansores» é o seu primeiro romance, fruto do fascínio do autor por Arouca, herdado dos seus familiares maternos.



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

António Borges, próximo primeiro-ministro?





António Borges, PSD, antigo candidato à liderança do partido, demitiu-se, “por motivos pessoais” do cargo de director do FMI para a Europa. Na ausência de mais informações e, sabendo-se das fortes ambições políticas dele, dá para especular sobre o seguinte:






1 – Tem uma ligação próxima a Manuela Ferreira Leite e Cavaco; no tempo deste como PM foi vice-governador do Banco de Portugal;






2 – Cavaco esteve esta semana nos EUA onde Borges trabalhava. Nem sequer falaram pelo telefone?






3 – Têm sido evidentes as diferenças entre as posições de Cavaco e Passos sobre a intervenção do BCE e a emissão de obrigações (eurobonds);






4 – Cavaco sempre teve um olímpico desprezo por Passos, eleito no PSD com o apoio da ganga mais reles do partido – os autarcas – em regra, desprezados pelos aristocratas de Lisboa;






5 – Cavaco há meses (e referi isso no FB, na devida altura) estabeleceu despachos semanais com os ministros Gaspar, Álvaro e Portas, com o evidente propósito de reduzir o papel de Passos;






6 - Também Manuela, após um longo silêncio, teceu a sua consonância com o seu amigo Cavaco, nos últimos dias;














7 – Cavaco tem mantido um posicionamento mais crítico e mais interventivo com Passos do que com Sócrates;






8 – Os afastamentos recentes de Papandreu e Berlusconi evidenciam que a mudança de primeiro-ministro não exige eleições prévias;






9 – Esses afastamentos decretados em Berlim mostram também que os seus substitutos não precisam de ser provenientes dos aparelhos internos dos partidos;






10 - Em Itália e na Grécia os novos PM são tecnocratas, com vasto curriculum de malfeitorias ao serviço de instâncias ligadas ao capital financeiro;






11 – O brasonado Borges (barão ou semelhante de Alter do Chão) esteve no Goldman Sachs e no FMI com passagem pelo Banco de Portugal;






E se estivesse na forja a saída de Passos e a colocação de Borges para o seu lugar?






Isto é só especulação. Ou melhor é cá um “suponhamos que…)










sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Religião: os homens usam Deus para submeter as mulheres

Por milhares de anos a mulher viveu na sombra do homem, assistindo ao desenrolar da história humana, sem poder participar, sem ser consultada e respeitada. Foi usada como mercadoria, comprada, vendida, violentada, assassinada e subjugada segundo os interesses determinados pelos poderosos homens. Não houve, por parte dos homens, pudor ou piedade em cometer tantas atrocidades com um ser da sua espécie, sendo a mulher submetida às suas vontades a qualquer preço. Em muitos países, ainda hoje, uma vaca, um cavalo ou um camelo valem mais do que a vida de uma mulher. A crueldade e o descaso com o sofrimento das mulheres é revoltante, repugnante e não é somente a submissão imposta pelos homens às mulheres que é revoltante. É, principalmente, a rua sem saída que as religiões deixam à mulher, pois sem poder confiar num Deus benevolente, em quem pode confiar? Sem apoio do marido, do pai e sem poder contar com as leis, a mulher se entrega com toda a fé a um Deus. Ela busca na fé força para suportar as violências, os maus tratos, as humilhações que tanto a faz sofrer. Ela se entrega de corpo e alma a este Deus e pede compaixão. Confia na sua bondade e benevolência, seja ele muçulmano, protestante, católico, hindu, judaico, enfim, é sempre um Deus. E é justamente aí que a mulher encontrará a rua sem saída para a sua vida espiritual: em todas as religiões, as interpretações feitas das mensagens divinas, obedecem a padrões estritamente masculinos e voltados a interesses masculinos. Todas as principais religiões do mundo são patriarcais e a mulher é usada por esse “Deus” não para aliviar o seu sofrimento, mas para perpetuar a supremacia do homem sobre a mulher. Ela não encontrará o alivio que procura; encontrará somente o que os homens decidiram que deverá receber no campo espiritual. E no campo espiritual, as mulheres, em todas religiões, não possuem papéis de grande importância. Isto ocorre porque o homem se considera o mais forte não só fisicamente, mas também espiritualmente. A prova disso é que se conhecem poucas “Deusas”, e somente em religiões orientais, mas sempre abaixo dos poderes supremos de um Deus-Homem maior. “Deuses” encontramos em todas as religiões ocidentais, que têm como princípio servir o interesse de quem as criou: os homens. Não existe nenhuma religião de importância no mundo, fundada ou comandada por mulheres. O “Deus” em todas as religiões foi idealizado por homens, visualizado por eles que também são os merecedores de receberem as profecias ou mensagens do além. Os homens manipulam há milhares de anos o campo religioso, para obterem dinheiro fácil, prestigio sócia e poder. Religião é sinônimo de poder. E o poder de usar um Deus em proveito próprio, os homens manipulam com maestria. Mas paradoxalmente são as mulheres que mantém com sua fé todas as religiões do mundo. E é interessante observar como elas não são ouvidas e muito menos consideradas. São consideradas somente como crentes de um Deus, sem algum poder. Aos homens cabe o poder e a manipulação das religiões usando uma divindade como escudo ao abuso de poder. Na última década, se observa o radicalismo, o fanatismo e o fundamentalismo retornando a quase todas as religiões deste planeta. Qual seria o motivo deste retrocesso espiritual e filosófico? Bem, de base filosófica e espiritual não tem absolutamente nada que o justifique. O que causou este retrocesso foi simplesmente à saída da mulher para o trabalho, para a universidade, para as fábricas, para o comercio, enfim, para a vida. Segundo os olhos dos guardiões da fé humana de algumas religiões deste planeta, tanta liberdade era e é inadmissível. E com a necessidade de controlar os passos da mulher, eles as aprisionam novamente como a mil anos atrás. O retrocesso foi e está sendo total. Mas o mais trágico e cômico de todo este absurdo religioso é que é tudo feito sempre em nome de um DEUS!

De Tania Nienkotter Rocha - Livro: Sexo sem Nexo

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

é a vida...

está na hora de ver os democratas na rua!

O governo vende-pátrias do PSD/CDS-PP, com o beneplácito do PS, o tal "bom aluno" do directório europeu, do FMI e do imperialismo germânico, face aquilo que ele considera ser a letargia dos trabalhadores e do povo português, já não quer falar mais dessas panaceias. Para quê, questiona-se a burguesia portuguesa e seus representantes, insistir na redução da TSU (Taxa Social Única) que, mesmo a haver uma redução de 8%, seria sempre uma medida temporária e, ademais, não asseguraria, quer a "produtividade" e "competitividade" desejadas, quer a acumulação de riqueza capitalista tão desejada?




A Direita mexe-se e a esquerda portuguesa? É urgente a mobilização e organização da desobediência civil, com a exigência clara da expulsão do FMI de Portugal, pelo derrube deste governo serventuário da tróica e do imperialismo germânico: pela constituição de um Governo Democrático com gente decente e com provas dadas

O medo da Democracia ( M. A. Pina)


Bastou o primeiro-ministro grego anunciar que consultará o povo, através de referendo, sobre as novas e gravosas medidas de austeridade e perda total da soberania orçamental impostas ao país pelos "mercados" e seus comissários políticos em Bruxelas e nos governos de Berlim e Paris para cair a máscara democrática desta gente.


Na pátria da Democracia, o Governo decide-se por um processo democrático básico e Sarkozy fica "consternado" e considera a decisão "irracional" enquanto alemães e FMI se mostram "irritados" e "furiosos" com ela. E Merkel e Sarkozy assinam um comunicado conjunto dizendo-se "determinados" a fazer com que a Grécia cumpra as suas imposições e lhes ceda o que ainda lhe resta de soberania; só lhes faltou acrescentar "queiram os gregos ou não queiram" e mobilizar a Wehrmacht e a "Force de Frappe"...

Até Paulo Portas, ministro de uma coligação eleita com base em compromissos eleitorais imediatamente rasgados mal tomou posse, está "apreensivo".

O medo que esta gente, que tanto fala em Democracia, tem da Democracia é assustador. Aparentemente, o projecto de suspensão da Democracia por 6 meses (ou por 48 anos) estará já em curso. Pinochet aplicou no Chile as receitas de Milton Friedman suspendendo sangrentamente a Democracia. Como é que "boys" de Chicago como Gaspar ou Santos Pereira, que chegaram a ministros sem nunca antes terem governado sequer uma mercearia, o fariam em Democracia?



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lutemos por um Portugal mais justo.

Seja surdo quando as pessoas dizem que não podes realizar seus sonhos!



E não se esqueça: EU POSSO FAZER TODAS AS COISAS POSSÍVEIS, PARA MEU BEM E BEM DE MEUS AMIGOS!


De repente, há gente a quem escapou a ideia que






                            TODOS os impérios acabam!






O capitalismo está a moribundo, a Comissão Europeia vai na frente de tal caminho; os bancos e banqueiros estrangulam o estado. Esta ratoeira ficou traçado pela administração Bush e o regime capitalista cairá pelos erros próprios dos mandantes…


Há-de surgir um regime novo! Quem estiver interessado, ter ideias próprias ou de outros, de organizações, partidos políticos deve lutar.


Cá, em Portugal a direita, a colocar os trabalhadores e pequenos empresários a pedir, por ideias suas…


Os homens de esquerda, que tiveram o poder politico, quedam-se e/ou desaparecem, como o PS por exemplo. Rendidos não! Com ou sem partidos, é necessário um poder que proteja os mais pobres, um coisa linda. Com gente solidária, que lutou contra o capital, militantes de partidos de esquerda, Portugal seria um paraíso para todos…


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Patrícia Kaas

Nós nascemos muito felizes.



Crescemos naquilo que pode ser a expressão mais alcançável da felicidade possível, mas aos poucos vamos trocando isso por outros valores, como sucesso profissional e sucesso financeiro...


Bem-aventurado é aquele que consegue acordar a tempo de perceber que melhor do que fazer horas extras no trabalho ou perder noites de sono em algum projecto ou pesquisa, é sempre reservar um tempo para preservar suas amizades, dedicando-se às pessoas que você ama, à sua família e amante.


A felicidade está connosco o tempo todo: nós, é que muitas vezes, a perdemos ou somos roubados…

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

instrumento do índios

sem comentários

O Cavaco na sua visita discreta aos Açores de 5 dias levou 30 acompanhantes, entre os quais:


- sua esposa;

- o chefe da casa civil e sua esposa;

- 4 assessores;

- 2 consultores;

- 1 médico pessoal;

- 1 enfermeira;

- 2 bagageiros?;

- 2 fotógrafos oficiais;

- 1 mordomo;

- 12 agentes de segurança.

e à chegada disse: "Ninguém está imune aos sacrifícios".



Opinião de M. A. Pina..

“No país que já era o mais desigual da Europa Ocidental, o que o Governo de Passos Coelho faz, com o OE para 2012, é um verdadeiro assalto fiscal às classes médias ("suicídio assistido" lhe chama o economista e professor do ISCTE Sandro Mendonça) e aos mais pobres, enquanto poupa aos sacrifícios "para todos" bens de luxo como jóias, casas sumptuosas ou carros de alta cilindrada; as próprias subvenções vitalícias aos políticos escapariam se alguns media, JN incluído, não tivessem denunciado ontem o caso…”

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Gatunos...

A presidente da Assembleia da República acaba de atribuir a Mota Amaral, na qualidade de ex-presidente do Parlamento, um gabinete, uma secretária, um BMW 320 e um motorista.


O despacho é assinado por Assunção Esteves, e remete para o articulado que regulamenta o funcionamento dos serviços da Assembleia da República, a Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República (LOFAR), publicada em anexo à Lei n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8, alínea a), do artigo 1.º da Resolução da Assembleia da República n.º 57/2004, de 6 de Agosto, alterada pela Resolução da Assembleia da República n.º 12/2007, de 20 de Março.

O facto está a ser divulgado na Internet, e está a ser apresentado como uma prova de que a Assembleia da República não aplica a si mesma os cortes que, na actual crise, o governo tem vindo a impor aos portugueses.

Os e-mails que já correm na Internet sobre este assunto apresentam como título "Poupar????? É só para alguns....."

Fascistas!

Dizer que Passos Coelho é inconsequente é mentira. Passos, é


muito consequente nos objectivos que a ultra direita traçou para o desmembrar do Estado social, da educação pública, e da educação para todos com as mesmas oportunidades de aprendizagem.

Que me desculpe o Bloco e o PCP, mas também culpados do se passa; Inconsequente, são tais partidos os partidos aliaram com esta direita para os levar de andor ao poder, ao rejeitar o PEC IV do governo Sócrates…





segunda-feira, 17 de outubro de 2011

É possível, é...

Durante o crash financeiro de 2008, foi destruída mais propriedade privada,



ganha com dificuldades, do que se todos nós aqui estivéssemos a destruí-la


dia e noite durante semanas. Dizem que somos sonhadores, mas os verdadeiros


sonhadores são aqueles que pensam que as coisas podem continuar


indefinidamente da mesma forma.






Não somos sonhadores. Somos o despertar de um sonho que está a


transformar-se num pesadelo. Não estamos a destruir coisa alguma. Estamos


apenas a testemunhar como o sistema está a autodestruir-se.






Todos conhecemos a cena clássica do desenho animado: o coiote chega à beira


do precipício, e continua a andar, ignorando o facto de que não há nada por


baixo dele. Somente quando olha para baixo e toma consciência de que não há


nada, cai. É isto o que estamos a fazer aqui.






Estamos a dizer aos gajos de Wall Street: “hey, olhem para baixo!”


sábado, 15 de outubro de 2011

Pois...

ALGUMAS BOCAS DO NOSSOS IMPOSTOS!

Portugal concentra actualmente 14 mil entidades públicas e parcerias público-privadas que se alimentam directamente do Orçamento Geral do Estado. Entre estas, contam-se 340 fundações de mão-pública, 379 institutos públicos, 537 empresas municipais e mil sociedades empresariais do Estado que não geram receita para pagamento da despesa. Esta é uma das conclusões de um estudo encomendado pela Comissão Europeia no âmbito do Ano Europeu do Combate à Pobreza e exclusão Social e que foi realizado pelo Centro de Estatística da Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas (ANPME) e pela Universidade Fernando Pessoa.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O mundo é nosso; respeitando os outros...

VAMOS TRABALHAR JUNTOS


QUE AINDA PODERMOS;

O MUNDO FICARÁ MELHOR, QUANDO NÓS QUISERMOS.

O MUNDO É O QUE PERMITIMOS QUE ELE SEJA.

NÓS, QUEREMOS MUDAR O MUNDO:

OK, MUDEMOS EM PRIMEIRO LUGAR

A NÓS NO FUNDO.



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Está certo, mulheres...

Por que as três mulheres que ganharam o Prêmio Nobel da Paz é uma boa chance pras feministas ficarem CALADAS



Mulheres ganharam 44 de 851 prêmios Nobel






Desde 1901, quando o prêmio foi criado, 15 mulheres receberam o Nobel da Paz e 12 o de Literatura






BBC Brasil
07/10/2011 09:11






Três mulheres dividiram o Nobel da Paz deste ano por suas lutas pela igualdade de direitos entre os gêneros, mas na história do prêmio, iniciada em 1901, apenas 44 dos 851 agraciados nas seis categorias até hoje são mulheres.


A física nuclear polonesa Marie Curie, radicada na França, foi a primeira mulher a receber um Nobel, em 1903. Ela foi também a única mulher até hoje a receber um segundo prêmio Nobel – o de Química, em 1911.


Com o Nobel da Paz concedido neste ano conjuntamente à presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, à ativista Leymah Gbowee, também liberiana, e à jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman, a categoria passou a ser a com o maior número de mulheres laureadas – 15.


O Nobel de Literatura é a segunda categoria com o maior número de mulheres premiadas, com 12. O prêmio de Economia, categoria criada somente em 1968, apenas uma vez foi dado a uma mulher, quando premiou a economista americana Elinor Ostrom, em 2009.


Nas demais categorias, duas mulheres receberam o Nobel de Física, quatro foram premiadas com o Nobel de Química e dez receberam o de Medicina.


Neste ano, das cinco categorias já anunciadas, apenas o Nobel da Paz foi agraciado a mulheres. O prêmio de Economia deverá ser anunciado na segunda-feira.










Assim, não!

O sistema democrático, que existente em todo o mundo ocidental, no século XXI, é isso: meia dúzia de quadrilhas com palermas, alcoviteiros e cobardes cujos assessores pensam por si, quantas vezes ideias alheias, pela incapacidade de defender as próprias, que serão fornecidas ao senhor ministro, que ministra isto…




exacto: com música francesa!

Portugal poder deixar de ser viável em pouco tempo!

Numa conferência recente, António Barreto alertou para o facto de Portugal poder deixar de ser viável num prazo variável (referiu grandezas entre 10 e 100 anos). Na verdade, Barreto glosou o que Adriano Moreira tem vindo a afirmar há anos: Portugal está a tornar-se, passo a passo, num Estado exíguo, num Estado que não reúne as condições suficientes para manter a existência de uma comunidade nacional com dignidade e autonomia. Partilho as preocupações de Barreto, embora me pareça que o horizonte temporal para se saber o que Portugal vai ser, não é coisa para se decidir em dez anos, mas, provavelmente, em menos de dez meses. E são dois, os futuros possíveis.


O melhor, e menos provável dos desfechos, seria um Portugal integrado numa sólida estrutura de Estados Unidos da Europa. Não só os Portugueses manteriam a sua comunidade e identidade, como cada um deles ganharia uma dupla cidadania europeia. Com uma partilha de soberania, mutuamente vigiada, entre o governo da União e o governo dos Estados, ganhando o primeiro fortes competências fiscais orçamentais e de governação económica. Com o aumento da competição política, líderes medíocres ou aberrantes seriam ocorrências mais raras. O restabelecimento do equilíbrio financeiro e económico seria longo e doloroso, mas seguro.

Infelizmente, o mais provável é que a União Europeia sucumba nos próximos meses. É preciso ter fé num Deus muito bom para crer que a maravilhosa dupla Sarkozy-Merkel, que não soube, até Julho, resolver o problema Grego, seja agora capaz de o solucionar quando a ele se juntam o contágio de Itália e Espanha, e a urgente necessidade de recapitulação da banca europeia. Neste cenário terrível, retomaremos plena soberania nacional. Só espero que o nosso PIB per capita seja, apesar de tudo, um pouco superior ao do tempo de Dom Afonso Henriques. (Portugal e o futuro - VIRIATO SOROMENHO-MARQUES no D. N.)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Justiça para os pobres, apenas...

Noticia o "Público" que um total de 1489 arguidos escapou, em 2009, a julgamento beneficiando da espécie de "excepção de riqueza" que constitui, no sistema penal português, o regime das prescrições. ………………………………………………………………………………………………………………..


Há assim em Portugal duas justiças: uma para quem pode "comprar" a prescrição dos processos, outra para quem não pode. …A pergunta, no entanto, justifica-se: porque é que a apreciação de recursos e incidentes em geral não interrompe a contagem dos prazos de prescrição?



terça-feira, 11 de outubro de 2011

Terceira Guerra Mundial???

Um membro dos Serviços Federal de Segurança (FSB), diz que o plano do Primeiro Ministro Putin em reunir-se com o líder Chinês, Hu Jintao, em Beijing na próxima semana tende a advertir as forças militares, tanto Russas como Chinesas para estarem postas em sua máxima alerta antecipando-se a una grande invasão terrestre que já começou, mas, está sendo planeando pelos Estados Unidos da América, tanto no Médio Oriente como de Ásia Central...







Os planos para esta Guerra Mundial Total que os Estados Unidos se estão preparando a lançar….





VIVA O ESCUDO !!!

Francisco Louçã mostrou-se, esta 2ª feira, docemente maravilhados com o depoimento de Manuela Ferreira Leite de que não é fácil manter esta política de ajustamento orçamental (os tais para 5,9% como se responsabilizou o governo PSD/CDS-PP com a FMI e UE) e que essa política se vai destruir a si própria, tornando a dívida impagável. Louçã identifica esta avarenta, pouca afeita à “democracia” portuguesa como a sua recente adepta na sua batalha pela renegociação da dívida. Dos cinco partidos com assento parlamentar, apenas o PCP, admite discutir a questão da nossa moeda: o ESCUDO! Nem temos governo, nem oposição no actual parlamento, ou então, os seus dirigentes…

Posso amar em França. Em Paris ou em Toulouse.

Lider do Bloco até quando, Louçã?

O BE criou imensas expectativas numa parte do eleitorado de esquerda que não se revia num PS gestor do neo-liberalismo selvagem dominante. O novo partido parecia poder tornar-se, como o CDS em relação ao PSD, numa muleta governativa "ad hoc" do PS. Mas a direcção bloquista apostara tudo no PS de Ferro Rodrigues & Pedroso e, quando rebentou o escândalo Casa Pia, perdeu a cabeça. Pior, perdeu os valores, atirando-se contra tudo e contra todos: o PGR, o MP, a PJ, os media, as próprias crianças abusadas. Tinha a faca e o queijo na mão e cortou a mão. Pelo menos na parte que, como eleitor, me toca.




Não sei quanto tempo mais Louçã permanecerá à frente do BE. Mas parece que Carlos Cruz vai voltar à TV num novo canal por cabo. Talvez lhe arranje lá um lugar como comentador.
( extracto de uma opião de M. A. Pina, em 11.10.2011 no JN)



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

15 de Outubro - 15 horas - Manifestação Global





Eu vou:


PROTESTO APARTIDÁRIO, LAICO E PACÍFICO


- Pela Democracia participativa.


- Pela transparência nas decisões políticas.


- Pelo fim da precariedade de vida.






Lisboa - Marquês de Pombal (19h - Assembleia Popular em frente ao Parlamento)


Porto - Praça da Batalha


Angra do Heroísmo - Praça Velha


Braga - Avenida Central


Coimbra - Praça da República


Évora - Praça do Sertório


Faro - Jardim Manuel Bivar










MANIFESTO:






Somos “gerações à rasca”, pessoas que trabalham, precárias, desempregadas ou em vias de despedimento, estudantes, migrantes e reformadas, insatisfeitas com as nossas condições de vida. Hoje vimos para a rua, na Europa e no Mundo, de forma não violenta, expressar a nossa indignação e protesto face


ao actual modelo de governação política, económica e social. Um modelo que não nos serve, que nos oprime e não nos representa.






A actual governação assenta numa falsa democracia em que as decisões estão restritas às salas fechadas dos parlamentos, gabinetes ministeriais e instâncias internacionais. Um sistema sem qualquer tipo de controlo cidadão, refém de um modelo económico-financeiro, sem preocupações sociais ou ambientais e que fomenta as desigualdades, a pobreza e a perda de direitos à escala global. Democracia não é isto!






Queremos uma Democracia participativa, onde as pessoas possam intervir activa e efectivamente nas decisões. Uma Democracia em que o exercício dos cargos públicos seja baseado na integridade e defesa do interesse e bem-estar comuns.






Queremos uma Democracia onde os mais ricos não sejam protegidos por regimes de excepção. Queremos um sistema fiscal progressivo e transparente, onde a riqueza seja justamente distribuída e a segurança social não seja descapitalizada; onde todas as pessoas contribuam de forma justa e imparcial e os direitos e deveres dos cidadãos estejam assegurados.






Queremos uma Democracia onde quem comete abuso de poder e crimes económicos e financeiros seja efectivamente responsabilizado por um sistema judicial independente, menos burocrático e sem dualidade de critérios. Uma Democracia onde políticas estruturantes não sejam adoptadas sem esclarecimento e participação activa das pessoas. Não tomamos a crise como inevitável. Exigimos saber de que forma chegámos a esta recessão, a quem devemos o quê e sob que condições.






As pessoas não são descartáveis, nem podem estar dependentes da especulação de mercados bolsistas e de interesses financeiros que as reduzem à condição de mercadorias. O princípio constitucional conquistado a 25 de Abril de 1974 e consagrado em todo o mundo democrático de que a economia se deve subordinar aos interesses gerais da sociedade é totalmente pervertido pela imposição de medidas, como as do programa da troika, que conduzem à perda de direitos laborais, ao desmantelamento da saúde, do ensino público e da cultura com argumentos economicistas.






Os recursos naturais como a água, bem como os sectores estratégicos, são bens públicos não privatizáveis. Uma Democracia abandona o seu futuro quando o trabalho, educação, saúde, habitação, cultura e bem-estar são tidos apenas como regalias de alguns ou privatizados sem que daí advenha qualquer benefício para as pessoas.






A qualidade de uma Democracia mede-se pela forma como trata as pessoas que a integram.






Isto não tem que ser assim! Em Portugal e no Mundo, dia 15 de Outubro dizemos basta!






A Democracia sai à rua. E nós saímos com ela.














sábado, 8 de outubro de 2011

a foda nunca pagará impostos!

Na Itália, estudantes e trabalhadores protestam contra os cortes

Os estudantes italianos realizaram nesta sexta-feira, dia 7, uma greve geral e manifestações em noventa cidades do país para protestar veemente contra os novos cortes incluídos no plano de ajuste do governo fascizante de Sílvio Berlusconi.




Os estudantes voltaram a sair às ruas para protestar depois das últimas manifestações em que terminaram em graves confrontos com as forças policiais, como as que foram vistas em Roma em Dezembro de 2010.



A sociedade vai dar um salto. Os virtuosos que pulem, saltai, pobres do mundo...

Em cada revolta, do Cairo a Nova York, o pedido por um governo responsável


que sirva o povo é claro e nossa comunidade global tem apoiado esse poder do

povo em todo o mundo, onde quer que tenha surgido. O tempo em que os

políticos ficavam nas mãos dos poucos corruptos está terminando e, em seu

lugar, estamos construindo democracias reais, de, por e para as pessoas.

Viva a dança !

será que, mesmo assim, este povo gostou... ao se calhar, adormeceu no sofá

A entrevista valeu o que valeu, nada, e seria curial e pedagógico que alguns


jornalistas dados ao "comentário" tivessem a coragem, não é coragem, é

assunção do seu dever profissional, de desmontar a vacuidade de um homem

que, como disse, há dias, Carlos do Carmo, tivemos a dolorosa infelicidade

de o ter como primeiro-ministro e, depois, como Presidente da República.



Haja Freud!

A desmembrada conversa mantida na TVI pelo Cavaco Silva com Judite Sousa resultou numa funesta meia hora de banalidades, apesar dos esforços da entrevistadora, do melhor que por aí há.


Já se sabe que o homem não possui ideias suas, e o que diz é o efeito de consultas apressadas a sebentas retrógradas, retomadas como se de novidades tratasse.





Confrange-me dizer que o Presidente da República Portuguesa não dispõe de porte intelectual nem de estilo e estirpe políticos que o recomendem ao nosso respeito. Respeito, aliás, é o que o Cavaco nunca manifestou por nós, tratando-nos como crianças mal informados. O princípio e o conceito repetiram-se. Ausente de qualquer "humildade democrática" (para citar uma frase favorita do Passos Coelho), o chefe de Estado trouxe para a sociedade portuguesa os trejeitos e os tiques de quem foi criado com autoritarismo e os tiques de quem não soube abandonar esses traumas com a chegada da maturidade.



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Antes de 1974 havia movimento criados em Paris. “ORCP – (m-l)”com a UDP como “frente”, CMLP, com o PUP e FEC-ml. Em 74/75 a “ORCP – m-l” e o “CM-LP” constituem o PCP(R). Como a “ORCP – m-l” tinha um deputado eleito (Américo Duarte) ficou a UDP como “frente” do PCP (R) e mais tarde os elementos da “FECm-l” entram para o PCP (R) e UDP.

os pobres paguem a crise que o ricos fizeram

Tantas vezes escrevi: “OS RICOS QUE PAGUEM A CRISE!” Hoje – 36 e 37 anos depois - são outros e com razão. Ao que chegamos… vejo muita gente a pedir; outros, tentando manter a mesma compostura anterior, não; mas que há fome em todas as terras deste país, que era fácil ser um paraíso, há.  

A Narureza é bela. Toda a natureza...

Honra ao Tomas Transtromer!

O escritor sueco Tomas Tranströmer, 80 anos de idade, é o vencedor do prémio Nobel de Literatura de 2011.




A Academia premiou Tranströmer "porque, através de suas imagens translúcidas, ele nos dá um acesso novo à realidade".



“A maior parte da obra poética de Tranströmer está caracterizada pela economia, de concreção e de metáforas expressivas”, diz a academia. Em suas últimas obras, Tranströmer “tende a um formato ainda mais reduzido e a um grau ainda maior de concentração”.



É hora de ler: Tomas Tamstromer!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

BPN, não... e Duarte Lima, não, e os outos...

Mais um da "Pandilha".Parecem cogumelos. Estão por todo o lado. BPN? Não conheço, o que é ?!


ISTO DAVA UM FILMA revista “Sábado” que ontem chegou às bancas dedica oito páginas a Duarte Lima, desde o tempo em que, órfão de pai aos 11 anos, ajudava a mãe a vender peixe em Miranda do Douro. À beira de completar 56 anos (Novembro), Duarte Lima tornou-se um homem imensamente rico. A investigação de António José Vilela e Maria Henrique Espada está recheada de detalhes picantes. Na sua casa da Av. Visconde de Valmor, em Lisboa, Duarte Lima dava jantares “impressionantes”, confeccionados “in situ” por Luís Suspiro; no fim do ágape, o “chef” vinha à sala explicar aos convidados - entre outros, Manuel Maria Carrilho, Ricardo Salgado, João Rendeiro, Horácio Roque, Adriano Moreira e José Sócrates - a génese das suas criações - Ângelo Correia, que o lançou na política em 1981, nunca foi convidado para esses jantares. O andar da Visconde de Valmor foi decorado por Graça Viterbo: a decoradora cobrou 705 mil euros. Quando entrou para a Universidade Católica, graças a uma bolsa que o isentou das propinas, foi ignorado pelos colegas: era pobre, vestia-se mal e vinha da província. Só Margarida Marante se aproximou dele. Duarte Lima oferecia-lhe alheiras confeccionadas pela mãe. Em 1980 já era maestro do coro da Católica. Pacheco Pereira e Santana Lopes assistiam embevecidos aos seus concertos de órgão. O estágio de advocacia foi feito no escritório do socialista José Lamego, então casado com Assunção Esteves, actual “presidenta” da AR. O primeiro casamento (1982) foi celebrado pelo bispo de Bragança. Em 1983 chegou a deputado e, em 1991, a líder parlamentar e vice-presidente do PSD. Nos anos

1980-90 era das poucas pessoas a quem Cavaco atendia o telefone a qualquer hora. Até que, em 1994, o “Indy”, então dirigido por Paulo Portas, obrigou o

Ministério Público a investigar as suas contas. Demitiu-se de cargos políticos e aguardou a conclusão do processo. Com o assunto arrumado, candidatou-se em 1998 à Distrital de Lisboa do PSD. Ganhou, derrotando Passos Coelho e Pacheco Pereira. A leucemia afastou-o do cargo. Volta ao Parlamento por dois mandatos: 1999-2002 e 2005-2009. Segundo a revista, Duarte Lima depositou nas suas contas, entre 1986 e 1994, mais de cinco milhões de euros, parte considerável (25%) em “cash”. É membro da Comissão

de Ética do Instituto de Oncologia de Lisboa e fundou a Associação Portuguesa Contra a Leucemia. Agora é o principal suspeito do assassinato de Rosalina Ribeiro.



Nada disto me impressiona, excepto o facto de Duarte Lima ter obtido do BPN, em 2008, pouco antes da nacionalização do banco, um empréstimo de 6,6 milhões de euros, “contraído sem a apresentação de qualquer garantia”. O “affaire” Duarte Lima é um caso de polícia. Mas o “affaire” BPN, sendo também um caso de polícia, é sobretudo um assunto de Estado. E nenhum jornal ou revista investiu ainda o bastante para o dilucidar.



PS - Só falta acrescentar que os vizinhos em Bragança ouviam os gritos da mulher do energúmeno quando ele a espancava!

ASSIM SE FAZ UM CONCERTO!

"quem tem um mãe tem tudo"

“A minha é, mos instantes complicados, o único livro de amor usado!” José Santos







A minha querida mãe, andava contente, com a festa dos seus 76 anos de idade. Ontem, dia CINCO DE OUTUBRO,  fizemos - eu e a minha irmã - a festa que ELA merece!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Pelo menos...

Assim vai Portugal...............................!

Portugal definha e a prova da decadência não está apenas na estagnação económica e empobrecimento registado na última década. Está também na demografia. Nas últimas 24 horas morreram 180 portugueses e nasceram 175. O envelhecimento da população acompanha uma baixíssima taxa de natalidade: 1,37 filhos por mulher. Uma das mais baixas taxas de natalidade do Mundo.






Assim, não há Estado social que aguente. O envelhecimento da população põe em causa não apenas as prestações sociais e as reformas mas também o emprego. Com taxa de desemprego juvenil próxima dos 20%, são cada vez mais os licenciados que não encontram trabalho. E nem a emigração - ao nível da década de 60 do século passado - consegue ser a válvula de escape das frustrações dos jovens adultos. Hoje deixaram o país 39 portugueses

domingo, 2 de outubro de 2011

sábado, 1 de outubro de 2011

A fome de homens, para outros ficarem muito contentes

“Tenho uma confissão a fazer: eu sou uma arma de destruição maciça. Porquê? Porque na faculdade me ensinaram a fazer dinheiro com a miséria dos outros.”



Por Alessio Rastani;


não dizem, mas pensam todos os banqueiros e seus com amigos que nos governam…


Vamos dançar. A menina dança?...

...FAJARDOS...

CONTINUANDO A SAQUEAR… Começa hoje o aumento da Luz e Gás !








Esta medida anunciada em tempos, vai partir de hoje ser concretizada…da taxa no IVA a 6 por cento passa brutalmente para os 23 por cento, impondo assim um aumento da carga de encargos monetários obscenos, sobre quem é explorado e oprimido.








sexta-feira, 30 de setembro de 2011

....farjados...

A Europa ocidental e a América do Norte estão no estado em que estão porque os Estados se deixaram capturar pela banca.




A Europa Ocidental e a América do Norte estão no estado em que estão porque os Estados se deixaram capturar pela banca. Também em Portugal, como se vê, o maior problema não é o cidadão anónimo mas os pequenos poderes e os grandes grupos de pressão.






A banca em Portugal, tal como em boa parte dos países europeus e nos Estados Unidos, impôs as regras do jogo em cumplicidades variadas com os governos. O tipo de resistência que está a fazer às regras impostas pelos financiadores internacionais revela bem que a banca portuguesa está habituada a fazer as coisas à sua maneira. Claro que, na pureza das regras de funcionamento do mercado, os bancos estão a fazer aquilo que devem na defesa dos seus accionistas e na lógica da orientação para os resultados a curto prazo, a grande marca do capitalismo financeiro.





outro gatuno...

Mais um mandarim inútil com boa paga






Novas Oportunidades: De politólogo de Setúbal a tradutor do Inatel





Quando se pretende uma tradução profissional contrata-se um tradutor.



Mas no mundo das instituições públicas a lógica não é a mesma.



Um exemplo. Pedro Ruas, que diz ter a profissão de politólogo (licenciado em

Ciência Política), é também presidente da Junta de Freguesia de Azinheira

dos Barros e São Mamede do Sádão (Grândola) e presidente da Juventude

Socialista de Setúbal.



Foi chefe de gabinete da anterior Governadora Civil de Setúbal, Euridice

Pereira.



Integrou também a lista do PS à Assembleia da República pelo distrito de

Setúbal nas últimas eleições.



Era então Vieira da Silva cabeça de lista. Como não foi eleito, lá teve de

se concentrar nos afazeres da junta e arranjar um part-time.

Apesar de ser politólogo, Pedro Ruas conseguiu que o Inatel lhe adjudicasse

um serviço de seis meses de serviços de tradução no valor de 5.850 euros.



Há um pormenor essencial em todo esta história.* Vítor Ramalho é presidente

do Inatel e presidente do PS de Setúbal*.

arrevita, pá. Pára: Vê, ouve e lê... és roubado rodos os dias por este governo!

Quando tu perceberes que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceberes que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos pela maioria deste povo; quando perceberes que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada. Com esta maioria, este governo e este presidente, a antiga A.D., já passamos a linha do abismo económico e há lares sem pão …

ainda não paga impostos

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

para comemorar os 100 dias de Nuno Crato, a ministro...

Cerca de 20 professores contratados que ficaram sem colocação estão no Ministério da Educação desde as 11h desta manhã e exigem ser recebidos pelo ministro Nuno Crato, avançou um canal de televisão. Estes professores ficaram excluídos da bolsa de recrutamento.




Já aqui denunciamos os concursos considerados fraudulentos pelos professores contratados. Os resultados saíram no passado dia 19 e geraram uma onda enorme de indignação. Muitos professores queixam-se que foram ultrapassados por colegas com menos anos de carreira, uma situação que levou a que este grupo de docentes se tenha concentrado no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, à espera de uma reunião com o ministro da Educação ou com o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar.



“Fomos ultrapassados por professores até 500 lugares abaixo” e “o Ministério da Educação vive numa república das bananas”, são algumas críticas ouvidas esta manhã no átrio das Laranjeiras, onde se situa o gabinete do ministro.

Assim, por exemplo...

Apenas a forma,... ainda era negro!

aproveitar para dançar... e depois vemos o que a parceira necessita.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

sem comentários

100 dia de desgoverno...

Esta espécie de governo em 100 dias, colocou-nos ainda mais pobres e sem futuro; segundo uma sondagem, escutada na TSF, contínua a ter o apoio de mais de metade dos portugueses. Pensar e dizer alto e bom som: Não Pagamos! FMI Fora de Portugal! Por um Governo Democrático Patriótico! É justo e de pessoas honestas…Mas o povo desta terra, o povo português gosta de ser roubado por gente do seu partido e dizem:”a culpa é do Sócrates, estão a resolver o problema… desisto, intervalo! Vou pensar…




terça-feira, 27 de setembro de 2011

para aquecer, esquecer e pelo menos ver; novo fulgor, mais logo

outra vez os germanos...

Portugal, um "Land"?


(Land será um país ao colónia da Alemanha, Germany e/ou deutschland

É difícil evitar a tentação de ver nas declarações de Merkel a pretexto da crise das dívidas soberanas sinais que evocam os fantasmas inquietantes do expansionismo alemão. Apoiada numa imprensa que todos os dias instila na opinião pública ideias perigosamente próximas do racismo acerca dos povos "preguiçosos" e "incapazes" do Sul (ainda não se chegou a "povos inferiores" mas já faltou mais), a actual política europeia alemã rompeu com os princípios de solidariedade e subsidiariedade consagrados no Tratado de Maastricht para fazer da UE e do euro meros instrumentos da edificação de um 'Lebensraum' dos seus próprios interesses.

Depois da sugestão de um comissário alemão para pôr a meia haste as bandeiras dos "países pecadores" (países com défices elevados; e, no entanto, segundo o 'Handelsblatt', a dívida oculta da Alemanha é actualmente de 5, e não 2, biliões de euros, ou seja, 185% do PIB em vez do 83% oficiais; como termo de comparação, a grega será, em 2012, de 186% do PIB...), Merkel pretende agora que as dívidas desses países sejam pagas com perdas de soberania, algo assim como conseguir com taxas de juro o que não se conseguiu com 'panzers'.

Isto quando governos como o português já são hoje meros mandatários dos 'Diktat' de Merkel. Ao menos vendendo o que resta da nossa soberania à Alemanha e tornando-nos mais um 'Land' votaríamos em quem realmente manda em nós e não nos seus feitores locais.

Crónico de Manuel António Pina no J. de N.



sábado, 24 de setembro de 2011

Alberto João Jardim chamou-lhe uma "coisinha de nada no meio de todas", agora os números "definitivos" do Governo Regional da Madeira mostram que o total da dívida da região autónoma é de 5,8 mil milhões de euros no primeiro semestre deste ano. O valor anunciado ontem em conferência de imprensa está longe dos 3 mil milhões que eram conhecidos, mas acima dos 5 mil milhões que o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, revelou na noite anterior em entrevista à RTP.




quarta-feira, 21 de setembro de 2011

sem comentários

Porque Alberto João Jardim governou assim: a responsabilidade é das instituições de um país, Presidência, Governo, Parlamento e Tribunais que nunca disseram “isto é inadmissível”.


Toda a gente concorda com toda a gente. Alberto João Jardim falseou as contas da Madeira, fez um rombo na credibilidade do país, envergonhou os seus concidadãos perante o mundo e ainda se orgulha disso. Toda a gente concorda que agora as coisas chegaram longe demais. Se o papel do cronista é acrescentar alguma coisa ao debate público, eu comecei já falhando. Toda a gente concorda, e eu concordo com toda a gente.

Só uma coisa: Alberto João Jardim, não é surpresa para ninguém. Há mais de trinta anos que ele está aqui. Governou a Madeira como quis, com os recursos que quis, durante o tempo que quis. Isto é: deixaram-no governar assim. Como se fossemos um país sem divisão de poderes nem democracia digna desse nome, foi permitido que a Madeira se tornasse uma realidade à parte, onde as liberdades e as leis da República não eram para levar a sério. Toda a gente que tinha de saber o que ali se passava, sabia-o. Ninguém que tinha de fazer alguma coisa o fez. Poupem-nos à conversa do “já chegámos à Madeira” ou do “já chegámos à Grécia”. Onde nós chegámos na semana passada foi a Portugal. Chegámos à República Portuguesa, e ao seu Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que quando foi à Madeira aceitou não visitar o parlamento e acabou recebendo a oposição num quarto de hotel. Chegámos à política portuguesa e a um dos seus maiores partidos, o PSD, que nestes trinta anos foi validando e legitimando tudo o que Alberto João Jardim fez. Chegámos à Procuradoria-Geral da República, que só agora se lembrou de investigar o governo regional da Madeira, apesar do Tribunal de Contas detectar irregularidades nas contas madeirenses desde 2006. E poupem-nos também à conversa da culpa que é de nós todos. A culpa é de quem deixou Alberto João Jardim governar assim. A culpa é de quem nunca levantou a voz. A culpa é de quem se esqueceu das suas obrigações constitucionais. A culpa é das instituições de um país — Presidência, Governo, Parlamento, Tribunais — que nunca disseram “isto é inadmissível”.

Engana-se quem achar que as coisas mudaram.

Pedro Passos Coelho tinha um argumento na Europa, e um argumento apenas: nós não somos a Grécia. Alberto João Jardim feriu de morte esse argumento. Nesse quadro, Pedro Passos Coelho não pode limitar-se a endossar responsabilidades ao eleitorado madeirense.

Foi essa atitude que nos perdeu. Cada primeiro-ministro esperou que o eleitorado madeirense lhe resolvesse o problema que ele evitava encarar, esquecendo as suas próprias responsabilidades. Em caso de dúvida encolhia os ombros e dizia: “é a democracia”. Mas a democracia não é só o povo eleger quem quiser. É também ninguém estar acima da lei.

Já chegámos a Portugal, portanto. E ainda não saímos.



Mulheres! Mesmo mulheres...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O número da Besta


00h04m

Na Madeira parece ser o fim da feira. Isto se Passos Coelho, tão célere a exigir sacrifícios aos restantes portugueses (e que ainda há meses clamava que "aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos"), não arranjar modo de pôr a mão por baixo da irresponsabilidade do seu correligionário. É, aliás, o que Jardim espera: "Aumentei a dívida da Madeira", disse ele em Porto Santo referindo-se aos 1 113,3 milhões de dívidas escondidas feitas à revelia da Lei de Finanças Regionais, "para (...) agora poder negociar com o Governo liderado pelo PSD".



Conclua ou não a PGR pela responsabilização criminal de Jardim e seus comparsas, a única coisa certa é que a factura, tanto a do descrédito do país junto dos credores internacionais como a do aumento dos défices de 2008 (139,7 milhões), 2009 (58,3 milhões) e 2010 (915,3 milhões), será de novo paga pelos otários do Cont'nente.



Ontem Jardim gabou-se das escolas, estradas, portos, aeroportos e hotéis (?) que construiu. Omitiu o que desbaratou em carnavais de todo o género, o último dos quais, o do aniversário do Funchal, custou 5,9 milhões, quase o dobro do previsto, gastos em aquisições de bens e serviços "em regra não submetidas à concorrência". Di-lo o Tribunal de Contas. E quem tiver entendimento que calcule o nome da Besta, pois é nome de comportamento político e o seu número é 666.



sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Assim, por exemplo

Não é possível: Uma fiança igual à divida ou prisão para Alberto Jardim!

O Banco de Portugal e o Instituto Nacional de Estatística (INE) responsabilizaram esta sexta-feira a Administração Regional da Madeira por uma “grave omissão de informação” nas suas contas públicas que representa um agravamento acumulado de 1113 milhões de euros, em quatro anos, do défice orçamental do país. Para o Ministério das Finanças, que promete “tomar medidas” preventivas, trata-se de uma “grave irregularidade no reporte da situação orçamental e financeira”.


“Tomar medidas com o objectivo de criar mecanismos de monitorização, reporte e controlo”, para prevenir “a repetição de situações desta natureza”, é o que o Ministério das Finanças promete fazer, quando confrontado com os números revelados pelo INE e pelo Banco de Portugal. Um comunicado do gabinete de Vítor Gaspar classifica de “grave irregularidade” a omissão de dívidas.



“O Ministério das Finanças toma nota dos impactos no défice e na dívida pública, conforme descritos no comunicado conjunto do INE e do Banco de Portugal. Os factos hoje tornados públicos configuram uma grave irregularidade no reporte da situação orçamental e financeira. À semelhança do INE e do Banco de Portugal, o Ministério das Finanças não tem conhecimento de outras despesas e dívidas não reportadas e considera tratar-se de um caso isolado”, enfatiza o texto.



O Ministério assinala ainda que os números foram reportados às entidades estatísticas ao abrigo do processo de levantamento da situação orçamental da Madeira, após o pedido de assistência oficializado por Alberto João Jardim em carta a Pedro Passos Coelho. Ao mesmo tempo, frisa que as últimas informações exigem “da parte da Região Autónoma da Madeira um esforço acrescido para assegurar a sustentabilidade da sua posição financeira”.



quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Avarento

Um herdeiro, proprietário da casa dos pais; um trabalhador ainda não despedido, um reformado com 300 euros mensais e o Américo Amorim, por engano dos seguranças, falavam contentes.




Herdeiro: - Vou comprar uma broca para colocar no Rés-do-chão, da casa do meu pai…



Trabalhador: - Estou velho; vou tirar a poupança do banco par comprar uma casa, aqui perto…



Reformado: - Minha mulher foi assaltada; vamos andar meio ano, sem medicamentos e comer papel para eu comprar uma pistola…



Os três esperam que A. A. fale, e falou:

- NÃO VENDO NADA!!!.



O Sol,


O mar,

Esta luz

A trespassar

E nós

Sempre a caminhar.

A lua,

O mar,

Uma luz escassa

A irradiar

E nós

Já sem divagar

Sempre mais juntos;

O mar,

A areia

A escaldar,

O nosso cenário,

O teu olhar saciado,

Ainda a convidar…



terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um soneto

• É a ti, musa minha que imploro,


Que dos deuses, conheço o escuro:

Para esta alegria, não me dê choro,

Liguemos os corpos, atrás do muro!



Se amor for, como penso que é,

Então meu amor e namorada,

É em ti que devo ganhar fé…

Depois de ti, não há mais nada!



Se para mim, foste traçada,

Já percebo, pertinho, o teu odor:

Daqui sais, de afecto saciada…



Cola-te, assim enrolada melhor,

Assim, com tal velocidade,

O soneto, acaba mal! Ai, AMOR!!!



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Está na hora...

Está na hora de pugnar para que, nas actuais condições políticas, os sindicatos e as centrais sindicais, os desfolhados deste país, assumam um papel importante na organização, mobilização e direcção da luta dos trabalhadores face à autêntica declaração de guerra que a burguesia lhes fez, através deste governo: O PPD/PSD e CSD/PP têm os seus ministros sem rede neste circo de feras. Nacional e Internacional, os factores objectivos são propícios…




sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Meu Queridos, presidente e governo, atenção!

Um bom conselho para Portugal:




“A Itália é um país de MERDA e dá náuseas. Daqui a um meses vou-me embora. Ponto final!” (Berlusconi)

FIA-TE NA VIRGEM E NÃO LUTES

… os homens poucos seguros das sua forças se põem, como noutra superstição qualquer, a procurar, no céu, a causa do seu mal por acções reprováveis; e são tão raramente ditosos que, do mesmo modo que os espíritos agudos e ociosos, os que são dotados da arte subtil de acomodar mistérios e de decifrar, seriam capazes de encantar,


nos escritos, todas as ideias que quisessem, pois facilita maravilhosamente tal designo a linguagem obscura, ambígua e fantástica da gíria profética, à qual os seus autores não dão nenhum sentido claro, para que a posteridade possa aplicar-lhe o que melhor lhe convenha.

( Segundo Montaigne “in” DOS PROGNÓSTICOS)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A mim, nunca me enganaste...

Afinal havia mesmo, um “desvio colossal”: O t´Aberto na Madeira, em vez de 277 milhões de euros, tinha um défice de 500 milhões! “Enganos” do PPD/PSD…


E agora Pedro?

A opinião de Manuel António Pina. Escreve melhor que eu, concordo com o que diz e para mim é muito mais fácil... Olhem que linda crónica ( literalmente)

Alerta laranja


00h00m

Uma aflitiva dúvida mantém, há dois dias, o meu cérebro em alerta laranja (cor apropriada): para que raio quererá o Ministério das Finanças saber do meu colesterol e dos meus triglicerídeos (e dos seus, leitor) e o Ministério da Saúde saber quanto pagamos pela prestação da casa?



Diz a Comissão Nacional de Protecção de Dados que o que o Governo pretende é "excessivo", "intrusivo" e "compromete o sigilo médico" e fiquei ainda mais intranquilo. De facto, o Governo "passaria a ter acesso (...) ao perfil de saúde dos cidadãos, o que é assustador". E é. Eu (ou você, leitor) confidenciaríamos ao médico que tínhamos uma gonorreia e o médico iria logo (o Governo quer saber tudo "em tempo real") contar aos drs. Paulo Macedo e Vítor Gaspar. E se eles decidissem privatizar (crise obriga) essa preciosa informação, vendendo-a, por exemplo, à nossa seguradora? E se o diagnóstico fosse fatal e o médico decidisse não no-lo dizer imediatamente e o Governo soubesse a triste (ou alegre, sei lá) notícia primeiro que nós?



Não seria mais fácil o Governo mandar o SIS e o SIED porem escutas nos gabinetes de consulta do SNS? Ou então arranjar informadores como o que, em 9 de Junho de 1972, mandou à PIDE/DGS o Relatório n.º 202/72/SC informando que minha mulher tinha "uma doença cancerosa" e que tanto eu como ela éramos "afectos ao regime". Mas mais competentes que esse, pois nem ela felizmente tinha nem nós éramos.



terça-feira, 30 de agosto de 2011

LÍBIA: milhões de mortos pelo petróleo! França, Inglaterra e Qatar em primeiro...





Líbia. A luta pelo petróleo começou ainda antes de a guerra pelo país acabar


por Sara Sanz Pinto, Publicado em 30 de Agosto de 2011
Actualizado há 14 horas

Itália, França, Reino Unido e Qatar partem em vantagem devido ao apoio explícito aos rebeldes



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Muammar Kadhafi está em fuga, a cidade natal do líder líbio ainda não foi tomada, mas as potências internacionais já estão no terreno para garantir o seu quinhão das riquezas do país. E quem mais ganha é quem mais próximo está do Conselho Nacional de Transição (CNT) para a Líbia. Itália, França e Reino Unido - países que mais ajudaram os rebeldes a derrubar o regime do coronel e os primeiros a reconhecer o CNT (braço político da oposição) como governo legítimo do país - apresentam já claras vantagens no terreno, bem como o Qatar que, além da Al-Jazeera, muito contribuiu para o sucesso da revolta.



Na semana passada, segundo a Euronews, os rebeldes falaram em dar 35% dos novos contratos de exploração aos franceses. À espera de proveitos estão também as gigantes britânicas BP e Shell e a italiana Eni. De acordo com a agência Reuters, o director-executivo da Eni, Paolo Scaroni, esteve ontem reunido com o CNT no Leste da Líbia, sendo o primeiro empresário a visitar o país desde que a oposição assumiu o controlo da capital, Trípoli. "Ele está em Benghazi num encontro com o director da Empresa Nacional de Petróleo. Estão a discutir os interesses da Eni na Líbia", afirmou o porta-voz do governo, Shamsiddin Abdulmolah. Horas mais tarde, o acordo que "reforça a cooperação na Líbia" era anunciado pela empresa italiana, que detém um terço da Galp.



Quanto ao Qatar, diga-se que o número dois do CNT, Mahmoud Jibril, passou grande parte do conflito na capital do pequeno emirado árabe, Doha, a gerir o lado político e diplomático da ofensiva contra Muammar Kadhafi, no poder há 42 anos. "Isto mostrou quão rapidamente a política do Qatar pode mudar - num minuto apoiava o líder líbio, no minuto a seguir estava a liderar a acusação árabe contra Kadhafi", afirmou um antigo diplomata sedeado em Doha ao "Financial Times". Além do petróleo, as empresas qatarenses estão de olho nos milhões que se podem ganhar com a reconstrução do país.



Já a China e a Rússia multiplicam-se em ameaças diplomáticas. A abstenção no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Março, quando foi votada a resolução que abriu caminho a uma intervenção militar no país, virá provavelmente a sair-lhes cara. "Esperamos que depois do regresso da estabilidade a Líbia continue a proteger os interesses e os direitos dos investidores chineses", afirmou recentemente o vice-chefe do departamento de Comércio chinês, Wen Zhongliang. A Unipec chinesa comprou em 2010 150 mil barris de petróleo à Líbia.



"Todos os contratos legais, quer digam respeito a petróleo e gás, quer a intermediários, vão ser respeitados. O novo governo não pode decidir se revoga ou não esses contratos", garantiu Ahmed Jehani, representante do CNT para a reconstrução, a semana passada.



"Quaisquer acordos a esta altura podem levantar suspeitas na Líbia de que o apoio internacional ao CNT é motivado pelo desejo de acesso ao petróleo", defende a organização não-governamental Global Witness, citada pelo "The Guardian". "O CNT terá provavelmente de honrar os contratos da era Kadhafi para obter as receitas do petróleo, mas não devem ser considerados novos acordos para a exploração de poços de petróleo até que um governo eleito possa rever as regras e leis existentes por forma a garantir uma sólida transparência e credibilidade", acrescentou.



Antes do início da guerra, em Fevereiro, a Líbia produzia 1,6 milhões de barris por dia, cerca de 2% da produção mundial. Segundo os analistas, o potencial do país, que detém das maiores reservas do continente africano, é muito maior e a riqueza neste recurso natural está muito subaproveitada. O petróleo líbio é caracterizado por ser "doce", ou seja, exige pouca refinação para poder ser utilizado.



Com o CNT a precisar urgentemente de dinheiro para cumprir as suas promessas, talvez não seja possível esperar muito mais. Como explica ao "National Journal" Frank Verrastro, do Center for Strategic and International Studies, "quem quer que esteja no poder vai querer trazer de volta as empresas [petrolíferas]".



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Não lutes e fia-te em deus...

Catarina Martins. "As pessoas viraram-se mais para a Igreja e isso é um retrocesso social"


por Sónia Cerdeira, Publicado em 30 de Agosto de 2011
Actualizado há 14 horas

.A deputada do Bloco de Esquerda trocou o palco do teatro pelo plenário em 2009. É dura na crítica à ausência do papel social do Estado

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Do Porto para Lisboa. Dos palcos para o plenário da Assembleia da República. Catarina Martins, actriz de profissão, deixou o teatro para ingressar na política. Deputada do Bloco de Esquerda desde 2009, culpa "toda a esquerda" pela vitória da direita nas últimas eleições. Mas também considera que os eleitores se sentiram "impotentes" e "acreditaram na ideia de que a democracia só funciona numa pequena percentagem". Com a crise que o país está a sofrer, afirma que as pessoas se "viraram mais para a Igreja", o que considera um "retrocesso social". "Quer dizer que o Estado está a falhar", conclui.







Como iniciou o percurso na política?



Quando estava no secundário e fiz manifestações contra a PGA (Prova Geral de Acesso). Nos governos de Cavaco Silva havia aquele péssimo hábito de tratar as manifestações à bastonada, era Ferreira Leite ministra da Educação. Tendo a não esquecer as pessoas que me bateram.



Mas levou bastonadas?



Fugi mais do que levei. Uma amiga minha ficou bastante mal uma das vezes. Mas pronto, lutei contra o aumento das propinas nessa altura, fui muito activa em Coimbra nos anos 90 e depois fui politicamente activa acima de tudo no sector cultural e das artes cénicas. Surgiu no Porto a primeira associação formal do sector, que é a Plateia, e fui a primeira presidente.



E como entrou para o BE?



Nunca tive actividade partidária. Quando era adolescente ainda sem idade sequer para votar colei cartazes para o PSR e quando estava na Universidade cheguei a ser candidata pelo PSR à Assembleia Municipal, mas nunca fiz parte do partido. Depois não tive vida partidária nunca, o BE convidou-me para ser candidata como independente e só depois dessa proposta é que decidi aderir ao Bloco, em 2010. Nunca tinha sido de nenhum partido.



Quais as diferenças entre BE e PCP?



Grande parte da minha família é do PCP. Considero que o PCP não soube retirar as consequências que devia da história e do que é ser de esquerda. Ser de esquerda em todos os momentos é muito mais importante que em todos os momentos defender alguma coisa que algum dia se aventou como ser de esquerda, ainda que já não seja. E a nossa capacidade de viver com o mundo que vai mudando, sabermos discuti-lo e sabermos viver com diversidade é para mim fundamental, e isso existe no BE.



Está a dizer que o PCP é mais ligado ao passado e o BE mais ligado à mudança e às novas gerações?



Há todas as gerações nos dois partidos. Mas são partidos diferentes, que se afirmam de formas diferentes e vêem o mundo de formas muito diferentes. O BE é um partido internacionalista e para o qual a defesa de valores como os direitos humanos tem de se fazer em todo o tempo e em todos os países.



Qual a diferença entre estar nos palcos e no plenário?



Sou actriz de teatro. A arte é uma construção que não tem nada a ver com estar no plenário. Mas é verdade que tanto quando estamos num palco como quando estamos no plenário há aquela ficção que é criada entre todos, que é na realidade estarmos a falar entre nós mas estarmos a falar para fora. Só que no teatro estamos todos lá para fazer a mesma coisa, para sermos capazes de contribuir para aquele momento artístico, e portanto há uma grande união. É um ambiente não hostil, em que as pessoas comungam. O plenário é um ambiente hostil.



Representa-se muito nos debates?



Todos nós representamos as ideias que defendemos em cada momento. Uma coisa diferente é achar que a representação é algum tipo de hipocrisia. Não acho que no teatro haja hipocrisia. Há uma verdade muito crua, na política há hipocrisia. Ainda hoje de manhã [quarta-feira] na comissão de Economia estivemos a discutir uma estrada. Interessa perceber que há partidos que localmente defendem uma coisa e do ponto vista nacional defendem outra. Esse tipo de hipocrisia local, eleitoralista ou caciquista, mina a democracia, porque não sabemos realmente quem representa o quê em cada momento.



Continua a ser actriz?



Ao princípio tinha espectáculos marcados, quando fui eleita, e durante dois meses ainda fiz alguns, mas depois fui substituída. Exige uma disponibilidade física e mental que não conseguia. Tento manter alguma ligação ao que fazia. Estou a fazer o doutoramento nessa área e é a minha forma de continuar a ligação.



Como foi mudar de vida?



Tenho três casas, o Porto, o Alfa e Lisboa. Passo muito tempo nos comboios. Tive uma mudança grande, tenho duas filhas pequenas que vieram para a escola em Lisboa. Embora tenha pouco tempo, acho que ser mãe passa por tomarmos pequenos-almoços juntas, dar dois berros para se vestirem para irem para a escola, não se é mãe só ao fim-de-semana, é preciso este quotidiano. Neste momento temos a vida um bocadinho dividida, o meu marido está no Porto e eu estou cá.



Sente que por ser mulher tem de se esforçar mais que os homens?



Existe o preconceito, agora não é só na Assembleia, é na sociedade como um todo.



O parlamento ainda é controlado por homens?



Sim. Continuam a ser a maioria e a actividade política continua a ter uma maioria de homens. Vamos tendo avanços, mas estamos muito longe de ter uma actividade política e decisão política maioritária, que represente a sociedade. O ridículo de tudo isto é termos uma sociedade que tem tantos homens como mulheres e depois as decisões estão só nas mãos de metade. Tem a ver com equilíbrios e na Assembleia não há equilíbrios.



Ficou feliz com a eleição de Assunção Esteves como presidente da Assembleia?



Gosto que seja uma mulher, mas isso não significa que se for uma mulher está tudo bem. Entre as mulheres há grandes divergências, e ainda bem que as há.



O BE ficou com um grupo parlamentar reduzido. Foi um castigo do eleitorado?



Não. Se fosse um castigo estava muito mais descansada. Estou muito mais preocupada porque acho verdadeiramente que houve uma viragem à direita. O que é preocupante. Temos uma população que se sentiu prisioneira de decisões que não tomou e achou que não havia solução. Temos mais de 85% dos eleitores que votaram no acordo com o FMI. Ninguém votou com certeza em ter menos salário ou pagar mais pelos transportes públicos, mas considerou que não havia alternativa. Acreditaram na ideia de que a democracia só funciona numa pequena percentagem. Que somos impotentes. É isso que assusta.



Foi culpa da esquerda?



De toda a esquerda. A direita venceu.



O que faltou para convencer?



Se houvesse um remédio fácil resolvia-se já. Há um discurso hegemónico sobre a ideia de inevitabilidade e austeridade da recessão. E é a ideia dominante na comunicação social, em tudo, até na ficção que vemos nas séries a que assistimos. Há todo um pensamento sobre o mundo e este momento em particular que a esquerda não tem sido capaz de combater.



E o que pode fazer de diferente?



Tem de encontrar novas formas e insistir em formas que já usa para discutir os caminhos que estão a ser escolhidos. Estamos com uma situação gravíssima em Portugal, a nível europeu, e não a estamos a discutir. E a esquerda tem de arranjar canais para a discutir de uma forma que chegue à vida das pessoas.



Francisco Louçã devia ter-se demitido?



Não. É uma ideia que tem tido mais peso fora do BE do que dentro.



Mas tem de haver renovação?



Sempre. Mas isso não é por causa do resultado eleitoral. Um partido que não se renova é um partido que morre. Seria um perigo os partidos acharem que por terem bons resultados tinham de permanecer estáticos e quando há maus resultados tinha de se mudar tudo. O partido precisa de renovação sim, tem-na feito. Tem de ser a partir do debate das ideias, não pode ser uma reacção ao que corre mal.



Como é estar num grupo parlamentar com metade dos deputados?



Para mim é uma novidade, para muitos dos meus camaradas não. Voltámos a ser oito. Na prática tenho mais comissões, é mais exigente.



Com vê o ensino artístico nas escolas? Deve estar nos currículos?



Deve ser obrigatório. Temos de aprender a ler a escrever em matemática, mas também em música. Tem a ver com termos ferramentas de conhecimento. Quando se fala nos problemas de qualificação da população, choca-me que ninguém diga que isto também acontece pela falta de contacto com a arte e a cultura, e não só pelo sistema de ensino. Temos muitos projectos-piloto, as crianças participam e depois nunca mais fazem nada na vida. Temos sempre projectos muito engraçados e giros uma vez na vida, mas depois não há evolução.



Como tem visto a actuação do novo governo nesta área?



Assusta-me muito um programa para a cultura que diz que a arte deve ser financiada de acordo com os mercados. Se a arte se transformar em entretenimento, deixa de haver criação artística fora do mercado de entretenimento. É como dizer que não podemos ter ciência pura e só podemos ter tecnologia. Se não financiarmos o cinema, a não ser de acordo com as receitas que o filme consegue gerar nos dois meses em que estreia, estamos a ser burros, no mínimo. O programa do governo confunde arte e entretenimento.



É a favor da despenalização das drogas leves?



Não há qualquer vantagem em penalizar. Há algumas drogas que são legais, como o álcool ou o tabaco. Não ganhávamos nada em penalizar o consumo dessas, por exemplo. Descriminalizar o consumo em Portugal foi muito importante, controlámos muito mais. Estávamos numa espiral negativa e agora estamos a ter bons resultados e sabemos que os países que despenalizaram tiveram bons resultados do ponto de vista da saúde pública e do controlo do tráfico.



Acredita em Deus?



Não.



Como vê a actuação da Igreja na sociedade?



A hierarquia da Igreja tem feito declarações inaceitáveis, no sentido de dizer que as pessoas não se devem defender dos ataques de que estão a ser alvo. Não tem sentido dizer que na sociedade actual as pessoas não se podem queixar. Se as democracias fossem só o voto, estávamos mal. A democracia é a capacidade de debater. Dizer que não pode haver debate e confronto é muito perigoso. Sou muito crítica também sobre a defesa da troca de direitos sociais por caridade. É também o sentido em que vai o governo. A caridade não é própria de um Estado de direito democrático. Devemos garantir às pessoas os mínimos para viverem, e isso não pode estar dependente da caridade. O Estado tem de se organizar para proteger as pessoas em situações mais frágeis. Isto não quer dizer que a Igreja não tenha instituições interessantes e personalidades importantes, que até têm sabido denunciar o aumento da pobreza. O que noto é que as pessoas se viraram mais para a Igreja e isso é um retrocesso social. Quer dizer que o Estado está a falhar.