segunda-feira, 21 de maio de 2012

e perto do fim

FRASE DE 1920. Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa:



"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada".





In “No Vazio da Onda”




(…) se quisermos estar presentes no casamento que é este mundo.

- O mundo é um casamento de conveniência - disse Laura, embriagadamente -, o mundo é um casamento à força. O mundo é um casamento sórdido por dinheiro. O mundo é um casamento desigual.» (pp. 133)



terça-feira, 8 de maio de 2012

Terrorismo, sim! Quem? Não...

Enquanto o presidente e supremo comandante dos Estados Unidos da América, Barack Hussein Obama "celebra" o primeiro aniversário da alegada morte de bin Laden, mantém-se inalterada a questão de fundo de QUEM FOI OSAMA BIN LADEN. (Remarks by President Obama in Address to the Nation from Bagram Air Base, Afghanistan, ver vídeo no fim do artigo)


Cheio de mentiras e invenções, o discurso cuidadosamente elaborado do presidente Obama encerra um mundo de total fantasia, em que os "maus da fita" estão à espreita e "conspiram actos de terrorismo". Entretanto, diz-se que os "jihadistas" estão a ameaçar a civilização ocidental.

Cada uma de todas as afirmações do discurso de 1º de Maio de Obama na base da Força Aérea de Bagram, relativas ao papel da Al Qaeda, é uma invenção: (abaixo damos excertos das Notas de Obama em itálico, os comentários do autor estão indicados entre parênteses rectos [ ]):

Foi aqui, no Afeganistão, que Osama bin Laden instalou um porto seguro para a sua organização terrorista.

[ Osama foi recrutado pela CIA , a Al Qaeda foi montada com o apoio da CIA. O porto seguro de Osama foi protegido pelos serviços secretos dos EUA].

Foi para aqui, no Afeganistão, que a al Qaeda trouxe novos recrutas, os treinou e congeminou actos de terrorismo.

[Os Mujahideen foram recrutados e treinados pela CIA. A Arábia Saudita, aliada da América, financiou as escolas corânicas Wahabbi, Ronald Reagan elogiou os Mujahideen como "Combatentes pela Liberdade". Sem o público americano saber, os EUA divulgaram os ensinamentos da jihad islâmica em manuais "Made in America", elaborados na Universidade de Nebraska ].

Foi aqui, a partir destas fronteiras, que a Al Qaeda lançou os ataques que mataram aproximadamente 3000 homens, mulheres e crianças inocentes.

[Obama refere-se aos ataques do 11/Set. Até hoje não há provas de que a Al Qaeda tenha estado envolvida nisso. Além disso, como confirmado pela CBS News, a 10 de Setembro de 2001, Osama bin Laden deu entrada num hospital militar paquistanês em Rawalpindi por especial favor do Paquistão, aliado da América. Terá coordenado os ataques de 11/Set a partir da sua cama no hospital?]

E assim faz agora 10 anos, os Estados Unidos e os nossos aliados entraram em guerra para garantir que a al Qaeda nunca mais poderia usar este país para lançar os seus ataques contra nós.

[Os ataques do 11/Set foram a justificação para a guerra no Afeganistão, com base na "auto defesa". Dizia-se que o Afeganistão abrigava a Al Qaeda e portanto era cúmplice num descarado acto de guerra contra os EUA.



A verdade é que o governo dos talibãs por duas vezes nas semanas que se seguiram ao 11/Ser ofereceram-se (através dos canais diplomáticos) para entregar Osama bin Laden ao sistema judicial dos EU. O presidente George W. Bush recusou a oferta do governo talibã, alegando que a América "não negoceia com terroristas".



A NATO entrou em guerra invocando o Artigo Cinco do Tratado de Washington: um acto de guerra contra um membro da NATO é considerado um acto de guerra contra todos os membros da NATO ao abrigo da doutrina da segurança colectiva].



Apesar do êxito inicial, por uma série de razões, esta guerra demorou mais do que o inicialmente previsto. Em 2002, bin Laden e os seus lugares-tenentes escaparam pela fronteira e estabeleceram um porto seguro no Paquistão. A América passou quase oito anos a travar uma outra guerra no Iraque. E os aliados extremistas da al Qaeda no seio dos talibãs travaram uma brutal insurreição.



[O paradeiro de Osama bin Laden foi sempre bem conhecido dos serviços secretos dos EUA. O presidente Obama transmite a ilusão de que as forças dos EUA-NATO e os seus operacionais de informações não conseguiam encontrar bin Laden. Nas palavras do antigo secretário da Defesa, Donald Rumsfeld (2002), "é como procurar uma agulha num palheiro".



O presidente Obama também sugere que os operacionais do Al Qaeda, equipados com mísseis Stinger e Kalashnikovs, tinham conseguido superar a máquina militar de muitos milhões de milhões de dólares dos EUA-NATO].



Mas nos últimos três anos, a maré mudou. Quebrámos a dinâmica dos talibãs. Montámos fortes forças de segurança afegãs. Destruímos a liderança da al Qaeda, eliminando 20 dos seus 30 líderes de topo. E há um ano, a partir duma base aqui no Afeganistão, as nossas tropas lançaram a operação que matou Osama bin Laden.



[Muito se tem escrito sobre esta questão. Não há provas quanto à identidade da pessoa que foi alegadamente morta pelas Forças Especiais SEAL. Nas palavras de Paul Craig Roberts, "A história do governo dos EUA sobre bin Laden foi tão mal cozinhada que não demorou 48 horas a ser alterada profundamente…"



A meta que estabeleci – derrotar a al Qaeda e impedir qualquer hipótese de ela se reconstituir – está agora ao nosso alcance.



[Há muitos indícios de que a Al Qaeda, enquanto "trunfo secreto" patrocinado pelos EUA está "viva e a mexer-se". Desde 11 /Set, a Al Qaeda evoluiu para uma entidade multinacional com "filiais" em diversos lugares quentes geopolíticos por todo o mundo.



Na Líbia e na Síria, brigadas da Al Qaeda são os soldados de infantaria da aliança militar EUA-NATO.

Onde quer que o aparelho militar e de informações dos EUA esteja instalado, a Al Qaeda está presente:



A Al Qaeda no Iraque, a Al Qaeda na Península Arábica (AQAP), o Grupo de Combate Islâmico da Líbia (GCIL), o Al Shaabab (Somália), a Al Qaeda no Magreb Islâmico, o Jaish-e-Mohammed (JEM) (Exército de Maomé) (Paquistão), a organização Jemaah Islamiya (JI) (Indonésia), o Movimento Islâmico do Uzbequistão, etc. (Ver Organizações Terroristas Estrangeiras do Departamento de Estado dos EUA, Conselho de Segurança das Nações Unidas, Lista de indivíduos, grupos, empresas e outras entidades associadas com a Lista de Sanções Al-Qaida ).



Ironicamente, em todos estes países, os serviços de informações dos EUA coordenam abertamente as actividades dos grupos filiados da Al Qaeda. Oficialmente, o contra-terrorismo consiste em combater a jihad islâmica. Não oficialmente, por meio de operações secretas, os serviços secretos ocidentais apoiam os seus "trunfos" incluindo entidades terroristas da lista do Departamento de Estado dos EUA .



Além disso, estas diversas organizações terroristas estão hoje a ser usadas em operações militares secretas EUA-NATO contra países soberanos (por ex: Líbia e Síria). Segundo fontes dos serviços de informações israelenses:



"Entretanto, na sede da NATO em Bruxelas e no supremo comando turco estão a ser traçados planos para o seu primeiro passo militar na Síria, que é armar os rebeldes com armas para combater os tanques e os helicópteros com a intenção de dissolver o contestado regime de Assad. Em vez de repetir o modelo líbio de ataques aéreos, os estrategas da NATO estão a pensar mais em termos de injectar grandes quantidades de foguetões anti-tanques e anti-aéreos e metralhadoras pesadas nos centros de protesto para vencer as forças blindadas do governo". (DEBKAfile, NATO vai fornecer aos rebeldes armas anti-tanque, 14/Agosto/2011)]



Quem é ou era Osama?



Um "trunfo dos serviços secretos", nomeadamente um instrumento da CIA para justificar a "Guerra Global contra o Terrorismo".

Vale a pena recordar que a 14 de Setembro de 2001, tanto a Câmara como o Senado adoptaram a resolução histórica que autorizou o presidente a "perseguir" países que " ajudaram os ataques terroristas [de 11/Set]".

O presidente está autorizado a usar toda a força necessária e adequada contra as nações, organizações, ou pessoas que considerar que planearam, autorizaram, praticaram, ou ajudaram os ataques terroristas que ocorreram a 11 de Setembro de 2011, ou albergaram essas organizações ou pessoas, a fim de impedir quaisquer actos futuros de terrorismo internacional contra os Estados Unidos por essas nações, organizações ou pessoas.

Actualmente, em 2012, há amplos indícios de que:

1) A Al Qaeda não esteve por detrás dos ataques do 11/Set ao World Trade Centro e ao Pentágono.

2) Também há indícios pormenorizados de que organismos do governo dos EU e da NATO continuam a apoiar e a "albergar essas organizações" [a Al Qaeda e suas organizações afiliadas]. Na Líbia, os rebeldes "pró-democracia" foram liderados por brigadas paramilitares da Al Qaeda sob a supervisão das Forças Especiais da NATO. A "Libertação" de Tripoli foi levada a efeito por "antigos" membros do Grupo de Combate Islâmico da Líbia (GCIL). Os jihadistas e a NATO trabalharam de mãos dadas. Essas "antigas" brigadas afiliadas da Al Qaeda constituem a espinha dorsal da rebelião "pró-democracia ".

3) Há indícios crescentes de que as torres do WRC foram deitadas abaixo através de demolição controlada, levantando a hipótese de cumplicidade e encobrimento no seio do governo dos EU, dos serviços secretos e militares. (Ver os escritos de Richard Gage, Undisputed Facts Point to the Controlled Demolition of WTC 7 , Global Research, Março 2008. Ver também o vídeo, Richard Gage Controlled Demolitions Caused the Collapse of the World Trade Center (WTC) buildings on September 11, 2001, Global Research)

Quem é Obama?

Um mentiroso político e um criminoso de guerra.
Os discursos escritos de Obama são distorções descaradas. As realidades são viradas de pernas para o ar. Os actos de guerra são apregoados como operações de paz…

Ironicamente, o texto da resolução do Congresso de 14 de Setembro de 2001 (ver acima) não exclui acção judicial e investigação criminal dirigida contra patrocinadores dos EUA-NATO de terrorismo internacional, incluindo o presidente Obama, que utilizaram os trágicos acontecimentos do 11/Set como pretexto para travar uma "guerra sem fronteiras" ao abrigo da bandeira humanitária da "Guerra Global contra o Terrorismo".

2/Maio/2012

















segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ao que cheganos...

Os números do desemprego subiram para explosivo sem precedentes, enquanto os custos militar não diminuiu, cortes em educação e saúde não começar a efeitos socialmente muito graves, o governo muda a Constituição nenhum referendo cidadão é dedo nomear um diretor do televisão pública, as taxas de pobreza estão se movendo neste país a um velocidade que excede todo o cálculo, e, como ouro sobre um bolo, anistia para ilegais fortunas dos ricos enquanto fraudulenta permitir, ao mesmo tempo, as operações legais e policiamento lidar intimidar capacidade dos cidadãos de se opor a essas brutal cortes sociais impostas por um governo que obedece cegamente ... Fazer quem?.

Porque este é, na minha opinião, a principal questão política que nós e que deve deixar o governo: quem ou o que estão governando
e defender os interesses?. Se a resposta é que aqueles que foram
escolhidos por meio de leis eleitorais injustas estão obedecendo outro que não são eleitos, mas são aqueles que, através de mecanismos ardilosos
financeiro, estão a impor sobre a maioria o caminho a seguir, então nós ter uma ditadura violar impunemente o direito ao trabalho,
saúde, habitação de qualidade, educação, etc. Movimento
cidadão e 15-M tem falado e diz de forma simples e clara: eles chamam de democracia e não é.


Mas quanto mais tempo pode sustentar uma situação em que o
liberdade e dignidade, e da sociedade como um todo, é tão descaradamente tateou e perigo para um enlouquecido poucos que têm Parlamento conseguiu domar um após o outro, quanto tempo eles acham que o autores deste emboscada mais do que arriscado, frio e cruel política cidadania econômica pode suportar a miséria imposta a eles?.
Esta é a pergunta fundamental que todos pedem, incluindo
autores deste caos (não postes quebrados ou luas de bancos, mas os países inteiro ...).
E essa pergunta derivam outras questões, não menos fundamental, como
o que é e até que ponto a consciência crítica da cidadania, se
tem qualquer capacidade de se livrar do descuido com a qual ele é
assédio, etc. Pela minha parte, e marcas d'água para não-teórico
sociólogo de estar de plano, eu acho que afeta a todos em seu coração,
você pergunte a si mesmo e se este simples: eu deveria ficar
calma, bloqueado pelo medo e afundar-se renúncia, ou deveria
ir junto com meus amigos e familiares, manifestações
convocada por organizações sociais que pedem liberdade e dignidade?.
Cada um de nós deve escolher a passividade eo medo ou o
liberdade e dignidade. Eu acho que existem muitas mais opções. Neste sábado, 12 ,15 Maio movimento nos convida a responder a partir da consciência pública e de nossa consciência mais elementar ética. Eu tenho um claro o que Eu vou fazer.


Cristobal Orellana
[In: ]





























































-



segunda-feira, 30 de abril de 2012

DONOS DE PORTUGAL

De " No Vazio da Onda"

Porque o poeta é a pessoa mais perigosa que existe para eles



«A actual classe dominante nunca será capaz de resolver a crise, porque ela é a crise! E não falo apenas da classe política, mas da educacional, da que controla os media, da financeira, etc. Não vão resolver a crise porque a sua mentalidade é extremamente limitada e controlada por uma única coisa: os seus interesses.


Quando uma sociedade está focada na economia, na economia, na economia e na economia, perde-se a noção do que nos dá qualidade de vida. E quando somos privados dessa noção, surge um vazio.


(...) a identidade das pessoas não depende do que elas são, mas do que têm. Quando se torna tão importante ter coisas, serves um mundo comercial, porque pensas que a tua identidade está relacionada com isso. Estamos a criar seres humanos vazios que querem consumir e ter coisas e que acabam por se vestir e falar todos da mesma forma e pensar as mesmas coisas. E a classe dominante está muito mais interessada em que as pessoas liguem a isso do que ao que importa.


Por isso querem livrar-se da cultura?


Por isso e porque ela ajuda as pessoas a entender o que realmente importa. O medo da elite comercial é que as pessoas comecem a pensar. Porque é que os regimes fascistas querem controlar o mundo da cultura ou livrar-se dele por completo? Porque o poeta é a pessoa mais perigosa que existe para eles. Provavelmente mais perigoso que o filósofo. Quando usam o argumento de que a cultura não é importante e de que a economia não precisa da cultura, é mentira! Isso são as tais políticas de ressentimento, um grande instrumento precisamente porque eles nos querem estúpidos.


Temos de investir no futuro. Como? Investindo numa educação como deve ser, que garanta seres humanos bem pensantes e não apenas os interesses da economia. Investindo na qualidade dos media... O dinheiro que demos aos bancos é milhões de vezes superior ao que é preciso para as artes, a cultura, a educação...


Philip Zimbardo levou a cabo esta experiência, o Efeito Lucifer, na qual uns fingiam ser prisioneiros e outros guardas. A experiência teve de ser parada, porque os “prisioneiros” começaram a perder a sua individualidade e a portar-se como escravos e os “guardas” tornaram-se violentos e sádicos. De repente percebemos: “Uau, é isto a natureza humana, é disto que somos capazes.” Lição aprendida: há que controlar o poder, venha ele de onde vier.»


sexta-feira, 20 de abril de 2012

para quem trabalha e educa...

Do Porto apenas conheço um Rio: O RIO DOURO !

"E passo a palavra ao Manuel António Pina:


É em momentos como o ontem vivido no Alto da Fontinha que Rui Rio revela o seu rosto de autocrata e a sua aversão a tudo o que lhe cheire a diferença, particularmente a todas a formas de cultura e cidadania que escapem à Kultura, ao papel "couché" e à rotina institucional.

No edifício da antiga Escola da Fontinha, há cinco anos ao abandono, nascera espontaneamente, por iniciativa dos moradores e outras pessoas, um projecto cívico autónomo que, durante um ano, sem mendigar subsídios, fez a "diferença", infeccionando de vida comunitária e, sobretudo, de esperança, o resignado quotidiano de uma das inúmeras zonas degradadas que, longe do olhar dos turistas, persistem no coração da cidade.

Uma ilha de iniciativa, de partilha, de democracia participativa? Era de mais para Rui Rio. Ateliês de leitura, de música, de teatro, de fotografia?, formação contínua?, apoio educativo?, aulas de línguas?, xadrez?, yoga?, debates?, assembleias? - Intolerável!

De nada valeu ao movimento Es.Col.A constituir-se em associação, como lhe exigira a Câmara com a promessa de um contrato que nunca chegaria. Como os "Blue Meanies" de "O submarino amarelo", as retinas de Rui Rio não suportam as cores vibrantes e indisciplinadas dos sonhos. Ontem, por sua ordem, a Polícia cercou o bairro, invadiu armada a Escola da Fontinha, prendeu pessoas e destruiu e pilhou as instalações. E Pepperland voltou de novo a ser cabisbaixa e cinzenta.MCS
Abril 20, 2012 at 13:44 " 

terça-feira, 17 de abril de 2012

Opinião de quem sabe!





O reverso da medalha

A decisão da Câmara do Porto de atribuir, a 25 de Abril, a medalha de ouro do município ao presidente do grupo Mota-Engil envergonha a cidade.




Por:Paulo Morais, Professor Universitário





As grandes sociedades de advogados adquiriram uma dimensão e um poder tal que se transformaram em autênticos ministérios-sombra.

É dos seus escritórios que saem os políticos mais influentes e é no seu seio que se produz a legislação mais importante e de maior relevância económica.

Estas sociedades têm estado sobre-representadas em todos os governos e parlamentos.

São seus símbolos o ex-ministro barrosista Nuno Morais Sarmento, do PSD, sócio do mega escritório de José Miguel Júdice, ou a centrista e actual super-ministra Assunção Cristas, da sociedade Morais Leitão e Galvão Teles.

Aos quais se poderiam juntar ministros de governos socialistas como Vera Jardim ou Rui Pena.

Alguns adversários políticos aparentes são até sócios do mesmo escritório. Quando António Vitorino do PS e Paulo Rangel do PSD se confrontam num debate, fazem-no talvez depois de se terem reunido a tratar de negócios no escritório a que ambos pertencem.

Algumas destas poderosas firmas de advogados têm a incumbência de produzir a mais importante legislação nacional. São contratadas pelos diversos governos a troco de honorários milionários. Produzem diplomas que por norma padecem de três defeitos.

São imensas as regras, para que ninguém as perceba, são muitas as excepções para beneficiar amigos; e, finalmente, a legislação confere um ilimitado poder discricionário a quem a aplica, o que constitui fonte de toda a corrupção.

Como as leis são imperceptíveis, as sociedades de jurisconsultos que as produzem obtêm aqui também um filão interminável de rendimento.

Emitem pareceres para as mais diversas entidades a explicar os erros que eles próprios introduziram nas leis. E voltam a ganhar milhões. E, finalmente, conhecedoras de todo o processo, ainda podem ir aos grupos privados mais poderosos vender os métodos de ultrapassar a Lei, através dos alçapões que elas próprias introduziram na legislação.

As maiores sociedades de advogados do país, verdadeiras irmandades, constituem hoje o símbolo maior da mega central de negócios em que se transformou a política nacional.

Corrigir





quinta-feira, 12 de abril de 2012

Portugal tem mar e teve ministro. Para quê?

grazia tanta Apr 11 04:43PM +0100


Tem piada

Da crónica de João Quadros no Negócio On-Line:

"Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores portugueses."



Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez porque, esta semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de frescos dos supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco. Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico.



Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia, sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do Haiti? Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de

2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.



Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo. Não é saudável ter inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer compras e fica a chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz. E é desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali chegar que os que vamos fazer durante todo o ano. Há quem acabe por levar peixe-espada do Quénia só para ter alguém interessante e viajado lá em casa. Eu vi perca egípcia em Telheiras? fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule Poirot e Morte no Nilo. A minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que está num supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das compras. Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.



Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo marroquino, assim às claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e rouca. Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o almoço. Não há nada como umas coxinhas de robalo de Chernobyl.



Eu, às vezes penso: o que não poupávamos se Portugal tivesse mar.

domingo, 8 de abril de 2012

Seu nome dica na história - O FMI e outros, ficarão por motivos opostos

"Carta manuscrita pelo companheiro farmaceutico grego, reformado de 77 anos,



que se suicidou no passado dia 4, em frente ao Parlamento Grego.


Fê-lo no mesmo local onde passou 3 meses da sua vida com os Indignados."






" O governo de ocupação de Tsolakoglou * aniquilou literalmente os meus


meios de subsistência, que consistiam numa reforma digna para a qual me


quotizei durante 35 anos (sem qualquer contributo do Estado). Como a minha


idade já não me permite uma acção individual mais radical ( ainda que não


exclua que se um grego tivesse empunhado uma Kalachinikov eu teria sido o


segundo), eu não encontro outra solução que não seja uma morte digna,


porque recuso procurar alimentos no lixo. Espero que um dia os jovens sem


futuro empunharão as armas e pedurarão (enforcarão) os traidores, como


fizeram os italianos em 1944 com Mussolini, na Praça Loreto de Milão."






* O general Tsolakoglou, que assinou a amnistia com as forças


invasoras alemãs, foi o chefe do primeiro governo grego sob a ocupação nazi


(de 30/4/1941 a 02/12/1942). Na Grécia o seu nome é sinónimo de


"colaboracionista".






sexta-feira, 6 de abril de 2012

Pensamentos pacoais!

Não tenho religião, nem acredito em deuses. Gosto muito da mitologia Grega e – portanto - dos doze deuses do olimpo. Coincidência (???) os apóstolos serem doze. Deus mando em tudo, nunca mostra o rosto e uma espécie fastama como o nome de espírito santo. José casa-se com Maria mas o filho de Maria, não dele.




Num regime do clero psd cds, a nossa troika, estas observações podem não lhe passarem exemplares, pelo menos…  cada qual que faça, ou pensa sobre a páscoa o que lhe vai na alma. No meu espírito vai isto, se necessário, peço desculpa.

Copiado em "No Vazio da Onda"

Khristus


Abril 6, 2012

.Dizem que Cristo foi “crucificado para pagar os pecados dos homens”. Não sei se foi assim, mas também agora não é importante. Na realidade, interessa-me que seja assim, porque a notícia de que um grego se suicidou em frente ao Parlamento Helénico pode ser vista simbolicamente da mesma forma. Sacrificou-se para que o resto da Europa acorde. Foi crucificado pelos mercados. O papel de Pilatos será representado pelos políticos responsáveis pela cega aplicação das ordens superiores do Império, essa entidade que dá pelo nome de Mercados. E manter a paz do Império também foi o argumento utilizado por Pilatos que numa linguagem contemporânea podemos traduzir por “acalmar os mercados”.

E agora a nota deixada pelo grego à seita dos assassinos:
“O Governo de Tsolakoglou aniquilou qualquer possibilidade de sobrevivência para mim, que tinha como base uma pensão muito digna que paguei, por minha conta, sem qualquer ajuda do Estado, durante 35 anos. E dado que a minha idade avançada não me permite reagir de forma diferente (mas se um compatriota grego pegasse numa Kalashnikov, eu apoiá-lo-ia) não vejo outra solução a não ser acabar com a minha vida deste modo digno, para não ter que terminar rebuscando nos contentores do lixo, para poder sobreviver. Creio que os jovens sem futuro vão um dia pegar em armas e pendurar de cabeça para baixo os traidores deste país na Praça Syntagma, como os italianos fizeram com Mussolini em 1945. “



segunda-feira, 26 de março de 2012

Opinião de (Luta Social discussão)

"SABIAM???




Quando o British Hospital surge numa conversa, tendemos a perguntar: o de

Campo de Ourique ou o das Torres de Benfica?



O hospital pertence ao Grupo Português de Saúde desde o início dos anos

1980. O Grupo Português de Saúde pertence ao universo da Sociedade Lusa de

Negócios, a tal que tinha um banco dentro. Exactamente: o BPN.

O banco serviu para financiar a compra do British. Um fiasco. Entre 1999 e

2009, o British recuou de uma média anual de 12 mil consultas para cerca

de 1800. Entre 2004 e 2007, o presidente do Grupo Português de Saúde foi o

economista José António Mendes Ribeiro, o qual, quando saiu do grupo,

deixou um passivo de perto de cem milhões de euros.



Pois foi precisamente José António Mendes Ribeiro que o ministro da Saúde,

Paulo Macedo, foi buscar para coordenar o grupo de trabalho que vai propor

os cortes a aplicar no Serviço Nacional de Saúde.



Isto, que podia ser uma charla dos Malucos do Riso, é o ponto em que

estamos."

sábado, 24 de março de 2012





Portugar seria um Paraíso

Um povo humilde mas inculto, leva com uma ditadura de direita durante quase meio século, passa fome, fome de pão, dá fome aos seus filhos. Teve esperanças quando a revolução militar de 25 de Abril, se transforma em popular:






De 25 de Abril de 74 a 25 de Novembro de1975, foi de longe, o melhor período da vida do povo de Portugal!!!






Da gente que lutou como pode com forças politicas e homens – livres de esquerda por um Portugal melhor, sem explorados nem oprimidos;






Havia sempre um jovem activista, um filho, um sobrinho, um neto ou vizinho a semear sonhos na gente mais inculta e ao vivo ouviram, por exemplo:






Zeca Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Pedro Barroso, Janita e Vitorino Salomé, Trovante, Gac – Vozes na Luta, Fausto, Manuel Freire, Francisco Fanhais, José Barata Moura, José Jorge Letria e Adriana Correia de Oliveira, a cantar e por vezes iam apontando as mudanças e progressos seguir;






Alguma gente aprendeu a ler e/ou escrever e havia gente que começava a aprender politica. Começavam a ganhar consciência da sua função da sociedade. Nos liceus havia a disciplina de “Introdução à Politica”. Havia…;






O partido dos vencidos, CDS, do rapazito de cara cheia Diogo Amaral, agora apoiado no PS, e não oposição do PPD, uma ala da Acção Nacional Popular “marcelista”, prepara uma manifestação em nome da “maioria silenciosa”;






A esquerda, partidos e movimentos políticos, homens e massas trabalhadores conseguem que a manifestação não seja convocada, no dia 28 de Setembro de 1974;






Apesar disso a grande burguesia não desiste e mais tarde com a aldrabice da “matança” aos oficiais spinolistas iniciam a 11 de Março de 75 o ataque aéreo ao Ralis do “esquerdista” Dinis de Almeida. Milhares de populares em Lisboa dirigem-se a todos os quartéis e os soldados ficam ao lado do Povo, contra os seus comandantes e, portanto, o golpe fracassa;






Como a crise entre militares é total, Soares (PS), o grupo de Melo Antunes vão preparando um golpe, a comando de Frank Carlucci!!! (Sim, sim o mesmo do Chile e morte de Salvador Allende);






Encabeçada por Ramalho Eanes, a contra-revolução organizada pela burguesia, grande e média, pelo PS, PPD, CDS, mais tarde do PCP acabou por abortar a revolução popular em curso. O trio Carlulli, Soares, Eanes e seus lacaios, são os responsáveis pelo 25 de Novembro e seus danos democráticos;






Para começar é punido Salgueiro Maia, enviando-o para os Açores e negando à viúva o direito à pensão quando os Pides tinham todos os favores, mandaram p´ra prisão Otelo Saraiva de Carvalho e puseram na reversa outros militares de Abril;






O Povo, o explorado, os sem casa, sem emprego, sem condições de saúde, sem possibilidades de educar os filhos, os mesmos do estado novo, sem abrigo, volta a ser o alvo principal do grande capital;






Quem comemora burocraticamente Abril são as gentes de Novembro!!!


Quem recebe “condecorações” no dia 25 de Abril são as gentes de Novembro!!!






Essa gente de Novembro a par grande burguesia que fugiu de Portugal, a “maioria silenciosa” em silencio aparece em cargos políticos públicos e privados;






A grande burguesia volta a ocupar os seus cargos e os caciques locais ou nacionais com mais de 5 anos sem votar ou ser eleito, na sombra, tem os seus braços direitos no topo e em 79, muito deles voltam ao seu sítio politico;






Como paga temos um voto; e, assim temos no parlamento uma cambada de gatunos que nunca seriam eleitos deputados na rua onde moram, ou moraram, e muitos nem na sua família;






José Pacheco Pereira era eleito, com deputado na cidade do Porto? Foi no Porto que fui expulso do CMLP. Por isso é candidato em Aveiro, em Santarém, em todos os distritos, menos na cidade onde nasceu e viveu, até à morte de Sá Carneiro que o conhecia de ginja: eram os dois naturais da Cidade Porto.






Vão todos a reboque dos 5 (cinco) partidos que os nossos impostos subsidiam faustosamente. De lá nasce o governo, os apoios para aclamar os presidentes de república, directores de empresas públicas e altos responsáveis políticos e apoio aos presidentes das autarquias;






Quem os conheceu de perto sabe que intelectualmente só ficaram os maus, tanto os de esquerda como direita; Quem tinha discernimento e respeito pelo seu Povo, foi obrigado a abandonar este faustoso círculo. Isto em todos os partidos;






Até o charlatão da LCI e PSR consegue ser líder de Bloco de Esquerda, o outro partido, a UDP, estava no parlamento e era um partido já formado. Com cisões e mais cisões de um lado e do outro, têm como porta-voz um trotskista;






Os trabalhadores, pequenos empresários e reformados, vão de forma áspera perdendo direitos conquistados, todos os dias ficam piores. Friamente, sabe-se que uma revolução é feita por idealista e mais tarde serve os oportunistas!!!;






Actualmente o grande capital, dominado por homens e mulheres sem carácter cada vez mais violentos, capazes do roubo, são cada vez mais “donos” de tudo. Acabou o sonho, a utopia deste Povo;






Afluíram os caixotes (TVs) que mudaram o hábito de pensar. Há um pensamento colectivo, uma “anestesia” ditada pelos grandes grupos económicos ou (poder central), que pensam, na essência, pela população: futebol, telenovelas e os: Marcelo Rebelo Sousa, António Vitorino, Miguel Sousa Tavares, Vasco Pulido Valente entre outros. Ninguém dúvida da sua capacidade mas em troca de dinheiro, fazem esse papel;






Em vez da conjunção de vários factores nascer ideias, agora surge as ideias politicas ou ficcionais da TV para serem mastigadas e, com mais ou menos tempo, engolidas. Em vez de serem cidadãos de pensamento livre, o telespectador acaba com pensamento conduzido, “acrítico, burro e embrutecido”, como diz a Clara F. Alves;






Enquanto Portugal durar com país independente, será o PS ou o PSD a comandar o governo. O CDS-PP está sempre atento e pronto a orientar ministérios (pilhar o erário público), o PCP procura essa oferta e o BE ainda não sabe como de entalhar;






Após o 25 de Novembro a Câmara Municipal de Lisboa distribui casas boas e excelentes aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos;






Naquele, como neste momento, a actividade do jornalismo constituiu-se como o verdadeiro poder. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e sua actividade no poder, a actividade dos bancários, gestores públicos e apoio da governação aos mafiosos e com mais dinheiros neste país;






Agora contínua a ser o verdadeiro poder mas senta-se à mesa dos mafiosos, corruptos e gatunos!;






Por vaidade pessoal, peso politico e social a maioria dos nossos (des)governantes pagam a preço de ouro o liceu no colégio privado e nas universidades privadas é tudo mais fácil;






Por exemplo: das provas que fez a universidade moderna, 4 pessoas tiveram ZERO, e, claro, mais 5 anos eram “doutores” se não fossem denunciados, qual 12º ano, qual exame “ad-oc”;






Isto é apenas um exemplo, dos tantos que por cá andam. Tanta gente sabe que as universidades privadas em Portugal “vendem” cursos superiores mesmo sem provas pelo correio e datas ao domingo;






Gente assim mal formada vai governar este país, vestíbulo e recreio dos mafiosos. É uma grande desigualdade entre pobre e ricos, a maior da Europa, menos na sabedoria. Estamos todos, os que tem muito dinheiro e o não tem nenhum, na cauda da Europa;






Ou seja: somos o Povo com mais analfabetos da Europa, temos o governo mais iletrado da Europa;






O ensino, o emprego, a saúde, a justiça, não são bens essenciais para a populaça, e, tais medidas não são desmentidas, pela eficiência da verdade, claramente vista e provada;






A “nossa” justiça não é cega. A gente com dinheiro têm óptimos destinos nos tribunais, um politico é imune;






Para uns e para os outros, bons advogados, truques e mudanças na lei, os outros, com pouco dinheiro, não! Não há um único político preso;






O 25 de Abril, resolvia o problema da pobreza, da habitação, da saúde, da educação e do emprego, depois de Novembro temos hoje uma classe média depauperada, endividada e uma classe baixa que não pode ser mais pobre e ignorante;






O 25 de Abril criava condições para que os jovens fossem felizes, criativos, alegres e com amor à vida. Depois de 25 de Novembro grande parte da nossa juventude está espalhada pelas prisões devido à toxicodependência e pequenos roubos, pelos hospitais com SIDA e diariamente pelos tribunais, para aumentar o Registo Criminal;






Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção;






Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada;






Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado;






Os sacrilégios bombistas e clima de ameaça por parte das amaldiçoadas organizações ELP e MDLP. Os roubos aos “santos” das igrejas transmontanas;






O atentado à bomba que matou O padre Maximino e a aluna M. de Lurdes em Cumieira, Vila Real, o crime de Joaquim Ferreira Torres, está tudo esquecido e não convém ser lembrado!
Olá Mário (Brochado Coelho!);






A morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia;






Sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve;






Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal;






Este é um país onde as coisas importantes, corrupção, máfia, grandes traficantes de droga, ladrões de muito dinheiro, pedofilia são "abafadas", já que esses feitos são dominados, ou chefiados, pelo grande capital;






E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas, Apesar dos jornais e das televisões, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade;






A 04 de Março de 2001 a ponte Hintze Ribeiro em Entre-os-Rios, no Portugal profundo, desiste de velhice e ceifa a vida a 59 pessoas que chegavam de autocarro e 3 automóveis, corpos a flutuar no rio Douro para o mar. Morreu o meu querido amigo Virgílio e não há e nunca houve responsáveis;






Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, onde Paulo Portas, recentemente nomeado ministro da defesa, faz tudo para que a P.J. venha para Norte, para não ser constituído arguido e começa o Apito Dourado;






A corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Santana Lopes, Carmona Rodrigues, Fernando Ruas, etc;






O caso da Braga Parques, ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?;






Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida? Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?;






Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico? Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?;






Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal? Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma;






No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém? E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?;






E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?






E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?;






Os “homens sérios” do BPN, ministros “ importantes dos governos do Cavaquismo, Oliveira e Costa, Dias Loureiro são os mais falados; e os outros. Cavaco Silva não sabia? Não acredito!


Victor Constâncio não sabia? Também não acredito!






O BPP! Ficam com o dinheiro dos depositantes, isso ficam… Agora se o governo paga ao mesmos… esperem. Ninguém vai preso porque não roubou galinhas e não andam de autocarro;






E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é cega e só visita os pobres;






Porque, uma senhora não tinha dinheiro para o autocarro, não pagou a multa, foi presa. Porque roubou 3 galinhas e 2 molhes de couve, foi julgado e pagou uma enorme multa;






Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento, sem sensacionalismo;






José Sócrates a tomar posse, primeiro-ministro, no mesmo dia o ex-ministro da “defesa”, Paulo Portas (PP), a colocar medalhas a militantes e servidores, ao mesmo tempo. Isto foi dito? Tantos relatórios de véspera!;










Nunca saberemos se a Casa Pia foi concluída ou restaurada para isso, para rapazes e raparigas ser objecto sexual dos poderosos. Nunca saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas;






Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negócios que impede a escavação da verdade. Perguntem ao CCS/PP, PDD/PSD, PS, PCP e BE se não valeu a pena o 25 de Novembro?;






Nada disto é o tal “bota abaixo” de dizer mal, por dizer mal, por egoísmo. É, apenas a minha opinião e tenho propostas, por exemplo:






Que fiquem os portugueses iguais em direitos e oportunidades, que os cartões dos partidos maiores não criam auto-estradas de acessos e os outros fiquem à espera.






Que quem ganha tanto dinheiro agora, que ganhe menos um bocadinho porque dá muitos para os trabalhadores e desempregados.






Que haja Impostos simples e de forma a toda a gente perceba e não conteste. Uma reforma ou pensão de invalidez igual ou parecida para todos: Uns ganhavam mais, outros menos, não havia desperdício.






Leis de trabalho para os funcionários públicos e os trabalhadores do sector privado. Avaliar todos os funcionários públicos, quero dizer do estado, que fazem aos outros aquilo que não querem que façam a eles.






Que os cargos políticos sejam exercidos por ideais e patriotismo em vez de interesses financeiros e sempre próximos de quem os elegeu, para prestação de contas e saber novidades de um lado e do outro.






Que o poder não seja “eterno” para os caciques das autarquias e governos da Madeira e Açores.


Se um Presidente da República não pode estar mais de 2 mandatos consecutivos, estes podem, porquê?










Mais de 300 concelhos, mais de 4000 Junta de freguesia, algum sempre com o mesmo presidente. Pelo que sei, pelas notícias, pelas bocas de amigos meus, pareço que não há honestidade nas autarquias, nem nas regiões autónomas;






Que as pessoas presas, a mando de um Juiz trabalhe na prisão e não aprendam uns com os outros, como agora. Os criminosos não ganham amor à prisão.






Não precisamos de Forças Armadas para nada. A estrutura já existente era uma grande ajuda para, a Força Aérea vigiar o nosso espaço aéreo, a Marinha vigiar as nossas águas marítimas e o Exercito aumentar os quadros da PSP e GNR.






De todos os Bancos Nacionais e estrangeiros com sede e filiais em Portugal, abriam a suas contas ao banco de Portugal a sua fiscalização, afim de tal “Roubalheira” que tem havido.






Foi isto que aprendi. Ao vivo, falando e agindo, a ser comandado, a dirigir, debatendo na terra onde nasci, no concelho, no distrito, no país inteiro, na Europa;






O mundo sé pode ser


Melhor do que até aqui,


- Quando consigas fazer


Mais p´los outros que por ti.


António Aleixo






Tentei de 1974 a 78, fazer isto…e tal como outros, não entramos neste “circo”, ao nosso alcance!!!


Publicada por da Loba em 03:44, verão de 2010

quarta-feira, 21 de março de 2012

Em Portugal, "Melhor negócio do que a saúde só mesmo a indústria do armamento"….…O sírio Al Kassar, o libanês Sarkis Soghanalian e o russo Viktor Bout, traficantes de armamento "chateados" em diversos Estados, têm boas razões para dizer o mesmo.”

terça-feira, 20 de março de 2012

"E se o seu frigorífico informasse a Mossad que você faz jejum no Ramadão e a sua dentadura alertasse os serviços secretos iranianos de que só come produtos "kosher"? O Admirável Mundo Novo, o de Huxley e o de Orwell juntos, demorou mais uns anos que o previsto mas parece que finalmente está aí, à nossa porta.



O "Público online", que dá a notícia, chama-lhe Internet das Coisas, anunciando "um mundo em que os eletrodomésticos que usamos, as roupas que vestimos, os talheres com que comemos e tudo o resto (...) pode ser localizado, monitorizado e controlado" para passar a espiar-nos.


O director da CIA, David Petraeus, não esconde o entusiasmo: "Na prática, estas tecnologias [designadamente o "cloud computing" ] podem levar a uma rápida integração de dados de sociedades fechadas e permitir uma constante monitorização de praticamente qualquer coisa (...) Os dados estão em todo o lado. Todo e qualquer byte revelam informação sobre localização, hábitos e, por extrapolação, intenções e prováveis comportamentos".


Aconselha a prudência que levemos a sério a lei de Murphy segundo a qual, se uma desgraça pode acontecer, o mais certo é que aconteça. Mas até para quem, como eu, já desconfiava da câmara que veio com o computador e do aparelho de TV, é duro ter que passar a olhar de soslaio para a própria roupa interior. É melhor nem imaginar o que a nossa roupa interior terá a dizer sobre nós ao general Petraeus."
Atenção Zé... 






segunda-feira, 19 de março de 2012

O LUGAR NO TEMPO: PRÉMIO LITERÁRIO

O LUGAR NO TEMPO: PRÉMIO LITERÁRIO: O cavalo a pedra a nuvem o amor tudo o que se desloca desloca-se para um fim, a gota de orvalho nas folhas ou entre os dedos segue seu rum...

domingo, 18 de março de 2012

O Blog Mais POSITIVO: EM Arouca

O Blog Mais POSITIVO: EM Arouca: A 19 DE MARÇO, «O MEU PAI É UM POEMA» No dia 19 de Março, comemora-se o Dia Mundial do Pai. A biblioteca de Arouca associa-se à efeméride, e...

sábado, 10 de março de 2012


Genial!













«Na minha próxima vida, quero viver de trás para frente.

Começar morto, para despachar logo o assunto.

Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa.

Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a reforma e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia.

Trabalhar 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo.

E depois, estar pronto para o secundário e para o primário, antes de me tornar criança e só brincar, sem responsabilidades.

Aí torno-me um bebé inocente até nascer.

Por fim, passo nove meses flutuando num "spa" de luxo, com aquecimento central, serviço de quarto à disposição e com um espaço maior por cada dia que passa, e depois - "Voilà!" - desapareço num orgasmo.»



Woody Allen



(Via Júlia Coutinho no Facebook)

Colado do blogue "entre as brumas da memória" de Joana Lopes

quarta-feira, 7 de março de 2012

opinião de M. A. Pina - O Ministério dos Feriados

O superMinistério da Economia e do Emprego do ministro Álvaro tornou-se, em pouco mais de oito meses de Governo, uma espécie de pedreira onde escavam todos os outros ministérios e, sobretudo, os lóbis e grupos de interesses que tradicionalmente parasitam o Estado.




Foi-se, primeiro, a diplomacia económica; depois, um a um, foram-se a concertação social, as privatizações, as Parcerias Público-Privadas, o emprego jovem, os incentivos à criação de postos de trabalho...



Faltava a gestão dos milhões dos fundos comunitários, os únicos milhões que, nesta altura, ainda "entram", ou podem entrar, na economia. E, aí, chegou a vez de o Ministério das Finanças querer ir também ao bolo.



Era demasiado. O luzido superministério de Álvaro Santos Pereira estava a transformar-se num anémico miniministério honorário. E, no Conselho de Ministros da passada quinta-feira, ele terá posto os pés à parede: "Os milhões do QREN daqui não saem, daqui ninguém os tira!".



Não lhe valeu de nada. Passos Coelho calou-o deixando-o ficar com a coordenação do QREN, mas entregando a Gaspar a "palavra decisiva" sobre a reafectação dos fundos. Isto é, Gaspar decidirá, Álvaro executará.



Álvaro teve que resignar-se. Mais vale ser ministro por mais alguns meses que "bloguer" toda a vida. E, pensando bem, com cada vez menos Economia e menos Emprego para gerir, mais tempo terá para se dedicar aos dossiês dos feriados e dos pastéis de nata.



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Verdade, mentira... porque não se investiga ??!

As referências ao ex-ministro da Defesa e agora potencial ministro de qualquer coisa no Processo Casa Pia são várias.




Alguns jovens interrogados pela PJ no âmbito do caso da alegada rede de pedofilia envolvendo nomes famosos referenciaram Paulo Portas como possível abusador.



Na maioria dos casos não foi dada qualquer credibilidade aos depoimentos e outros foram remetidos para o APENSO A (cartas anónimas), apesar de, com se verá já de seguida, uma delas não ter nada de anónima.



Assim, Rosa Mota, a inspectora que coordenava a 2ª Secção da PJ, directamente sob as ordens do procurador João Guerra e das procuradoras Cristina Faleiro e Paula Soares (a partir de Fevereiro de 2003 a PJ afastou-se da investigação do Processo Casa Pia), recebeu uma carta de uma pessoa que se identificou como Eugénio Afonso de Bessa Sanches da Gama, residente na Rua Pedro Escobar, nº 154 – 2D Porto. A missiva dizia o seguinte: “Na rede de pedofilia estão metidas 200 pessoas, entre elas o deputado NARANA COISSORÓ e o senhor ministro Dr. PAULO SACADURA CABRAL PORTAS. Isto vai ser a barracada total.



Lamento profundamente os homossexuais e bissexuais irmãos Cerqueira Gomes andarem a violar mulheres e miúdos e ninguém os prender.”Um outro indivíduo também efectuou uma denúncia que foi enviada para o apenso das cartas anónimas, muito embora se tenha identificado como sendo Alexandre Silva e garantido ter sido abusado entre 1995 e 1998: “Eu era frequentemente abusado por duas pessoas importantes: PAULO PORTAS (actual ministro da Defesa) e ANTÓNIO OLIVEIRA (ex-seleccionador nacional). (…) O PAULO PORTAS levava-me no carro dele para um descampado, onde me violava seriamente.



Ainda me lembro dos risos irónicos dele, que me marcaram e que dificilmente esquecerei. Gostava que se fizesse justiça sobre estes dois pedófilos brutos, insensíveis e imorais.”



A equipa da PJ chegou a interrogar um ex-casapiano com este nome que negou ser o autor da carta e esta foi simplesmente enviada para o APENSO (anexo) A. Mas, as referências a Paulo Portas não se ficam por aqui.



Um indivíduo, que se identificou como Carlos Fragoeiro, também não esteve com meias medidas e efectuou a seguinte denúncia: “Sem qualquer outro motivo que não seja apenas ajudar a investigação e sem qualquer intenção difamatória, venho apresentar o meu testemunho em relação ao ministro cujo nome foi envolvido nas escutas deste caso (…) O ministro a que me refiro é então o actual ministro da Defesa Paulo Portas, sendo que este manteve uma relação com um rapaz menor de idade, morador em Alfragide, tendo aí sido visto por diversas vezes na sua companhia.



Durante algum tempo fez deslocações no seu veículo desportivo (de marca Mazda) a esta localidade para o buscar e levar até que foi expulso à pedrada por um grupo de amigos revoltados com a situação do suposto abuso sexual de uma criança (jovem menor).”



A equipa de investigação diz que tentou contactar com Carlos Fragoeiro, mas que não conseguiu qualquer resposta até ao dia 24 de Junho de 2003, pelo que apensou (anexou) a denúncia.



A CÉLEBRE CARTA ANÓNIMA DEIXADA NO PROCESSO

Mas as referências a Paulo Portas também surgem no próprio processo, ou seja, sem estarem em apensos. É o caso de uma denúncia constante Volume 08, folha 1536, dirigida ao juiz Rui Teixeira, a célebre carta anónima que ninguém soube explicar porque motivo não foi colocada no referido APENSO A (esta sim anónima, ao contrário das supracitadas): “Serve o presente para informar V. Exª. Tudo e de todas as pessoas que se encontram envolvidas no caso de pedofilia da Casa Pia de Lisboa:

Dr. EURICO DE MELO;

PAULO PORTAS;

ANTÓNIO VITORINO;

MOTA AMARAL e

ISALTINO DE MORAIS,

este com mulheres, filhos, rapazes e raparigas novas vindas do bairro da Pedreira dos Húngaros, no Alto de Algés, presentemente demolido, em verdadeiras orgias e bacanais, num apartamento de 4 ou 5 divisões, não me recordo já bem, na Rua das Piscinas, nº 5-6º Esquerdo, em Miraflores-Algés, pois este apartamento foi oferecido pelo construtor daquele bloco de apartamentos a um funcionário da Câmara de Oeiras, que se chama Ramos Luís. Pois eu estive lá, onde não faltava a boa comida e bebida, onde comíamos, bebíamos e dançávamos todos nus e fod***** livremente com quem quiséssemos.

Dr. BAGÃO FELIX;

PAULO PORTAS;

JORGE SAMPAIO;

LEONOR BELEZA;

LEONOR COUTINHO;

HELENA ROSETA;

MACÁRIO CORREIA;

MARQUES MENDES e outros, num apartamento de 10 assoalhadas, sito na Avª. da República, 28-4º andar, em Lisboa (…). OS carros que transportavam miúdos do Jardim de Belém, do Campo Grande, da Praça da Figueira eram o Jaguar do PAULO PORTAS e o Rolls Roice da Presidência da República.”



A carta que pelos vistos alguém desejou que fosse pública ao mantê-la no processo, vai mais longe, fazendo descrições pormenorizadas dos “dotes” orais de Leonor Beleza. Simplesmente de “estalo” esta denúncia.



A MEIA-IRMÃ DE CARLOS SILVINO

E que dizer do depoimento prestado por Isabel Maria Raposo, a dita meia-irmã de Carlos Silvino, constante do Volume 09? Atente-se: “(…) recebeu três chamadas telefónicas. Uma era de uma pessoa que não se quis identificar, outra era de um tal

LUÍS SARMENTO e outra de um

PAULO… cujo apelido não recorda. Nestas chamadas as pessoas referiram á depoente que tinham provas, papéis e fotografias, que envolviam figuras altas do país. Entre esses nomes consegue recordar de: VALENTE DE OLIVEIRA,

MARTINS DA CRUZ,

PAULO PORTAS,

TERESA MACEDO,

MALDONADO GONELHA,

ADELINO SALVADO,

PEDRO ROSETA,

DIAS LOUREIRO e os irmãos destes últimos. Mais referiram que havia pessoas da OPUS DEI E BISPOS envolvidos neste caso e que, portanto, não era só o Carlos que estaria nisto e que estavam do lado dele e que ele não devia pagar por todos. Mais referiram que o Carlos era o que tinha menos importância no meio disto tudo e que, caso as coisas não corressem bem, estes nomes iriam ser publicados. Mais tarde a meia-irmã de Silvino enviou uma lista à procuradora Paulo Soares com uma lista onde constavam estes nomes. Curiosa não deixa de ser a afirmação de Carlos Silvino: “Quando um dos inspectores me mostrou a fotografia do Paulo Portas para ver se eu o identificava o inspector Dias André disse logo: ‘Esse não interessa, esse já toda a gente sabe que é maricas!…’”



Ainda antes dos arguido terem sido detidos houve uma busca ao lar do Francisco Guerra onde foram apreendidos/entregues vários documentos que ele tinha na sua posse. Esses documentos não aparecem no processo só emergindo já em julgamento. Quando confrontado, o ex-motorista e responsável pela investigação Dias André entregou uma série de papéis do Francisco Guerra que supostamente este lhe tinha entregado “a título pessoal”. Ora nesses papéis consta uma "lista de clientes" onde aparecem os nomes de: PEDRO NAMORA E PAULO PORTAS, entre outros.



ESTAS DENÚNCIAS E INSINUAÇÕES VALEM O QUE VALEM, OU SEJA ZERO.













domingo, 12 de fevereiro de 2012

povo brando, cobarde e sem eles no sítio,..

Emídio Rangel tem uma pensão de reforma de 27 mil euros! Já acho pouco o que ganha Catroga. Afinal, toda a crise tem excepções e há sempre uns bois que escapam e uns burros p´ra os manter, é necessário ser mais burro que um burro par saber disso e sem sequer ficar inquieto, lutar que está a ser roubado. É na política, no jornalismo, rádios e televisões… Estamos fartos desta gente devassa, desde bufos ao serviço de Angola a oportunistas de toda a casta. É triste que comam, todos, naquela pia de enchemos todos os dias com o dinheiro dos impostos. E, alguns corruptos são cá armados em heróis!






terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Opinião de M. A. Pina





E a dívida alemã?


Gostaria de ver os arautos dos "mercados" que moralizam que "as dívidas são para pagar" (no caso da Grécia, com a perda da própria soberania) moralizarem igualmente acerca do pagamento da dívida de 7,1 mil milhões de dólares que, a título de reparações de guerra, a Alemanha foi condenada a pagar à Grécia na Conferência de Paris de 1946.


Segundo cálculos divulgados pelo jornal económico francês "Les Echos", a Alemanha deverá à Grécia em resultado de obrigações decorrentes da brutal ocupação do país na II Guerra Mundial 575 mil milhões de euros a valores actuais (a dívida grega aos "mercados", entre os quais avultam gestoras de activos, fundos soberanos, banco central e bancos comerciais alemães, é de 350 mil milhões).


A Grécia tem inutilmente tentado cobrar essa dívida desde o fim da II Guerra. Fê-lo em 1945, 1946, 1947, 1964, 1965, 1966, 1974, 1987 e, após a reunificação, em 1995. Ao contrário de outros países do Eixo, a Alemanha nunca pagou. Estes dados e outros, amplamente documentados, constam de uma petição em curso na Net (http://aventar.eu/2011/12/08/peticao-sobre-a-divida-da-alemanha-a-grecia-em-reparacao-pela-invasao-na-ii-guerra-mundial) reclamando o pagamento da dívida alemã à Grécia.


Talvez seja a altura de a Grécia exigir que um comissário grego assuma a soberania orçamental alemã de modo a que a Alemanha dê, como a sra. Merkel exige à Grécia, "prioridade absoluta ao pagamento da dívida".






quinta-feira, 12 de janeiro de 2012






O monstro na primeira página

Publicado às 00.10

A desavergonhada afirmação pública de Manuela Ferreira Leite ("abominável" lhe chamou justamente a jornalista que orientava o debate da SIC em que a afirmação foi proferida) de que doentes com mais de 70 anos que necessitem de hemodiálise a devem pagar é, sabendo-se que a alternativa à hemodiálise é a morte em poucos dias, um eloquente sinal dos tempos que vivemos e da qualidade moral de certas elites hoje influentes no país.

A conveniente "correcção" que, apercebendo-se da brutalidade do que dissera, a ex-dirigente do PSD fez a instâncias de outro interveniente no debate (afinal só quisera dizer que "uns têm [a hemodiálise] gratuitamente, outros não", consoante a capacidade financeira), é patética: se foi isso que quis dizer, porquê os 70 anos?; porque não se aplicará o critério financeiro a doentes com menos de 70 anos?

A ideia de que pessoas com mais de 70 anos só tem direito à vida, que é o que representa um tratamento extremo como a hemodiálise, pagando - independentemente de terem, durante anos e anos, entregue ao Estado parte substancial dos seus rendimentos para garantir o seu direito a assistência na doença - talvez seja aceitável vindo da mesma mente tortuosamente contabilística que em tempos também defendeu a suspensão da democracia. Que mentes dessas tenham púlpito num canal de televisão só se compreende pela política do "monstro na primeira página" que domina hoje o jornalismo português.





domingo, 8 de janeiro de 2012

O homem...

Vivemos numa época em que mais de mil milhões de pessoas passam fome em todo o mundo e onde a pobreza não pára de aumentar embora os mais ricos estejam cada vez mais ricos. O mundo produz diariamente comida em quantidade suficiente para alimentar toda a população do planeta e enquanto a fome mata uma pessoa a cada 3,5 segundos, no outro extremo existem no mundo mais de 1 bilião de adultos com peso excessivo. Neste momento o mundo tem aproximadamente 7 000 milhões de pessoas e com a tecnologia actual seria possível produzir alimentos para alimentar 12 000 milhões de seres humanos.



É normal vermos a União Europeia ou os Estados subsidiarem a destruição de alimentos em nome da política de preços, pelos vistos mais importante que a vida humana. Isto é imoral, vergonhoso e criminoso.



Perto de 44% do que é plantado perde-se na produção, distribuição e comercialização dos alimentos. Se lhe juntarmos mais 20% de perdas no processamento culinário e hábitos alimentares, as perdas totalizam 64% em toda cadeia.



Nos países mais desenvolvidos foram criados mecanismos de defesa dos consumidores que obrigam os produtos a terem datas de validade de forma a garantir a saúde pública. Quando esses produtos se aproximam do fim dessa validade são enviados para o lixo mesmo estando ainda em boas condições de utilização. Milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados diariamente enquanto milhões de pessoas passam fome. Se em alguns estabelecimentos

comerciais já há quem aceite oferecer esses alimentos a instituições de solidariedade social, na sua grande maioria são destruídos, havendo mesmo casos em que os caixotes de lixo são trancados ou mesmo despejada lixívia sobre os alimentos para que não possam ser aproveitados. Em Espanha foi recentemente aprovada uma lei que obriga quem “roubar comida dos caixotes de lixo” a ter de pagar uma multa de 750 euros.



Também todos os dias milhares de refeições em perfeitas condições de serem consumidas, são deitadas ao lixo. E isto acontece não só em supermercados, ou nas grandes superfícies, mas também em refeitórios de empresas, hospitais, escolas, ou em empresas de catering.



À vergonha que representa haver a possibilidade de acabar com a fome e preferir destruir os alimentos junta-se também a destruição do planeta com o gasto de recursos na sua produção, como a água, cada vez mais importante e escassa. (Mais de um bilião de pessoas em todo o mundo já não têm acesso a água limpa suficiente para suprir suas necessidades básicas diárias e dentro de 20 anos, uma proporção de dois terços da população do mundo deve enfrentar escassez de água, de acordo com a FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação).



É por isso urgente acabar com o desperdício alimentar definitivamente pois ele constitui um crime contra o planeta, a humanidade e a vida de milhões de pessoas. A sua criminalização, tornando-o um crime grave por matar ou mesmo por poder ser considerado genocídio dos mais pobres, é importante pois pode salvar vidas. Se a mera consciência de cada um e de todos nós não

é suficiente, vamos obrigar os nossos políticos, comerciantes e até nós consumidores a sermos mais cuidadosos e a termos mais respeito pela comida, evitando o seu desperdício, criminalizando-o.



Por tudo isto, os Indignados de Lisboa propõem que o desperdício alimentar seja considerado como crime grave e que sejam criadas penas severas para quem o pratique.



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

do Duarte Lima

Lima perdeu a liberdade. Está em preventiva no âmbito do caso BPN


*Duarte Lima: Como fazia a lavagem de dinheiro*

O ex-deputado foi investigado em 1994 num processo que é um verdadeiro

manual de branqueamento de dinheiro sujo

A prática de lavagem de dinheiro há muito que não é estranha a Duarte Lima.

Desde os anos 90 que o ex-líder parlamentar do PSD conhece, ao pormenor, as

técnicas daquilo a que os juristas chamam "dissimulação de capitais", mas

que é vulgarmente conhecido por branqueamento ou lavagem de dinheiro. Essa

é a arte de fazer com que o dinheiro obtido de forma ilegal regresse aos

circuitos financeiros e bancários com o estatuto de plena legalidade.

O processo às ordens do qual Duarte Lima está agora preso mostra algumas

dessas formas de lavagem, mas já na primeira investigação de que foi alvo,

nos anos noventa, é provado um apurado conhecimento dessa arte de esconder

o dinheiro sujo. Nesse primeiro processo em que Lima foi constituído

arguido, corria o ano de 1994 e o cavaquismo já agonizava, é descrito ao

pormenor aquilo que hoje se pode considerar um pioneiro manual de técnicas

de lavagem de dinheiro, como então alertava o inspector da PJ Carlos

Pascoal, que assina o relatório final da investigação.

O caso estava centrado em suspeitas de corrupção relacionadas com as

aquisições de apartamentos e de terrenos em Lisboa e Sintra (ver texto

nestas páginas). O mais interessante, porém, foi o que a investigação

mostrou em matéria de enriquecimento ilícito assente no tráfico de

influências e correspondente branqueamento de dinheiro, tudo crimes não

existentes no ordenamento jurídico português à época dos factos. Carlos

Pascoal, hoje com 57 anos e reformado da PJ, que investigou este processo

com o colega José Peneda e sob a direcção do magistrado do Ministério

Público Luís Bonina, enumerou as técnicas de lavagem uma a uma.

DEPÓSITOS EM DINHEIRO

O relatório de Pascoal é claro em matéria de fluxos financeiros: "Em razão

da análise bancária realizada pode concluir-se que foi detectada a

aplicação de várias técnicas de dissimulação de capitais, envolvendo um

conjunto de contas bancárias tituladas pelo arguido Duarte Lima, pela sua

ex-esposa, ou por familiares de um ou de outro".

Essas técnicas consistiam em fazer entrar o dinheiro nas contas sob a forma

de numerário, permitindo ocultar as proveniências e os motivos das

realizações de pagamentos. "Entre 1992 e 1994 foram creditadas dessa forma,

no conjunto das contas investigadas, verbas superiores a 750 mil contos"

(3,75 milhões de euros).

*CONTAS-FANTASMA*

As contas directa ou indirectamente controladas por Duarte Lima nunca

tinham saldos elevados. A técnica usada passava por fazer circular os

valores de conta para conta até à utilização final do dinheiro em despesas

ou aquisições. A maior parte dos créditos - numerário ou cheques - foi

escoada por contas tituladas pelo próprio Duarte Lima.

Os investigadores dão um exemplo: uma conta do Banco Fonsecas & Burnay

titulada por Fernando Henrique Nunes (ex-sogro de Lima) foi utilizada como

'placa de passagem' de valores que acabaram em contas de Duarte Lima. Só no

conjunto de contas em nome do ex-sogro e da ex-mulher, Alexina Bastos

Nunes, foram transferidos para contas de Lima 474 mil contos.

A partir de Novembro de 1993, o mesmo procedimento manteve-se mas com mais

titulares nas contas, designadamente duas sobrinhas do ex-deputado, Alda e

Sandra Lima de Deus e alguns dos irmãos.

*MOTA E ANF*

Duarte Lima, apesar de estar em exclusividade de funções no Parlamento e de

ter a inscrição suspensa na Ordem dos Advogados, mantinha uma intensa e

profícua relação com muitas empresas.

Na investigação são detectados dezenas de depósitos feitos pelos

administradores da então Mota e Companhia para as contas controladas por

Duarte Lima. A um ritmo mensal, Manuel António da Mota, fundador da empresa

já falecido, e o seu filho, António Mota, actual patrão da Mota-Engil,

pagaram perto de 150 mil contos a Duarte Lima entre 1991 e 1993.

Lima só em 1993 começou a emitir recibos verdes sobre uma pequena parte do

dinheiro recebido, justificando no processo apenas dois pagamentos a título

de prestações de serviços. Nessa fase em que começou a passar recibos

verdes também começou a receber dinheiro por antecipação a serviços a

prestar no futuro.

Nas declarações efectuadas aos investigadores, tanto António Mota como

Manuela Mota, também administradora da empresa, justificaram os pagamentos

de 1991, 1992 e parte de 1993 a título de aquisições de obras de arte

feitas a Lima e ao ex-sogro. Disseram também que Lima era consultor para a

área internacional, apontando concretamente Angola como um dos países em

que Lima ajudava a construtora. O ex-deputado, porém, tinha a inscrição

suspensa na Ordem dos Advogados e nunca declarou ao Fisco estes rendimentos.

Tanto em relação à Mota e Companhia, como à Associação Nacional de

Farmácias (ANF) - que pagou também milhares de contos a Lima e ainda as

obras feitas num dos seus apartamentos de Lisboa -, o ex-líder parlamentar

do PSD funcionou como um avençado no Parlamento.

De outras empresas, como a Altair Lda. e a Portline S.A., Duarte Lima

recebeu dinheiro a título de "despesas confidenciais" e "saídas de caixa".

*VÍCIO DAS ANTIGUIDADES*

Um dado essencial da ocultação de dinheiro detectada nesta investigação foi

o da aquisição de antiguidades e obras de arte. "Tudo aponta no sentido de

ser um coleccionador, visto que raramente procederá a vendas", escreve o

inspector Carlos Pascoal. São registadas nas perícias financeiras algumas

transacções. Só a três comerciantes de arte Lima comprou 250 mil contos em

antiguidades e peças num curto espaço de tempo.

Também aqui a lei era favorável a Duarte Lima: "As dificuldades de controlo

das actividades de transacções deste tipo de objectos e consequente

possível utilização como técnica de dissimulação de capitais são

reconhecidas no preâmbulo do decreto-lei 325-95 (branqueamento de

capitais), designadamente mencionando a não sujeição de tais actividades a

regras específicas e a inexistência de uma autoridade de supervisão",

alertam os investigadores. A criminalização do branqueamento e do tráfico

de influências só ocorrem depois de Outubro de 1995, quando o Governo já é

do PS e liderado por António Guterres. A bancada do PSD chefiada por Duarte

Lima várias vezes recusou criminalizar este tipo de crimes.

*PARAÍSOS FISCAIS*

A abertura de contas na Suíça e a utilização de paraísos fiscais para

branquear dinheiro são hoje expedientes vulgares. À época, porém, o seu

conhecimento em casos concretos era raro. Com um segredo bancário

inexpugnável, a Suíça era um paraíso para ocultar capitais. Duarte Lima

tinha contas no Swiss Bank Corporation, em Basileia, e daí transferiu

dinheiro para a Cosmatic Properties, Ltd., uma empresa offshore que

utilizou para várias aquisições.

As autoridades suíças, porém, nunca forneceram os elementos bancários

pretendidos pela investigação portuguesa porque Duarte Lima e a ex-mulher

se opuseram a que tal acontecesse, impedindo judicialmente que a carta

rogatória expedida pelas autoridades portuguesas fosse cumprida.

*TESTAS-DE-FERRO*

Os ganhos na bolsa foram a grande justificação de Duarte Lima para uma

parte do património. Declarou ter ganho 60 mil contos, mas foram detectados

investimentos feitos em seu nome mas formalmente pertencentes a outras

pessoas. Em dois dos casos detectados tratava-se de empresas de construção

civil: a Severo de Carvalho, a que Lima tinha grande ligação, e a Sociedade

de Construções Translande.

Foram descobertas contas co-tituladas por Lima e algumas dessas pessoas ou

empresas, mas tinham um movimento quase nulo. Pelo contrário, os

investimentos mais significativos na bolsa corriam exclusivamente por

contas do ex-deputado.

*UM ESTRANHO MILHÃO*

A diferença entre os valores declarados ao Fisco e o movimentado nas contas

é esmagadora e mostra um enriquecimento que Duarte Lima nunca conseguiu

explicar. Os rendimentos declarados em sede de IRS, que não incluíram os

movimentos de bolsa por não se encontrarem sujeitos a tributação,

totalizaram 182 mil contos, entre 1987 e 1995. Mas o dinheiro movimentado

nas contas tituladas por Lima apenas entre 1986 e 1994 é superior a um

milhão de contos.

Não há como registar as palavras dos próprios investigadores: "O total de

depósitos realizados nas contas tituladas pelo arguido Duarte Lima, entre

1986 e 1994, ultrapassou um milhão de contos, atingindo nos anos de 1992 a

1994 os 640 mil contos". Tudo claro, numa investigação que não teve escutas

telefónicas nem buscas a casa do arguido.

DE POBRE A BARÃO CAVAQUSITA (ASCENSÃO E QUEDA DE UM MENINO DE CORO

DESLUMBRADO COM O PODER)

É o primeiro registo oficial do deputado Domingos Duarte Lima na Assembleia

da República: III [1983-05-31 a 1985-11-03] - Círculo Eleitoral: Bragança -

Grupo Parlamentar: PSD. Em Maio de 1983, quando se estreia no seu lugar no

hemiciclo de S. Bento, Duarte Lima ainda não tinha completado os 28 anos.

Haveria de os celebrar seis meses mais tarde, em Novembro. Mas a sua vida

política não começa no Parlamento: dois anos antes, em 1981, inicia

actividade na capital como assessor político e de imprensa do ministro da

Administração Interna, Ângelo Correia.

Nunca mais haveria de parar no seu caminho para o poder e para a fortuna,

este rapaz nascido na Régua, em 1955, mas que viveu em Miranda do Douro até

1974. Foi primeiro deputado à Assembleia da República por Bragança de 1983

a 1995 - durante a III, IV, V e VI legislaturas. Depois promovido nas

estruturas do partido fundado por Francisco Sá Carneiro, entrou nas listas

por Lisboa, de 1999 a 2002, na VIII Legislatura. Voltaria novamente a

concorrer por Bragança, de 2005 a 2009, na X Legislatura.

A carreira meteórica de deputado coincidiu com uma ascensão política

fulminante. Foi o todo-poderoso vice--presidente da Comissão Política

Nacional do PSD entre 1989 e 1991, presidindo ao respectivo grupo

parlamentar, de 1991 a 1994, durante a segunda maioria absoluta de Cavaco

Silva. Com acesso a todos os gabinetes de ministros e secretários de

Estado, é um nome mágico para empresários e particulares sequiosos de

influência e proveitos. Vêm então os escândalos e cai em desgraça. Primeiro

um construtor civil de Mogadouro envia-lhe um fax para o Parlamento a pedir

um "jeito" num concurso de obras. Depois, o semanário 'O Independente'

conta a história da casa de Nafarros.

Sucede-lhe José Pacheco Pereira, que tinha sido seu 'vice', e Lima inicia

uma travessia do deserto. Perito em súbitas reviravoltas, porém, já em 1998

e com os socialistas no poder, vence Pedro Passos Coelho e Pacheco Pereira

nas eleições para a Comissão Política Distrital de Lisboa do PSD, que

dirigiu até 2000, deixando o lugar para aquela que seria a futura líder

social-democrata, Manuela Ferreira Leite. Lima terá gasto milhares de

contos em regularização de quotas e inscrição de novos militantes, grande

parte deles recrutados em bairros sociais.

*POBRE E PROVINCIANO*

Licenciado em Direito pela Universidade Católica, mas advogado mais de

título do que de exercício, Duarte Lima ocupou muitos outros cargos, sempre

numa vida faustosa, que foi justificando como podia, ou conseguia. Na lista

oficial que apresentou ao Parlamento consta a sua condição de "membro da

delegação portuguesa à Assembleia da NATO", mas também a ocupação de

"docente universitário". Refere-se ainda ter sido condecorado com a Ordem

do Mérito, atribuída pelo presidente da República de Itália.

Segundo reza a história da sua origem humilde, quinto filho numa família de

nove irmãos e órfão de pai aos 11 anos, ajudava a mãe, Maria de Jesus, a

vender peixe em Miranda do Douro. O pai, Adérito Lima, fora funcionário da

companhia eléctrica nacional até morrer de cancro.

Quando entrou para a Universidade Católica, com uma bolsa que o livrou de

pagar propinas, era olhado de lado e com indisfarçável estranheza pelos

colegas. Pobre e provinciano, não se vestia como os outros. A mais tarde

famosa jornalista Margarida Marante terá sido a única que lhe prestou

alguma atenção. Tornou-se sua amiga. Duarte Lima oferecia-lhe alheiras

feitas pela mãe. Margarida apresentava-lhe amigos, sobretudo na área do

PSD. Músico predestinado desde a infância, em 1980 era maestro do coro da

Católica. Pedro Santana Lopes e Pacheco Pereira assistiram a alguns dos

seus concertos de órgão.

Licenciou-se tarde, com 31 anos e 14 valores, como tarde tinha entrado na

universidade, depois de frequentar o Liceu D. Pedro V, onde terminou o

secundário com 19 valores. O estágio de advocacia foi feito no escritório

do socialista José Lamego, que seria mais tarde secretário de Estado dos

Negócios Estrangeiros de António Guterres e então era casado com Assunção

Esteves, presidente da Assembleia da República.

Em finais de 1998, depois de muitos dos escândalos conhecidos nos jornais,

foi atingido por uma leucemia em estado avançado, recebendo um transplante

de medula, amplamente noticiado. Já curado, funda a Associação Portuguesa

Contra a Leucemia, que iria criar o banco nacional de dadores de medula.

Muitos médicos e dirigentes da associação sublinham a importância da

exposição pública que Duarte Lima deu à doença e o papel que desempenhou.

*O CONVIDADO SÓCRATES*

Casou a 18 de Novembro de 1982 com Alexina Bastos Nunes, em Fátima, numa

cerimónia religiosa realizada pelo bispo de Bragança, D. António José

Rafael. Desta união iria resultar o único filho de Domingos Duarte Lima,

Pedro Miguel. Numa relação que viria a constar dos processos de

investigação da PJ, divorciou-se de Alexina em 1995, casando mais tarde, em

2000, com Paula Gonçalves. Desde que Duarte Lima se terá envolvido com a

brasileira Marlete Oliveira, a sua provisória secretária que entretanto já

regressou ao Brasil , o casal só partilhava o mesmo apartamento.

Com 56 anos, Duarte Lima - Domingos, para os amigos - é um homem rico e

poderoso. Na luxuosa casa da av. Visconde Valmor, no centro de Lisboa,

ofereceu jantares feitos pelo célebre chef Luís Suspiro. Constam das

memórias dos convidados as antiguidades dispostas nos salões e as

explicações excêntricas dos pratos que Suspiro vinha à sala apresentar.

José Sócrates foi um dos comensais mais famosos.

*O FILHO DE SEU PAI TORNOU-SE NUM TESTA-DE-FERRO*

Quando Domingos Duarte Lima anunciou que estava gravemente doente, com uma

leucemia, apareceram as primeiras imagens do filho, Pedro Lima, então com

apenas 13 anos, uma criança. Quando o ex-líder parlamentar do PSD foi

detido, o filho foi com ele, agora já com 26 anos, também arguido no mesmo

processo.

Pedro Lima é suspeito de branqueamento de capitais, burla qualificada e

fraude fiscal agravada, mas tudo indica estar de novo a dar a cara pelo

pai. Lima, o filho, foi libertado e diz-se que não tem dinheiro para pagar

a caução de 500 mil euros, ainda que seja sócio e administrador de cinco

empresas.

Há quem acrescente que Lima, o pai, fez dele testa-de-ferro dos seus

negócios. No dia do aniversário de Duarte Lima, Pedro lá estava como visita.

*"O SEU ENRIQUECIMENTO MOSTRA A DEGRADAÇÃO DO REGIME" (Paulo Morais,

professor universitário e dirigente da organização