segunda-feira, 29 de julho de 2013

Só Aqui!


“O Governo prevê que as eleições autárquicas vão “custar mais três milhões de euros do que custaram as últimas legislativas”. A informação é avançada pelo secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo d' Ávila, à Antena 1, que justifica o maior encargo com as notificações que estão a ser enviadas aos eleitores.”

 

Três milhões em cartas?! Daí a privatização dos CTT, não é?

domingo, 21 de julho de 2013

e é o "nosso" presidente da republica


As escolhas de Cavaco Silva

Por) Santana Castilho

Há pessoas com propensão para escolhas infelizes. Cavaco Silva, quando líder do PSD, escolheu Dias Loureiro para secretário-geral do partido e apadrinhou Duarte Lima no percurso que o levou a líder do respectivo grupo parlamentar. Já presidente da República, Cavaco Silva convidou João Rendeiro para dirigir a EPIS – Empresários pela Inclusão Social. Dias Loureiro não é propriamente alheio às trapalhadas que originariam a gigantesca burla do BPN. Duarte Lima é presidiário de luxo e suspeito de crime de homicídio. A fraude BPP tem um responsável: João Rendeiro.

 A 10 de Julho, quatro dias antes da comemoração da tomada da Bastilha (quem sou eu para lhe sugerir que revisite a França de 1789?), Cavaco disse branco e fez negro. Gritou por estabilidade e afundou todos em mais instabilidade: partidos, Governo em gestão e país em agonia. Não aceitando nenhuma das soluções que tinha, inventou a pior que alguém podia imaginar. O raciocínio que desenvolveu é mais uma das infelizes escolhas em que a sua vida política é pródiga. O compromisso que pediu significaria que votar no PS, no CDS ou no PSD seria votar num programa único de Governo. O compromisso que pediu significaria o varrimento liminar do quadro democrático dos restantes partidos políticos, que desprezou. A escolha que fez significa que se atribuiu o poder, que não tem, de convocar eleições antecipadas em 2014, sem ouvir os partidos políticos nem o Conselho de Estado. Para quem jurou servir a Constituição, é, generosamente, uma escolha infeliz.   

 A monumental trapalhada política, em que Gaspar, Portas, Passos e Cavaco mergulharam o país, tem múltiplas causas remotas e uma próxima. Esta chama-se reforma do Estado e apresentaram-na ultimamente sob forma de número mágico: 4700 milhões de euros. Mas tem história. Como elefante em loja de porcelana, Passos Coelho começou por a associar à sua indefectível revisão constitucional e nomear revisor: Paulo Teixeira Pinto, artífice emérito da desgraça do BCP, apoiante da monarquia, conselheiro privado de D. Duarte Pio de Bragança e presidente da Causa Real. Escolha adequada, via-se, para cuidar da Constituição da República. Quando explicaram a Passos Coelho que a revisão da Constituição não podia ser decretada pelo putativo presidente da Assembleia da República, que o génio de Relvas arrebatou à Assistência Médica Internacional e ele, Passos, já havia elegido em nome dos deputados que ainda não tinham sido eleitos, a reforma do Estado mudou de rumo: o objectivo passou a ser “enxugar” o monstro por via da exterminação de organismos. O desastre ficou para os anais do insucesso, sociedades de advogados e consultores contentes, parcerias público-privadas presentes, rendas da energia crescentes e empresas parasitárias resistentes. Como camaleão que muda de ramo pachorrentamente, a reforma do Estado foi-se metamorfoseando: Passos chamou-lhe “refundação do memorando com a troika”, a seguir “refundação do Estado”, depois, para chegar ao simples corte acéfalo, cego, bruto, da despesa pública, com que se estatelou no muro da realidade. Relvas ridicularizado. Gaspar em frangalhos. Portas de reputação mínima irrevogável. Povo exausto. Portugal pior. O que uniu desde sempre estes Irmãos Metralha da reforma do Estado foi a sua insubordinação militante relativamente à legalidade, à confiança dos cidadãos no Estado, à prevalência do interesse público sobre o privado. Foi o seu preconceito ideológico contra o Estado social, servido pelo vazio total de ideias sobre o funcionamento seja do que for, da Educação à Saúde, da Justiça à Segurança Social, da Economia à Cultura.

 Afogado em tanta lama, quando as circunstâncias parecem pesar mais que a ética e o carácter, o país está suspenso e alheio à educação dos seus fi lhos. Os resultados dos exames nacionais do 12.º ano são preocupantes. São baixíssimas as médias nacionais em muitas disciplinas. Seria motivo para alarme nacional. Mas não foi. No site da Direcção-Geral da Administração Escolar, relatórios médicos sensíveis e confidenciais, relativos às doenças incapacitantes de que sofrem cerca de três centenas de professores ou familiares deles dependentes, estiveram expostos à devassa pública. Não tentem rotular de acidente aquilo que a tecnologia actual, definitivamente, pode impedir. Trata-se de incompetência inqualificável, que devia ser punida. Mas não foi. O mesmo Ministério da Educação, que exigiu a crianças de nove anos um termo de responsabilidade, escrito, garantindo que não eram portadores de telemóveis, antes de se sentarem a fazer o exame nacional do 4.º ano, permitiu que alunos do 6.º e 9.º, chumbados em cumprimento das regras vigentes, por o terem usado durante a prova de Português, a repetissem na 2.ª fase. Quem assim decide, começa cedo a industriar os pequenos no caminho da corrupção. Devia ser punido. Mas não foi.

Professor do ensino superior.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O presidente...


Segundo a constituição de Portugal, o presidente da república, por maldade da ocasião, era 1º ministro na altura – 87/97 em que foi vendida, a nossa agricultura, a nossa frota pesqueira a troco de biliões de Euros vindos da Alemanha. Para isso, mandou construir um banco para si e companheiros para arcar com tanto dinheiro – o BPN – das nossas lágrimas.

Pesaroso o nosso fado! Quem tem como dirigente máximo este homem, que escolhe ser toupeira precisamente "no momento em que a história lhe oferece as condições para ser gigante e, sobretudo, para despertar a grandeza moral do povo que lidera."

sábado, 1 de junho de 2013

O poeta...


Olá meus filhos libertos

Álvaro Reis e Caeiro

que sorte foi para vós

vosso pai não ter dinheiro

 

(Agostinho da Silva)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

a Natureza


A única coisa perfeita que existe é a Natureza; a única coisa verdadeiramente harmoniosa é a forma como a Natureza ordenou as coisas e os seres; a única coisa verdadeiramente bela é a Ordem com que a Natureza se rege. Ao contemplar a Natureza, fico sempre deslumbrado, inebriado, e nunca me canso de exaltar a sua beleza, a sua harmonia, a sua perfeição. Por isso respeito religiosamente a Ordem por que se rege o mundo natural.

Não se trata de uma ordem fixada por uma qualquer divindade ou demiurgo, mas sim de uma ordenação que resulta da evolução da matéria ao longo de milhares de milhões de anos. Sim, essa matéria de que é feito tudo o que existe, incluindo os próprios seres humanos. Nessa Ordem tudo está meticulosamente organizado e nada foi deixado ao acaso. No mundo natural faz-se tudo o que é necessário fazer e nada se improvisa. A sua harmonia deve-se afinal a um sentido, a uma estratégia, que preside a esse movimento evolutivo. Na terra, como no universo, a evolução da matéria faz-se sempre no sentido da perfeição (complexidade). A matéria evolui sempre para níveis cada vez mais complexos de organização. A vida, tal como existe neste minúsculo ponto perdido nas imensidões cósmicas, é, desde as primeiras moléculas de aminoácidos até hoje, o resultado dessa evolução, ou melhor, corresponde a uma fase dessa evolução. O ser humano é a expressão mais avançada (complexa) de organização da matéria. O grau mais complexo (perfeito) de organização da matéria que se conhece em todo o Universo está no cérebro humano. Em nenhum outro ponto do cosmos a matéria atingiu - que se saiba - um nível tão perfeito, tão harmonioso, tão complexo de organização como na cabeça do ser humano.

No mundo natural, a evolução dos seres vivos faz-se de acordo com estratégias específicas de sobrevivência, visando a continuação das espécies através da reprodução dos seus espécimes. As regras terríveis da seleção natural existem para, eliminando os espécimes mais fracos, fortalecer cada espécie. Como demonstrou Charles Darwin, a vida é a luta pela vida. A sobrevivência de cada ser vivo, como de cada espécie, impõe métodos que, por vezes, nos impressionavam pela sua aparente crueldade.

O astrofísico Hubert Reeves escreveu, em "Um pouco mais de azul" (livro cujo título homenageia Mário de Sá Carneiro), um texto maravilhoso que cito de memória: uma mulher belíssima está deitada na cama com o corpo nu envolvido parcialmente por lençóis de cetim branco. A janela meio aberta deixa entrar uma brisa ligeira que agita levemente as cortinas. A um canto, um disco esquecido solta os acordes maravilhosos de uma sinfonia de Mozart. Uma luz difusa inunda suavemente todo aquele ambiente de paz e de tranquilidade. O rosto da mulher é a imagem do amor e da felicidade. Porém, dentro dela, no interior do seu corpo, alheios a tudo isso, mais de 200 milhões de seres lutam desesperadamente pela sobrevivência que só um poderá alcançar. Ela acabara de fazer amor.

Como diz Reeves, a vida implica todos os níveis do real e, por isso, é que o momento mais belo na vida de qualquer ser humano é aquele em que ele é retirado todo sujo da vagina ensanguentada de uma mulher ou então arrancado da sua barriga esventrada por uma cesariana e é exibido triunfantemente à mãe que o pariu. E esse momento é belo porque é nesse instante que aquele monstrinho sujo, enrugado, roxo e disforme passa de feto a pessoa, ou seja, adquire personalidade jurídica e torna-se sujeito de direitos e de deveres ou, se quisermos, passa a ser um centro autónomo de imputações. É assim que nasce um ser humano. E esse momento é belo também porque a mulher que berrava de dores passa a rir-se de alegria e beija pela primeira vez esse filho (em outras espécies animais, as mães são ainda mais autênticas pois lambem demoradamente os recém-nascidos). Esse momento é belo, sobretudo, porque é o instante em que as dores da vida se metamorfoseiam na felicidade apoteótica da maternidade e da paternidade.

 Eu lembro-me bem desse momento. Nunca esquecerei o momento em que nasci e, sobretudo, nunca esquecerei o primeiro beijo que a minha mãe me deu - quase moribunda por me ter parido.

Opinião de A. Marinho e Pinto no J.N.)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

necessário trabalhar


Tantos acontecimentos de passaram. Deixemos a atitude dos mandões da terra, os gananciosos em destruir a terra, quem trabalha entregar mais de metade do seu pequeno salário ao grande capital e colossais de impostos das migalhas do que sobra, já que estes factos cruciais, não ajudam – neste momento – nem o autor, nem o leitor.   

domingo, 19 de maio de 2013

A "nossa" Europa


Neste século, particularmente, há mais gente a morrer que a nascer, muita gente já teme o futuro dos filhos, nem pensar em criar outros. Em cada dia que passa as dificuldades ampliam os carentes, colocam na rua mais carentes; tanta gente sem olhar a lua, como muita sorte trabalhava, os desempregados a aumentar apressadamente para um abismo que a ganância dos iletrados no poder, sem conhecer a sociedade que eles próprios herdaram, colocou.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

em Ladrões de bicicletas





"Realmente, todos têm de fazer sacrifícios, em especial esse génio da gestão global que se chama António Mexia: os presidentes executivos do PSI-20 receberam em 2012 mais de 15 milhões de euros, um aumento de 6% face ao ano anterior (mais 4,9%, em média, para os membros de 19 comissões executivas do PSI-20). Quando também sabemos que as remunerações médias dos trabalhadores portugueses caíram, entre reduções salariais e perdas de emprego, 7,2%, enquanto que os rendimentos dos activos registaram um comportamento quase simétrico, confirma-se o que dizia o grande economista John Kenneth Galbraith: “Para muitos, e em especial para os que têm voz política, dinheiro e influência, uma depressão ou uma recessão está longe de ser penosa. Ninguém pode confessar isto abertamente; em certas coisas há que discreto, mesmo do que revelamos de nós próprios”. Confirmam-se também outras ideias de Galbraith: atrás da fraude do “mercado livre” esconde-se a realidade da grande empresa capitalista e das suas estruturas de poder; estas estruturas, em especial quando estão associadas à fraqueza dos freios estatais e dos contrapesos sindicais, explicam os rendimentos de quem está no topo da cadeia alimentar e não um suposto mérito que, vá lá perceber-se porquê, costuma ser confundido com os montantes arrecadados."
Postado por João Rodrigues
em Ladróes de bicicletas


 




 

sábado, 11 de maio de 2013

ALERTA CAMARADA


Meu camarada portugues: vamos empregar palavras simples! A grande maioria do nosso povo está contra o governo, o governo está  a roubar-nos sempre! P P Coelho P Portas, V Gaspar, são as figuras que dão as betas para nos anunciar as medidads para roubar aos pobres para entregar aos endinheiros, bancos, boys, seus palácios, algumas câmaras municipais gastam o dinheiro que tem e o que não tem, estando carregadas de calotes nas empresas que penetram nesta podriqueira. Há mais fundações, PPP, etc, mas fiquemos por aqui.

Depois da entrada na Comunidade Europeia, depois do Euro alemão, as entidades referidas gastaram todas as ajudas (mal)negociadas e o governo de então, do chefe desta quadrinha, hoje presidente da república, A C Silva, brincam connosco: ALERTA! ESTAMOS EM GUERRA CIVIL! Nós temos o maior exército; apenas os cobardes têm medo, ao serem roubados!  

 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ide passear gatunos


Lutemos com satisfação, contrarie com lhe faz mal, sem tristeza ou aborrecimento. Portugal é nosso e não de meio dúzia de bandidos que nunca souberam o que é a Democracia. Pedro, Paulo e Gaspar, por exemplo, são exemplo de um ditadura, ditadura que apenas leram, ou nem isso. Nunca trabalharam, nunca sentiram aquilo que fazem aos outros, por isso BASTA!

domingo, 5 de maio de 2013

O Amor...


Do amor e retalhos da vida,

Tantas ideias comigo guardei.

E, agora já sei

Como o destino quis adiar

O grande amor da minha vida.

 

...havia uma pétala

Que voava, voava,

Perto de mim...

Tão linda, tão linda,

A mais linda do jardim.

 

Só agora é o meu amor

E, mais linda ainda.

Com tal amor, mudei

A velha forma de amar!

Por isso o mundo está contente,

Não quero do mundo mais nada,

Do que o nosso amor presente,

Presente, agora e sempre,

Infinitamente!

 

Amar, amar o nosso amor,

Amar mais gente também,

E pôr a pétala na sua flor,

Como o destino acha bem.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

De Abril a Novembro de 1974, em Portugal!


Era
Pelo pão,
Pela paz,
Pela terra,
Pela liberdade e
Pela independência nacional.


Algumas palavras de ordem
Cantadas na revolução
Pela malta mais jovem,
No Abril em Portugal.


A gente, agora adulta, jovens naquele momento,
Ou não pensam no acontecimento,
Ou recordam muito mal,
O seu próprio comportamento.
O comportamento de tal geração;
Geração obrigada a pensar
E fazer o que dantes era proibido.


Da epopeia renascentista,
Da alma de heróis marinheiros
Que tanto orgulha Portugal,
Os jovens sentiram-se herdeiros
E, começaram,
Com igual coragem,
A ter sonhos,
A ter utopias,
A ter o seu próprio ideal.
Sabendo que a chama da revolução,
Era já coincidência racional,
Não podiam,
Nem deviam,
Ao tentar mudar esta nação,
Confundir os oportunistas, que mentiam,
Parando de novo, o povo de Portugal.


Camões, Mendes Pinto, Pessoa
E muitos heróis, sem nome,
Mas conhecidos, mereciam
Que o país não andasse tão incerto:


Com a grande burguesia em fuga,
Com as velhas políticas á toa
Seria o militante jovem, político esboçado
A fazer, como sabia,
O despertar dos sentidos dum povo


Cheio de promessas, mas enteado
Como dantes, de Portugal,
E, de novo,
Sem pão,
Sem paz,
Sem terra,
Sem liberdade,
Sem independência nacional.


Os jovens da vanguarda são poucos
Iludindo o caminho certo.
Vão andando, andando...
Em multidões primeiro,
Andando, depois como loucos,
Falando para o deserto,
Muitas vezes isolados.


Os cobardes, esses recrutavam,
Agentes entre nós!!!
Sem alma
Nem coração
O nosso inferno era o seu céu
Quando pior, melhor, pensavam.
E assim aconteceu.


Os jovens daquela época,
Não eras tu,
Não era ele,
Não era eu.
Não, não era ninguém,
E... alguma coisa aconteceu?

Apenas esta mágoa,
Digo eu !!!



terça-feira, 30 de abril de 2013

Minha amada

Como macho estarei atento
Ao meu amor e também feitiços,
Não há moça, maçã e seus serviços,
Que alterem meu nobre pensamento.

Cada vez mais o meu contentamento,
Contente-se em ti e teus ofícios,
Que recusarei todos os avisos
De viver diferente, neste momento.

Amo-te como amigo e amante,
E aposto o meu amor em ti,
Mesmo que voes sozinha, neste instante.

Quando pousares comigo aí,
Verás que do teu amor, sou importante
E perdidos, faremos amor aqui.



segunda-feira, 29 de abril de 2013

"A pianista do Lobos - a editar


“…O último homem morto, na encruzilhada, agora sim, malvada, foi vista, pela presença do senhor Lobito e pela matilha, inteira, a trocar alimentos no muro; um feito tão cobarde, repugnante e abjecto, realizado por dois homens, conseguiu, longe do planeado, um feito corajoso, íntegro e de justiça, realizado por lobos! Prenderam com a violência das suas patas e, com medo associado ao mau feitio do condutor, o carro nunca mais se mexeu; nem para a frente nem em marcha atrás; foi erguido e tanto empuxão, agora está, estacionado, amassado e defeituoso nesta caverna com os tripulantes….”

 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O Sol...


Ele ainda encontra a sua família e namorada cá fora, a complementar o pôr-do-sol. O tempo começa e ficar mais frio, ele, achou estranho e ficou contente, por isso, reparou que todos estavam estranhamente sublimes neste acto diário, nos dias em que as nuvens não escondem o sol. Antes de chegar perto, primeiro a mãe e a seguir um de cada vez, foi salvo, mas continuaram na mesma posição; só no local é que se apercebeu do efeito – como brilho, sua ausência e brilho - dos raios solares entre os carvalhos, da disparidade entre o sol a fugir e os coriscos rosáceos no céu, com algumas nuvens que até pareciam candelabros. Ele foi a primeiro a comentar:
- Ver o levantar ou pôr-do-sol é sempre lindo; com este efeito é um regalo!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A noite!


Noite, desculpa.

Sei que és bonita: É lindo lá fora.

Lá dentro, lá de noite,

 

Muito diferente sou eu

Em não namorar contigo.

Ir passear contigo,

Amar contigo,

Odiar contigo,

Viver contigo.

 

Estou cansado, tenho sono,

Não quero ficar triste comigo,

Tenho frio.

Quero viver amanhã,

Estar contente amanhã.

 

Um dia destes,

Marco um encontro contigo.

Com a minha noite,

Tenho saudades.

Desculpa noite.

 

terça-feira, 23 de abril de 2013

É uma maravilha lêr

Portugal, ainda!
 “O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor é um evento comemorado todos os anos no dia 23 de Abril, e organizado pela UNESCO para promover a o prazer da leitura, a publicação de livros e a protecção dos direitos autorais.

O dia foi criado na XXVIII Conferência Geral da UNESCO que ocorreu entre 25 de Outubro e 16 de Novembro de 1995.





 A data de 23 de Abril foi escolhida porque nesta data do ano de 1616 morreram Miguel de Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Veja.

Para além disto, nesta data, em outros anos, também nasceram ou morreram outros escritores importantes como Maurice Druon, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo.”

 

“OS LIVROS SÃO AS SEPULTURAS DOS PENSAMENTOS”

Hoje é o “Dia Mundial do livro e dos direitos de autor”

“A minha mãe é, nos instantes complicados, o único livro de amor usado!”

“Do saber do autor, conquiste retalhos: leia!”

 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

PR, Duarte Lima e companheiras


Cá em Portugal, neste quase rectângulo com 92.391,00 kms2, país onde os maus, os bandidos e ladrões, os medíocres nos governam, neste momento, pediram aos inteligentes para  fugirem. Não foi pelo pedido, mas, muitos partiram. Alguns estão ca! Ainda mais sós, lutam por um país mais justo! É uma vergolha para Portugal o abismo onde o PR nos meteu.

O P. da República manda num governo manco, surdo, mentiroso; é chefe de uma quadrinha de gatunos de gente iletrada, egocêntrica e falsa que fogem do povo que os mantém, com com e medo do ajuste de contas!

Todos os dias a dívida aumenta e impossível de pagar o dinheiro que pediram para eles. Austeridade para os pobres, gente a morrer com a fome e, reparem bem, o governo, parlamenteres, PR, ainda, aumentaram o seu salário!

Eu se que parece mentira, antes fosse…
Nem pensem em julgar o Lima, unha dos dedos deste "presidente"

 

sábado, 20 de abril de 2013

Terror em PORTUGAL!


Trovoada, relâmpagos, copiosa chuva, medo e fome; muita fome!!! As nossas estátuas resignadas e quedas, alheias ao temporal, ao medo e à fome, claro que nem sabem o país, para onde vão ser escoradas. O governo de Portugal, sim, sim, essa enxurro neoliberal, primeiro faz contas de somar, escamotear por 900 ladrões não conseguiram!

Perderam a pagamento ao chefe, ao Aníbal! “Aníbal e os 900 ladrões”. Bom título para um livro, filme de terror, terror e terror apenas para mortos ou quase; qualquer escritor ousado, claro, sem fome e medo, por isso estrangeiro, numa semana tira todas as notas necessárias… 

 

 

   

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Esta Memória!


Algum tempo depois eu olhava para ela e ela olhava para mim. Sim, “tête-a-tête”. Eu que fui lá, tinha alguma declaração, alguma resposta, pergunta, pedido...Uns minutos de silêncio, custa mais é começar a falar esqueci o que pensei antes. Mas:

- Olá Mariinha. Pareceu-me que ela não ouviu.

- Olá Mariinha!. Ah, penso que disse Olá Zé e sorriu. Fiquei contente e ia recuperando a consciência... devagarinho!... Lembrei-me que ela gosta de flores. Esqueci-me... sempre o mesmo! A sua boca de ternura e discernimento, boa conselheira e sem mimos, os seus lábios sedentos que me matou a sede de doçura tantas vezes estava ali, pertinho.

Notei que ela esperava mais notícias e comecei...

-Pois, é assim... desde a última vez que nos vimos assentamos que era necessário afastar alguns hábitos, ou vícios... que se encostam a mim... desculpa!!!...  

A minha tolice, honestidade,  consideração e velho hábitos, ataviaram padres e arquitectos... já veio o crepúsculo, vem a noite..., venho cá outras vezes...

- Exacto, hoje a tarde foi só para nós... sabes eu precisa de te ver!

 Como não tinha as usuais flores, tirei o lenço da mão, beijei-o e de mansinho com as duas mãos pousei-o na sepultura.

 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O honesto e seus ossos


Acho-me diminuído de encarar vampiros miseráveis decretar a pobreza a milhões. Estou farto da seres sem lei, criar leis para outros; atulhado de sentir batoteiros, bando sem ladrões, triunfar, de banqueiros sem pudor, conscientes em tudo, a chorarem mágoas na televisão, rádio e jornais. Todos os dias vejo pessoas a entregar as suas casas ao banco. Ódio de contemplar as vergonhas como o BPN, BPP, Banif e outros. Devastado de o meu país maltratar seus filhos e abandoná-los à sua sorte, sem emprego. E, afinal estou inquieto de ficar inquieto e tanto queria que esta inquietação fosse colectiva. Ver um Portugal inteiro para os gatunos espertos a marchar sobre o esqueleto das pessoas honestas.   

                                                                                                                                                         

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Os encantos?!!

Que perfume...
Que marcha no salão
As bebedeiras e catarro
Na fuga acumulada
De tanta frustração
Que belo egoísmo,
Senhoras e senhores.

Senhoras e senhores
Procurando ambientes
Há tanto tempo perdidos
Naquele, ou noutro
Baile de salão

Que querem essas mulheres?
Apenas a utopia da noite
Ou, vomitar charme de maldição
À juventude perdida há muito tempo.

Mas...
Já passam sete minutos.
Ela ainda não veio.
Que a luz me guarde, eu tento.
Lua alta e nevoeiro espesso,
Ela ainda não veio, eu espero.
Cada vez mais nevoeiro,
Naqueles pinheiros, na rua, em frente,
Naquele caminho, perto de mim, em mim.
Que ia fazer?
Maldito enleio.
Angústia?! Depressão?! Nervoso?!
Talvez...

Escrevo aqui este nevoeiro, (ou melhor)
Este poema enevoado.
Ela parecia que não vinha,
Mais nevoeiro, Ela vem? Acho que sim!
No entanto... Se ela vier que faço?
Se não vier pior!
Isto é amor?

Não! Não! É uma mulher.
Só uma mulher,
Que comigo dança naquele salão.




quinta-feira, 11 de abril de 2013

Os lobos choram...


Quando o descobre e já sem medo, repara: era um lobo muito bonito. Alguns pêlos brancos e cinzentos, limpinho, que parecia até penteado. Via claramente, a marca da boca ou indício do focinho, o recinto dos olhos, compridos, brilhantes e azuis, muito bem vincado a negro. Odete caminha na sua direcção e fera pára totalmente; ambos – menina e lobo - têm os olhos a brilhar ao olhar um para o outro. Mesmo sem luz, a menina contemplou que os olhos do lobo começam a ser humedecidos de lágrimas, dá meia patada para atrás, ficando em posição entre o sentado e o deitado. Odete assenta uma das suas mãos na parte superior do focinho, entre as orelhas e… o lobo chora! Silêncio absoluto entre os dois, ou três, já que a menina Célia ao longe tentava espreitar. Graúdas lágrimas corriam pelo focinho, e a boca aberta para arquejar!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Políticos de aviário, órfãos de cultura e pensamento


“O número de artigos e notas em blogues que começam com “a decisão do Tribunal Constitucional fez e aconteceu….” representam um sucesso do pensamento único governamental. Na verdade, deviam começar com “a política do governo fez e aconteceu…” Isto, porque a decisão do Tribunal Constitucional é que é a normalidade e a lei, e a política do governo é que é a anormalidade e a ilegalidade. A decisão do Tribunal Constitucional representa uma consequência da política do governo, das escolhas do governo, da incapacidade do governo de encontrar políticas de contenção orçamental que não passem pela violação da lei e pelo afrontamento da Constituição.

 Mais: o caminho seguido pelo governo para o objectivo de cumprimento do memorando da troika é que põe em causa esse cumprimento, porque não teve em conta qualquer preocupação em salvar um quantum da economia nacional, desprezou os efeitos sociais do “ir para além da troika”, não deu importância a qualquer entendimento social e político, vital em momentos de crise. Foi um caminho de pura engenharia social, económica e política, prosseguido com arrogância por uma mistura de técnicos alcandorados à infalibilidade com políticos de aviário, órfãos de cultura e pensamento, permeáveis a que os interesses instalados definissem os limites da sua política. Quiseram servir os poderosos com um imenso complexo de inferioridade social, e mostraram sempre (mostrou-o de novo o primeiro-ministro ontem), um revanchismo agressivo com os mais fracos.

 Pensaram sempre em atacar salários, pensões, reformas, rendimentos individuais e das famílias, serviços públicos para os mais necessitados e nunca em rendas estatais, contratos leoninos, interesses da banca, abusos e cartéis das grandes empresas. Pode-se dizer que fizeram uma escolha entre duas opções, mas a verdade é que nunca houve opção: vieram para fazer o que fizeram, vieram para fazer o que estão a fazer.” ( Pacheco Pereira)

domingo, 7 de abril de 2013

" A Pianista dos Lobos"


- Apreciei bastante o que disse, dona Emília! Vamos, então… enquanto caminhamos e reforçando o que senhora disse há pouco, sobre o sistema social que nos subjuga, ou seja, sobre os donos do mundo: tentam falsificar o nosso entendimento através da televisão, rádios, jornais e, agora, tentam na internet; estimulam os seus lacaios na cultura, adulteram a justiça, não consentem o progresso de pessoas pobres em países pobres, enfim, anseios de uma ignorância; uma ignorância igual à sua! Cada dia mais gente perto dos caos e a terra pertinho do abismo! A ganância dos poderosos no poder, mandam procurar nos polos, principalmente no polo norte, na busca de petróleo devastam árvores, muitos icebergues já derretidos, os mares a aumentar, a temperatura da atmosfera a subir; muito mais a sul que a norte, no equador (o que divide o norte do sul neste no globo), milhares quilómetros quadrados de vários países, vai sendo devastado e pode provocar uma leviandade no ecossistema daquela zona, colocando em risco o ar que respiramos…

“A Pianista do Lobos” a ser editado…

quarta-feira, 3 de abril de 2013

O triângulo?


‒ Ah! O triângulo de pedra com três árvores do Emídio… que afirma ser um triângulo macho…

Agitado, Mário calou-se, imaginou: e este? Tantos triângulos por aí e por acolá e só aquele é macho? E o triângulo, ou triângulos fêmeas? Esta cisma consumia o Mário, calado, olhando o triângulo fixado na parede. O Três que, na Cabala, só, antes de qualquer princípio, está presente em toda a parte. Aonde está o outro triângulo?

Claro que o triângulo é o polígono mais importante que existe. Quem se lembra daquela boca feminina criada com êxito? É necessário zelar pelos quadros (a menina dos nossos olhos) e pelos triângulos das quadras! Todo o triângulo tem vértices, lados, ângulos, alturas, medianas e bissectrizes. Quanto aos números de lados temos o triângulo equilátero, isóscele e escaleno. Quanto às medidas dos ângulos existe o triângulo acutângulo, obtusângulo e rectângulo e até o raso… o triângulo das quadras tem muito mais divisões...

Nas forças que regem o universo, em linguagem geométrica, teremos estes triângulos: mundo de acção (Kether, Binah, Hokmah), mundo da criação (Geyurah, Chesed, Tiphereth e mundo da formação (Hod, Netzeh, Yesod). A geometria ainda não entendeu a forma de tais triângulos, quanto aos lados e/ou ângulos. Talvez aquele triângulo: PAI, FILHO e ESPIRITO SANTO, perceba porque a Terra ainda gira...

Há mais ou menos três mil anos a.C., a deusa Ísis disse: “Eu concebi, carreguei e dei à luz toda a vida. Depois de lhe dar todo o meu amor dei-lhe também meu amado Osíris, senhor da vegetação, deus dos cereais, para ser ceifado e nascer outra vez. Cuidei de ti na doença; fiz as tuas roupas e observei os teus primeiros passos. Estive contigo, até mesmo no final, segurando a tua mão para guiá-la para a imortalidade! Tu para mim és tudo e para ti eu fui tudo. Eu sou a tua Grande-Mãe, Ísis.” Contra o seu irmão Set, criou o triângulo do Amor: Ísis, Osíris e Hórus. Foi idolatrada no Egipto, no Império Romano, Grécia e Alemanha e a lenda e os seus ensinamentos continuam em todo o mundo. Mais perto no tempo, no século passado (século XX), temos  o triângulo Sexo, Drogas e Rock n’ Roll.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Um lar para Amélia


Amélia encostou a cabeça no ombro do Mário e continuou:

‒ Ó Mário… nunca foi tão feliz! Contigo, estou bem na aldeia, na cidade, na montanha ou no deserto! Eu prefiro a aldeia; a tua aldeia! O senhor, meu amante, permite que faça parte da sua família? A tua avó entende que depende de ti!

‒ Claro que sim! Sem afecto familiar o que se aprendeu na escola, no liceu ou faculdades – tanto estudo – pode servir para confusões ou ilusões! Se quiseres, como disse a avó, num dia só, – por exemplo hoje – arranjo-te uma família! Penso que o teu lugar é este, comigo, Lia!

Portugal é dos partidos políticos

(...) - Tem razão! O regime partidário, em Portugal, está descolorido, podres e com bandidos. Os actuais partidos têm privilégios que são um escândalo perante as dificuldades do país, dos cidadãos e das empresas. Entre esses privilégios, figura o de repartirem entre si dezenas e dezenas de milhões de euros diários, mensais e anuais provenientes do erário público. Por isso, quantos mais partidos houver, parecido com os actuais, maior será o risco de diminuir a fatia que agora cabe a cada um e, muito pior para nós, mais um bando de salteadores a assaltar com trabalha, realmente, em Portugal. (...)


domingo, 31 de março de 2013

O encanto de Amélia - deste livro

(...) ‒ Minhas queridas, Amélia e Joana: antes de mais, entre amigos, por amizade, por actos de dedicação, não há culpados. Todos nós, humanos, erramos! A ideia foi tua, ou vossa, com a unanimidade das pessoas presente nesta sala. Minha querida Amélia e minha querida Joana, são imunes de eventuais erros, de acontecimentos até aqui nunca usados! Nós, as mais velhas, sabemos que tudo quanto disseste e é bem verdade. Parabéns pela argúcia e começa a notar-se rasgo e vontade de conquistar a felicidade, Amélia; lisonjeamos o teu carácter de mulher, em tão pouco tempo garantido. Quanto à Joana, a sua mãe aqui ao meu lado, na mesa, saberá melhor do que eu o que dizer.(...)
pag. 187 de "O Tesouro do Mar de Mansores"

sábado, 30 de março de 2013


(…)

‒ Sabem – lamentou-se Maria de Fátima – em pensamento existem sensações divergentes, passa essa agitação, mas não permanece ninguém à nossa espera; nem que seja para discutir. Em Lisboa a masculinidade vai-se afastando! A humanidade, de que fazemos parte, criou esta realidade no mundo da nossa existência; este empobrecimento é muito mais urbano do que campesino. Por isso estamos cá um mês por ano, na vila de Arouca.

(…)

quinta-feira, 28 de março de 2013

Andanças...


Mudam-se os anos, mudam-se os meses do ano,

Muda-se a vida, muda a sorte,

Muda-se a vontade e o engano,

Muda-se esta vida para a morte!

Nas mudanças tempestuosas

Também se muda a tempestade em bonança.

Nascem crianças, florescem rosas,

Murcham rosas, vivem jovens na esperança,

De ver num ano, num mês, num dia, numa hora,

A hora de trocar o destino,

Que apesar de tanta demora...

 

Sim! Sou eu que não atino!

No meu mundo de ventura,

Os olhos de felicidade

Espreitam com receio

O andar da minha idade;

Enquanto o sol que todos os dias raiava,

E a noite que todos os dias o matava,

Pintando de escuro o claro,

Ia-me fazendo já prever que a estrada

Por onde eu guio esta vida,

Não é recta, nem plana,

Tem curvas e mais curvas,

Tem subidas e descidas,

Sem orientação e sem norte,

Tem altos e baixos... e,

Às vezes, tão baixos...

Que por um momento

Digo: maldita a minha sorte!

terça-feira, 26 de março de 2013


Devorados os pequenos-almoços no centro de Arouca, por isso, de doces saciados, regressámos a casa. No regresso, passamos por um senhor que dirigia um carro de bois carregado de toros de pinho, na subida de Mansores, pela estrada nacional 326, de terceira categoria.

‒ Zitinho, pergunta ao senhor onde fica o mar de Mansores.

‒ Ele sabe?

‒ Sabe, ele é daqui!

Rápido, paro o carro. Ele, ainda mais rápido, sai, arranja o casaco e pergunta:

‒ Ó Senhor, se faz favor, informa-me onde fica o mar de Mansores?

O homem não responde! Corre com a vara de aguilhão levantada, obrigando o rapaz também a correr para fugir. O Zitinho, muito mais novo que o guia dos bois, é mais rápido e foge para o seu lugar no 2 CV. Abre a porta e diz-me:

‒ Arranca!

Como o carro estava ligado, arrancamos os dois no 2 CV! Já perceberam que não era um cavalo de cada um; um cavalo para mim e outro cavalo para o Zitinho. Não! Vínhamos no nosso carro de dois cavalos de potência e tudo! O nosso 2 CV era um veículo motorizado com lugar para quatro pessoas!  

‒ Zé, mete a segunda!

‒ É a subir, não posso…

Íamos os dois a balancear o corpo tentando ajudar o vigor do carro. O Zitinho diz:

‒ Ainda bem que o homem já não corre…

voltas sem destino


Do amor e retalhos da vida

Muitas ideias guardei.

Agora já sei:

Como o destino quis adiar

O grande amor da minha vida!

 

Havia uma pétala

Que voava, voava,

Perto de mim...

Tão linda, tão linda,

A mais linda do jardim…

 

Só agora é o meu amor

Mais linda ainda!

Com tal amor, mudei

A velha forma de amar!

Por isso estou contente;

Não quero do mundo mais nada

Do que o nosso amor presente.

Presente, agora e sempre,

Desmedidamente!

 

Amar, amar o nosso amor,

Amar mais gente também.

Pôr a pétala na sua flor,

Como o destino acha bem.

Então:

O nosso destino se realizou,

Com truques e reviravoltas.

O nosso amor faz-se

Oleado nessas voltas;

Nestas voltas sem destino,

Como o destino nos ensinou!