Há pouco mais de 20 anos, eu vi
esta cena. A sua pretensão existe, ou tim por tim, nestes anos até hoje:
Era o pôr-do-sol visto da praia.
Um homem velho e feio, que da PIDE passou para o PPD, explicava tudo quase
sabia sobre as teorias de Nicolau Maquiavel, teoria e prática de Ronald Reagan,
Margaret Thatcher e sua, pouco teórica, porém muita prático sistema. Mas de
repente, enquanto o velho falava os betinhos levantam a cabeça para o ar. Olham
para um lindo quadro, que se mexia como pintado a vermelho, amarelo, cinzento
claro ou escuro. Ao lado das nuvens, surgia sempre um amarelo com pedaços de
vermelho naquele círculo, cada vez com maior dimensão. O mais ganancioso da corja
abre solta a porta e diz:
- Ó mãe eu quero aquele arco amarelo!
- Lindo quadro que vedes! É meu,
não é vosso.
Helena a mais fala-barato, a mais
puta, com mais experiência no gamanço confiava cegamente no seu filho. Seu
filho, um menino pequeninho, porém já espertinho, precisava da resposta e, em
vez da mãe, ouviu o velho, armado em professor.
- Aquela bola que apontais é o
sol que ilumina tudo: terra, mar, burros e borboletas. Ide com as vossas mães,
já que demagogas com eu e no assalta a um banco, ao contrário de mim, mandai
pintar um borboleta no banco que roubamos. O Sol que vedes em Portugal é vosso,
já estou ultrapassado e não faltam burros que vos apoiem. E repara tu, paulo, anda
para cá que hás-de se dono do PDD, porque por aqui, havia vários bancos...