terça-feira, 30 de agosto de 2011

LÍBIA: milhões de mortos pelo petróleo! França, Inglaterra e Qatar em primeiro...





Líbia. A luta pelo petróleo começou ainda antes de a guerra pelo país acabar


por Sara Sanz Pinto, Publicado em 30 de Agosto de 2011
Actualizado há 14 horas

Itália, França, Reino Unido e Qatar partem em vantagem devido ao apoio explícito aos rebeldes



Share

Muammar Kadhafi está em fuga, a cidade natal do líder líbio ainda não foi tomada, mas as potências internacionais já estão no terreno para garantir o seu quinhão das riquezas do país. E quem mais ganha é quem mais próximo está do Conselho Nacional de Transição (CNT) para a Líbia. Itália, França e Reino Unido - países que mais ajudaram os rebeldes a derrubar o regime do coronel e os primeiros a reconhecer o CNT (braço político da oposição) como governo legítimo do país - apresentam já claras vantagens no terreno, bem como o Qatar que, além da Al-Jazeera, muito contribuiu para o sucesso da revolta.



Na semana passada, segundo a Euronews, os rebeldes falaram em dar 35% dos novos contratos de exploração aos franceses. À espera de proveitos estão também as gigantes britânicas BP e Shell e a italiana Eni. De acordo com a agência Reuters, o director-executivo da Eni, Paolo Scaroni, esteve ontem reunido com o CNT no Leste da Líbia, sendo o primeiro empresário a visitar o país desde que a oposição assumiu o controlo da capital, Trípoli. "Ele está em Benghazi num encontro com o director da Empresa Nacional de Petróleo. Estão a discutir os interesses da Eni na Líbia", afirmou o porta-voz do governo, Shamsiddin Abdulmolah. Horas mais tarde, o acordo que "reforça a cooperação na Líbia" era anunciado pela empresa italiana, que detém um terço da Galp.



Quanto ao Qatar, diga-se que o número dois do CNT, Mahmoud Jibril, passou grande parte do conflito na capital do pequeno emirado árabe, Doha, a gerir o lado político e diplomático da ofensiva contra Muammar Kadhafi, no poder há 42 anos. "Isto mostrou quão rapidamente a política do Qatar pode mudar - num minuto apoiava o líder líbio, no minuto a seguir estava a liderar a acusação árabe contra Kadhafi", afirmou um antigo diplomata sedeado em Doha ao "Financial Times". Além do petróleo, as empresas qatarenses estão de olho nos milhões que se podem ganhar com a reconstrução do país.



Já a China e a Rússia multiplicam-se em ameaças diplomáticas. A abstenção no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Março, quando foi votada a resolução que abriu caminho a uma intervenção militar no país, virá provavelmente a sair-lhes cara. "Esperamos que depois do regresso da estabilidade a Líbia continue a proteger os interesses e os direitos dos investidores chineses", afirmou recentemente o vice-chefe do departamento de Comércio chinês, Wen Zhongliang. A Unipec chinesa comprou em 2010 150 mil barris de petróleo à Líbia.



"Todos os contratos legais, quer digam respeito a petróleo e gás, quer a intermediários, vão ser respeitados. O novo governo não pode decidir se revoga ou não esses contratos", garantiu Ahmed Jehani, representante do CNT para a reconstrução, a semana passada.



"Quaisquer acordos a esta altura podem levantar suspeitas na Líbia de que o apoio internacional ao CNT é motivado pelo desejo de acesso ao petróleo", defende a organização não-governamental Global Witness, citada pelo "The Guardian". "O CNT terá provavelmente de honrar os contratos da era Kadhafi para obter as receitas do petróleo, mas não devem ser considerados novos acordos para a exploração de poços de petróleo até que um governo eleito possa rever as regras e leis existentes por forma a garantir uma sólida transparência e credibilidade", acrescentou.



Antes do início da guerra, em Fevereiro, a Líbia produzia 1,6 milhões de barris por dia, cerca de 2% da produção mundial. Segundo os analistas, o potencial do país, que detém das maiores reservas do continente africano, é muito maior e a riqueza neste recurso natural está muito subaproveitada. O petróleo líbio é caracterizado por ser "doce", ou seja, exige pouca refinação para poder ser utilizado.



Com o CNT a precisar urgentemente de dinheiro para cumprir as suas promessas, talvez não seja possível esperar muito mais. Como explica ao "National Journal" Frank Verrastro, do Center for Strategic and International Studies, "quem quer que esteja no poder vai querer trazer de volta as empresas [petrolíferas]".



Blogs of Note: Carscoop

Blogs of Note: Carscoop

Não lutes e fia-te em deus...

Catarina Martins. "As pessoas viraram-se mais para a Igreja e isso é um retrocesso social"


por Sónia Cerdeira, Publicado em 30 de Agosto de 2011
Actualizado há 14 horas

.A deputada do Bloco de Esquerda trocou o palco do teatro pelo plenário em 2009. É dura na crítica à ausência do papel social do Estado

Opçõesa- / a+.Votar: Rating: 0.0

Enviar

ImprimirComentarRecomendarPartilhar

Share .Opçõesa- / a+.Votar: Rating: 0.0 EnviarImprimirComentarRecomendarPartilhar Share . .VídeoFotografiaAudio.

Do Porto para Lisboa. Dos palcos para o plenário da Assembleia da República. Catarina Martins, actriz de profissão, deixou o teatro para ingressar na política. Deputada do Bloco de Esquerda desde 2009, culpa "toda a esquerda" pela vitória da direita nas últimas eleições. Mas também considera que os eleitores se sentiram "impotentes" e "acreditaram na ideia de que a democracia só funciona numa pequena percentagem". Com a crise que o país está a sofrer, afirma que as pessoas se "viraram mais para a Igreja", o que considera um "retrocesso social". "Quer dizer que o Estado está a falhar", conclui.







Como iniciou o percurso na política?



Quando estava no secundário e fiz manifestações contra a PGA (Prova Geral de Acesso). Nos governos de Cavaco Silva havia aquele péssimo hábito de tratar as manifestações à bastonada, era Ferreira Leite ministra da Educação. Tendo a não esquecer as pessoas que me bateram.



Mas levou bastonadas?



Fugi mais do que levei. Uma amiga minha ficou bastante mal uma das vezes. Mas pronto, lutei contra o aumento das propinas nessa altura, fui muito activa em Coimbra nos anos 90 e depois fui politicamente activa acima de tudo no sector cultural e das artes cénicas. Surgiu no Porto a primeira associação formal do sector, que é a Plateia, e fui a primeira presidente.



E como entrou para o BE?



Nunca tive actividade partidária. Quando era adolescente ainda sem idade sequer para votar colei cartazes para o PSR e quando estava na Universidade cheguei a ser candidata pelo PSR à Assembleia Municipal, mas nunca fiz parte do partido. Depois não tive vida partidária nunca, o BE convidou-me para ser candidata como independente e só depois dessa proposta é que decidi aderir ao Bloco, em 2010. Nunca tinha sido de nenhum partido.



Quais as diferenças entre BE e PCP?



Grande parte da minha família é do PCP. Considero que o PCP não soube retirar as consequências que devia da história e do que é ser de esquerda. Ser de esquerda em todos os momentos é muito mais importante que em todos os momentos defender alguma coisa que algum dia se aventou como ser de esquerda, ainda que já não seja. E a nossa capacidade de viver com o mundo que vai mudando, sabermos discuti-lo e sabermos viver com diversidade é para mim fundamental, e isso existe no BE.



Está a dizer que o PCP é mais ligado ao passado e o BE mais ligado à mudança e às novas gerações?



Há todas as gerações nos dois partidos. Mas são partidos diferentes, que se afirmam de formas diferentes e vêem o mundo de formas muito diferentes. O BE é um partido internacionalista e para o qual a defesa de valores como os direitos humanos tem de se fazer em todo o tempo e em todos os países.



Qual a diferença entre estar nos palcos e no plenário?



Sou actriz de teatro. A arte é uma construção que não tem nada a ver com estar no plenário. Mas é verdade que tanto quando estamos num palco como quando estamos no plenário há aquela ficção que é criada entre todos, que é na realidade estarmos a falar entre nós mas estarmos a falar para fora. Só que no teatro estamos todos lá para fazer a mesma coisa, para sermos capazes de contribuir para aquele momento artístico, e portanto há uma grande união. É um ambiente não hostil, em que as pessoas comungam. O plenário é um ambiente hostil.



Representa-se muito nos debates?



Todos nós representamos as ideias que defendemos em cada momento. Uma coisa diferente é achar que a representação é algum tipo de hipocrisia. Não acho que no teatro haja hipocrisia. Há uma verdade muito crua, na política há hipocrisia. Ainda hoje de manhã [quarta-feira] na comissão de Economia estivemos a discutir uma estrada. Interessa perceber que há partidos que localmente defendem uma coisa e do ponto vista nacional defendem outra. Esse tipo de hipocrisia local, eleitoralista ou caciquista, mina a democracia, porque não sabemos realmente quem representa o quê em cada momento.



Continua a ser actriz?



Ao princípio tinha espectáculos marcados, quando fui eleita, e durante dois meses ainda fiz alguns, mas depois fui substituída. Exige uma disponibilidade física e mental que não conseguia. Tento manter alguma ligação ao que fazia. Estou a fazer o doutoramento nessa área e é a minha forma de continuar a ligação.



Como foi mudar de vida?



Tenho três casas, o Porto, o Alfa e Lisboa. Passo muito tempo nos comboios. Tive uma mudança grande, tenho duas filhas pequenas que vieram para a escola em Lisboa. Embora tenha pouco tempo, acho que ser mãe passa por tomarmos pequenos-almoços juntas, dar dois berros para se vestirem para irem para a escola, não se é mãe só ao fim-de-semana, é preciso este quotidiano. Neste momento temos a vida um bocadinho dividida, o meu marido está no Porto e eu estou cá.



Sente que por ser mulher tem de se esforçar mais que os homens?



Existe o preconceito, agora não é só na Assembleia, é na sociedade como um todo.



O parlamento ainda é controlado por homens?



Sim. Continuam a ser a maioria e a actividade política continua a ter uma maioria de homens. Vamos tendo avanços, mas estamos muito longe de ter uma actividade política e decisão política maioritária, que represente a sociedade. O ridículo de tudo isto é termos uma sociedade que tem tantos homens como mulheres e depois as decisões estão só nas mãos de metade. Tem a ver com equilíbrios e na Assembleia não há equilíbrios.



Ficou feliz com a eleição de Assunção Esteves como presidente da Assembleia?



Gosto que seja uma mulher, mas isso não significa que se for uma mulher está tudo bem. Entre as mulheres há grandes divergências, e ainda bem que as há.



O BE ficou com um grupo parlamentar reduzido. Foi um castigo do eleitorado?



Não. Se fosse um castigo estava muito mais descansada. Estou muito mais preocupada porque acho verdadeiramente que houve uma viragem à direita. O que é preocupante. Temos uma população que se sentiu prisioneira de decisões que não tomou e achou que não havia solução. Temos mais de 85% dos eleitores que votaram no acordo com o FMI. Ninguém votou com certeza em ter menos salário ou pagar mais pelos transportes públicos, mas considerou que não havia alternativa. Acreditaram na ideia de que a democracia só funciona numa pequena percentagem. Que somos impotentes. É isso que assusta.



Foi culpa da esquerda?



De toda a esquerda. A direita venceu.



O que faltou para convencer?



Se houvesse um remédio fácil resolvia-se já. Há um discurso hegemónico sobre a ideia de inevitabilidade e austeridade da recessão. E é a ideia dominante na comunicação social, em tudo, até na ficção que vemos nas séries a que assistimos. Há todo um pensamento sobre o mundo e este momento em particular que a esquerda não tem sido capaz de combater.



E o que pode fazer de diferente?



Tem de encontrar novas formas e insistir em formas que já usa para discutir os caminhos que estão a ser escolhidos. Estamos com uma situação gravíssima em Portugal, a nível europeu, e não a estamos a discutir. E a esquerda tem de arranjar canais para a discutir de uma forma que chegue à vida das pessoas.



Francisco Louçã devia ter-se demitido?



Não. É uma ideia que tem tido mais peso fora do BE do que dentro.



Mas tem de haver renovação?



Sempre. Mas isso não é por causa do resultado eleitoral. Um partido que não se renova é um partido que morre. Seria um perigo os partidos acharem que por terem bons resultados tinham de permanecer estáticos e quando há maus resultados tinha de se mudar tudo. O partido precisa de renovação sim, tem-na feito. Tem de ser a partir do debate das ideias, não pode ser uma reacção ao que corre mal.



Como é estar num grupo parlamentar com metade dos deputados?



Para mim é uma novidade, para muitos dos meus camaradas não. Voltámos a ser oito. Na prática tenho mais comissões, é mais exigente.



Com vê o ensino artístico nas escolas? Deve estar nos currículos?



Deve ser obrigatório. Temos de aprender a ler a escrever em matemática, mas também em música. Tem a ver com termos ferramentas de conhecimento. Quando se fala nos problemas de qualificação da população, choca-me que ninguém diga que isto também acontece pela falta de contacto com a arte e a cultura, e não só pelo sistema de ensino. Temos muitos projectos-piloto, as crianças participam e depois nunca mais fazem nada na vida. Temos sempre projectos muito engraçados e giros uma vez na vida, mas depois não há evolução.



Como tem visto a actuação do novo governo nesta área?



Assusta-me muito um programa para a cultura que diz que a arte deve ser financiada de acordo com os mercados. Se a arte se transformar em entretenimento, deixa de haver criação artística fora do mercado de entretenimento. É como dizer que não podemos ter ciência pura e só podemos ter tecnologia. Se não financiarmos o cinema, a não ser de acordo com as receitas que o filme consegue gerar nos dois meses em que estreia, estamos a ser burros, no mínimo. O programa do governo confunde arte e entretenimento.



É a favor da despenalização das drogas leves?



Não há qualquer vantagem em penalizar. Há algumas drogas que são legais, como o álcool ou o tabaco. Não ganhávamos nada em penalizar o consumo dessas, por exemplo. Descriminalizar o consumo em Portugal foi muito importante, controlámos muito mais. Estávamos numa espiral negativa e agora estamos a ter bons resultados e sabemos que os países que despenalizaram tiveram bons resultados do ponto de vista da saúde pública e do controlo do tráfico.



Acredita em Deus?



Não.



Como vê a actuação da Igreja na sociedade?



A hierarquia da Igreja tem feito declarações inaceitáveis, no sentido de dizer que as pessoas não se devem defender dos ataques de que estão a ser alvo. Não tem sentido dizer que na sociedade actual as pessoas não se podem queixar. Se as democracias fossem só o voto, estávamos mal. A democracia é a capacidade de debater. Dizer que não pode haver debate e confronto é muito perigoso. Sou muito crítica também sobre a defesa da troca de direitos sociais por caridade. É também o sentido em que vai o governo. A caridade não é própria de um Estado de direito democrático. Devemos garantir às pessoas os mínimos para viverem, e isso não pode estar dependente da caridade. O Estado tem de se organizar para proteger as pessoas em situações mais frágeis. Isto não quer dizer que a Igreja não tenha instituições interessantes e personalidades importantes, que até têm sabido denunciar o aumento da pobreza. O que noto é que as pessoas se viraram mais para a Igreja e isso é um retrocesso social. Quer dizer que o Estado está a falhar.





domingo, 28 de agosto de 2011

MIRA AMARAL...

Mira Amaral - um homem sem vergonha


por Carlos Fonseca



Mira Amaral, engenheiro de base e economista por pós-graduação, resolveu sair também a terreiro e proclamar: "a economia portuguesa não aguenta mais

Impostos".



Ao estilo de sábio membro do 'Conselho de Anciãos', a ilustre figura avisa: "é urgente, é imperioso fazer cortes do lado da despesa...".



O aviso, claramente dirigido ao seu partido, é redundante, se tivermos em conta as posições da direcção do PSD, a quem, Mira Amaral, se pretende

colar.



De há muito, a falta de vergonha dos homens públicos é fenómeno comum, mas Mira Amaral é um destro praticante da ignomínia. Integrou os quadros do BPI,

transitando do adquirido Banco de Fomento, privatizado nos anos 90.



No início da década actual, reformou-se do BPI com indemnização e pensão substanciais. Algum tempo depois, ingressou na CGD, por influência do PSD; porém, ao final de 18 meses, viria a deixar a instituição do Estado, com uma obscena pensão de reforma de mais de 18.000 euros mensais; e não foi o único, porquanto também o seu ajudante de campo e ex-secretário de estado, Eng.º Alves Monteiro, teve percurso semelhante, embora a valores mais baixos.



Até Bagão Félix, então Ministro das Finanças, benfiquista de alma e coração, ficou verde.



Hoje, Mira Amaral, administra o Banco BIC, ao serviço de Amorim e de Isabel dos Santos, a princesa do reino corrupto de Angola .



Um homem que, além de retribuições de privados que não discuto, em função da desfaçatez de arrecadar cerca de 250.000 euros anuais de uma instituição pública, perdeu a moral - e igualmente a vergonha - para falar em desperdícios de dinheiros públicos, mormente em cortes de despesas.



Sr. Mira Amaral: ajude o País, prescindindo da abjecta situação de reformado da CGD!



Mas, na vida pública de Mira Amaral, existem outras passagens funestas para o País.



Como Ministro da Indústria de Cavaco Silva, entre 1987 e 1995, ordenou, por exemplo, o esquartejamento da estrutura industrial portuguesa.



O processo de desindustrialização integrou, por exemplo, todo o grupo CUF / Quimigal e foi executado, por um outro homem de mão de Amaral, o célebre António Carrapatoso; homem que, há pouco tempo, esteve na Universidade de Verão do PSD, na qualidade de eminente prelector sobre problemas da economia

portuguesa que ele, o seu chefe Mira e o supremo Cavaco tanto fragilizaram com uma política de privatizações, a favor de companhias estrangeiras, criticada publicamente por José Manuel de Mello, Lúcio Tomé Feteira e outros industriais.

sábado, 27 de agosto de 2011

UMA LINDA REVOLUÇÃO, TANTOS SONHOS… E ISTO!!!

35 anos de democracia, 20 ministros das Finanças. E a esmagadora maioria nunca conheceu outra realidade senão a da carreira docente e o casulo quente e doce da administração pública, empresas e instituições do Estado. Praticamente todos marcados por uma experiência de grau ZERO no funcionamento de uma empresa privada, praticamente todos marcados por uma visão de funcionalismo público.




Tivemo-los em número significativo vindos da actividade política como rampa para cargos no sector público. Alguns podem gabar-se de uma imponente experiência no ensino e investigação, especialistas nas áreas teóricas das finanças e economia, antes de iniciar o percurso na administração pública e assumir a pasta das Finanças. Uma tradição que tem o seu santo patrono naquele ilustre professor de Santa Comba Dão, que agarrou forte e feio na gestão das finanças públicas sem ter nunca que se preocupar com o percurso dos ovos que lhe trazia à mesa a dona Maria.



Desta panóplia de teóricos, autênticas virgens poupadas às exigências cruas da economia real, destaca-se Eduardo Catroga, este sim experimentado no desporto radical que é assumir a gestão de empresas privadas.



São conhecidos os casos daqueles que depois de abandonar os gabinetes ministeriais abraçam importantes cargos administrativos em empresas públicas e privadas. Frequentemente, a vida corre-lhes até muito bem, para a maioria a saída da actividade pública significou enriquecimento. Mas mesmo aí, nem sempre saem do âmbito das administrações de bancos e empresas ligadas ao sector público.



São velhos hábitos adquiridos que não querem mudar.



E é caso para nos perguntarmos se temos direito alguma vez a queixar-nos do desempenho de um ministro das Finanças, quando sabemos que nos cargos que assumiu não teve nunca que arriscar, com as decisões que tomava, a sorte própria e da família, unicamente a dos contribuintes.



Temos sido governados por professores e funcionários públicos. Não estamos afinal tão longe do espírito que animava o sonho socialista e as economias centralizadas, onde estava tudo seguro, protegido, garantido, pelos séculos dos séculos. Para os governantes, família e amigos. Os eleitores que aguentem - estamos aqui para servir de cobaias e pára-choques.



Veja a lista:



Medina Carreira

I Governo Constitucional, de Mário Soares (1976)

Iniciou a carreira profissional como técnico fabril de fundição de aço. Dedicou-se à advocacia, à consultoria em empresas e à docência universitária. Negociou com o FMI um empréstimo a Portugal de 750 milhões de euros.

Vitor Constâncio

II Governo Constitucional de Mário Soares (1978)

Foi secretário de Estado do Planeamento, nos I e II Governos Provisórios (1974-75), e do Orçamento e do Plano, no VI Governo Provisório, em 1976.



José da Silva Lopes

III Governo Constitucional de Nobre da Costa (1978)

Iniciou a carreira no Ministério da Economia, em 1955. Em 1969 integrou o Conselho de Administração da CGD. Dirigiu o Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério das Finanças, até 1974. Em 1975, nomeado governador do Banco de Portugal.



Manuel Jacinto Nunes

IV Governo Constitucional de Mota Pinto (1978)

Iniciou carreira de docência em 1948. De 1968 a 1970 director do ISCEF. Vogal da Junta Nacional de Educação (1971-1974). Nomeado em 1974 governador do Banco de Portugal (Vice-

-governador desde 1960) e em 1976 administrador-geral e presidente do Conselho de Administração da CGD.



Sousa Franco

V Governo Constitucional de Lurdes Pintasilgo (1979)

XIII Governo Constitucional de António Guterres (1995)

Actividade docente desde 1966. Jurista no Centro de Estudos Fiscais do Ministério das Finanças (1965-68 e 1974). Na direcção do Gabinete de Estudos Económicos da SACOR (1968-72) e no Conselho de Administração da Companhia Nacional de Petroquímica (1972-1974). Administrador da CGD (1974-75), presidente do Tribunal de Contas (1986-95).



Cavaco Silva

VI Governo Constitucional de Sá Carneiro (1980)

Desde 1967 na Fundação Gulbenkian, leccionou no ISCEF até 1978. Em 1977 director do Departamento de Estatística e Estudos Económicos do Banco de Portugal. A partir de 1979 leccionou na Universidade Nova de Lisboa.



Morais Leitão

VII Governo Constitucional de Pinto Balsemão (1981)

Admitido na Ordem dos Advogados em 1962. Director de contencioso do Banco Pinto e Sotto Mayor até 1968, e administrador-delegado da companhia de seguros Mundial Confiança, até à sua estatização, em 1975.



João Salgueiro

VIII Governo Constitucional de Pinto Balsemão (1981)

Iniciou carreira profissional como economista do Banco de Fomento Nacional, (1959-63). Assistente e regente em Teoria Económica e Desenvolvimento Económico no ISCEF (1961-69). Preside à Junta de Investigação Científica e Tecnológica (1972-74). Vice-governador do Banco de Portugal (1974-75). Em 1981, nomeado presidente do Instituto de Investimento Estrangeiro.



Ernâni Lopes

IX Governo Constitucional de Mário Soares (1983)

Assistente do ISCEF (1966-74), ingressou no Banco de Portugal, em 1967. No Serviço de Estatística e Estudos

Económicos do Banco de Portugal (1967-75). Aplicou o programa do FMI no país no início dos anos ‘80.



Miguel Cadilhe

X e XI Governos Constitucionais de Cavaco Silva (1985 e 1987 )

Leccionou vários anos na Faculdade de Economia do Porto. Em 1973, ingressa no Banco Português do Atlântico, no qual viria a exercer os cargos de director do Gabinete de Estudos Económicos (1976-85).



Miguel Beleza

XI Governo Constitucional de Cavaco Silva (1990)

Foi professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. No Banco de Portugal, como consultor (1979-87) e administrador (1987-1990).

Braga de Macedo

XII Governo Constitucional de Cavaco Silva (1991)

Iniciou em 1976 carreira docente na Universidade Nova de Lisboa. Consultor da CIP, Banco Mundial, United States Agency for International Development e governos da Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Angola. Foi técnico do Departamento de Pesquisa do FMI (1978-79), e integrou a Comissão de Reforma Fiscal do Ministério das Finanças (1984-88).



Eduardo Catroga

XII Governo Constitucional de Cavaco Silva (1993)

Docente no ISCEF (1968-74 e 1990). Exerce funções no sector privado desde 1967, primeiro na CUF, como director financeiro e director de planeamento, depois membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, (1974-75). Vice-presidente executivo da

Quimigal (1978-80). Desde 1981 administrador delegado da holding industrial Sapec, actualmente presidente do Conselho de Administração. Administrador não executivo da Nutrinveste, do Banco Finantia e de membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP.



Pina Moura

XIII Governo Constitucional de António Guterres (1999)

Iniciou carreira docente no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Desde 1973 na Assembleia Nacional, abandonou a política em 2007 para assumir funções de administrador na Media Capital.



Oliveira Martins

XIV Governo Constitucional de António Guterres (2001)

Carreira docente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1977-85), consultor jurídico dos Ministérios das Finanças e da

Indústria e Comércio (1975-86), e director dos Serviços Jurídicos da Direcção-Geral do Tesouro. Assessor político da Casa Civil do Presidente da República, até 1991.



Manuela Ferreira Leite

XV Governo Constitucional de Durão Barroso (2002)

Iniciou docência no ISCEF, para percorrer depois uma longa carreira em várias instituições públicas, entre outras o Banco de Portugal. Integrou ainda os órgãos de várias instituições privadas, sendo membro do Conselho Consultivo do Instituto Gulbenkian de Ciência, desde 1988, e dos Conselhos Superior e de Orientação Estratégica da Universidade Católica Portuguesa, e vogal (não executiva) do Conselho de Administração do Banco Santander Totta (2006-08).



Bagão Félix

XVI Governo Constitucional de Santana Lopes (2004)

Foi director financeiro da Companhia de Seguros A Mundial (1973-76), membro do Conselho de Gestão da COSEC (1976-79), membro do Conselho Directivo do Instituto Nacional de Seguros (1979-80), administrador do Banco de Comércio e Indústria (1985-87), administrador (1992-93) e vice-governador (1993-94) do Banco de Portugal e director-geral do Banco Comercial Português (1994-02). Administrador de várias seguradoras do Grupo BCP (1994-00). É professor catedrático convidado da Universidade Lusíada de Lisboa (desde 2006), onde rege as disciplinas de Finanças Públicas e Ética.



Campos e Cunha

XVII Governo Constitucional de José Sócrates (2005)

Professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, desde 1985, foi também docente na Universidade Católica. Foi director da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. Vice-Governador do Banco de Portugal (1996-02).



Fernando Teixeira dos Santos

XVII e XVIII Governos Constitucionais de José Sócrates (2005 e 2009)

Carreira académica desde 1973, desempenhou depois vários cargos directivos no sector público. De 1995 a 1999, secretário de Estado do Tesouro e das Finanças do XIII Governo Constitucional.



Vitor Gaspar

XIX Governo Constitucional de Passos Coelho

O actual ministro das Finanças foi membro suplente do Comité Monetário Europeu de 1989 e 1998 e membro do Gabinete de Consultores Políticos da Comissão Europeia de 2005 a 2006. Foi conselheiro especial do Banco de Portugal e director-geral da área de investigação do Banco Central Europeu de

(1998-04). Também foi director de Investigação e Estatísticas do Departamento do Banco de Portugal e director de Estudos Económicos do Ministério das Finanças.

Como o Belmiro começou a enriquecer...

Quando, em 14 de Março de 1975, o governo de Vasco Gonçalves nacionalizou a banca com o apoio de todos os partidos que nele participavam (PS, PPD e PCP), todo o património dos bancos passou a propriedade pública. O Banco Pinto de Magalhães (BPM) detinha a SONAE, a única produtora de termolaminados, material muito usado na indústria de móveis e como revestimento na construção civil. Dada a sua posição monopolista, a SONAE constituía a verdadeira tesouraria do BPM, pois as encomendas eram pagas a


pronto e, por vezes, entregues 60, 90 e até 180 dias depois. Belmiro de Azevedo trabalhava lá como agente técnico (agora engenheiro técnico) e, nessa altura, vogava nas águas com falsos militantes da UDP. Em plenário, pôs os trabalhadores em greve com a reclamação de a propriedade da empresa reverter a favor destes.

A União dos Sindicatos do Porto e a Comissão Sindical do BPM (ainda não havia CTs na banca) procuraram intervir junto dos trabalhadores alertando-os para a situação política delicada e para a necessidade de se garantir o fornecimento dos termolaminados às actividades produtoras. Eram recebidas por Belmiro que se intitulava “chefe da comissão de trabalhadores”, mas a greve só parou mais de uma semana depois quando o governo tomou a decisão de

distribuir as acções da SONAE aos trabalhadores proporcionalmente à antiguidade de cada um.



É fácil imaginar o panorama. A bolsa estava encerrada e o pessoal da SONAE detinha uns papéis que, de tão feios, não serviam sequer para forrar as paredes de casa… Meses depois, aparece um salvador na figura do chefe da CT que se dispõe a trocar por dinheiro aqueles horrorosos papéis.



Assim se torna Belmiro de Azevedo dono da SONAE. E leva a mesma técnica de tesouraria para a rede de supermercados Continente depois criada onde recebe

a pronto e paga a 90, 120 e 180 dias…



Há meia dúzia de anos, no edifício da Alfândega do Porto, tive oportunidade de intervir num daqueles debates promovidos pelo Rui Rio com antigos primeiros-ministros e fiz este relato. Vasco Gonçalves não tinha ideia desta decisão do seu governo, mas não a refutou, claro. Com o salão pleno de gente e de jornalistas, nenhum órgão da comunicação social noticiou a minha intervenção.



Este relato foi-me feito por colegas do então BPM entre eles um membro da comissão sindical (Manuel Pires Duque) que por várias vezes se deslocou na altura à SONAE para falar aos trabalhadores. Enviei-o para os jornais e, salvo o já extinto “Tal & Qual”, nenhum o publicou…







Gaspar Martins, bancário reformado, ex-deputado



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

No Brasil sáo os sem Terra; aqui são os sem Partido...

Um "empresário" português! Iniciativa, modernidade, inovação e... vigarice foi preso provavelmente porque é um burlão isolado sem protecção partidária, tal como aconteceu com o Vale e Azevedo.




Para saber se assim é acompanhem os próximos episódios. Vai sair da pildra brevemente como aconteceu com o Oliveira e Costa, ou o Godinho ? E se a coisa durar sem desenlace e cair no esquecimento e o homem for solto... é porque alguém interveio por cima para preparar a prescrição.



Prescrição: ainda se lembram do desenlace da burla de dirigentes da UGT com fundos comunitários?



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Opinião de M. A. Pina. Como penso, essencialmente, o mesmo...

A ganância dos ricos não tem limites. Agora cobiçam até o pouco que os pobres têm, a servidão fiscal, e exigem pagar, como eles, impostos. Primeiro foi o multimilionário Warren Buffett que se queixou amargamente no "New York Times" de que os super-ricos estavam fartos de ser "mimados" com isenções fiscais pelos políticos eleitos pelos pobres e querem pagar também impostos. Ontem foram os titulares das 16 maiores fortunas de França: "Num momento (...) em que o Governo pede a todos um esforço de solidariedade, consideramos necessário o nosso contributo".




Quem já tenha visto um porco andar de bicicleta talvez não se surpreenda, mas eu, que já vi uma bicicleta andar de porco, ainda não caí em mim. Caria em mim, sim, se visse o voluntarioso Governo de Passos Coelho do "imposto extraordinário" sobre pensões e salários, mas não sobre juros e lucros, e dos cortes nos subsídios de miséria de desempregados e indigentes anunciar, como o neoliberal Sarkozy, um imposto sobre rendimentos anuais superiores a um milhão de euros.



Imagino então Amorins, Belmiros, Alexandres Soares dos Santos e restantes "25 mais ricos de Portugal", cujas fortunas cresceram, com a "crise" alheia, para 17,4 mil milhões virem, os invejosos, reclamar a Passos Coelho: "Tribute-nos, que diabo!, reformados e trabalhadores não são mais que nós", repetindo com Buffett:"Já é tempo de o Governo levar a sério isso dos sacrifícios para todos".



terça-feira, 23 de agosto de 2011

"Adidas, a Uniqlo, a Calvin Klein, a Li Ning, a H&M, a Abercrombie & Fitch,


a Lacoste, a Converse e a Ralph Lauren são algumas das marcas onde foram

encontrados vestígios de substâncias químicas tóxicas, suscetíveis de afetar

os órgãos reprodutivos de seres vivos, que foram detetados em produtos de

catorze grandes fabricantes de vestuário, anunciou hoje a Greenpeace em

Pequim.



A Greenpeace comprou em 18 países várias peças de vestuário destas marcas,

fabricadas na China, no Vietname, na Malásia e nas Filipinas e

posteriormente submeteu os têxteis para análise.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

SEMPRE A MESMA PRAGA. E nunca mais morre...

"The show must go on"


Jardim teve este fim-de-semana uma iluminação de que deu conta aos apaniguados reunidos em Porto Santo para a "rentrée" do PSD/Madeira: sente-se mais à "esquerda" do que há 30 anos. Poderia ter recuado um pouco mais, sei lá, para há 40 anos, e os seus ouvintes ficariam boquiabertos com quanto Jardim virou, desde então, à "esquerda".

E como se manifesta a "viragem à esquerda" de Jardim? Exactamente como há 30 anos, quando era de direita: a pedir dinheiro aos "cubanos" do Cont'nente, pois "precisamos, urgentemente, de liquidez para poder pagar os fornecedores em atraso" (o português é seu, não é meu).

Justifica-se Jardim com um tal de "ataque financeiro" dos anteriores governos: "E eu só tinha duas hipóteses: ou fazia como no boxe, jogava a toalha ao chão ou então enfrentava-os como enfrentei (...) e aumentei a dívida da Madeira (...) para agora negociar com o Governo liderado pelo PSD".

A dívida da Madeira era, em finais de 2010, de 963,3 milhões de euros. Jardim conta agora com o amigo Passos Coelho para bater esse recorde e passar a dever, no mínimo, 1 000 milhões.

Ponhamos, portanto, reformas e salários de miséria de molho. Não tardará que o Governo "liderado pelo PSD" venha buscar o que resta do subsídio de Natal ou aumente outra vez os transportes ou o IVA da electricidade e do gás, pois o Carnaval orçamental madeirense precisa de "liquidez" e, com crise ou sem crise, "the show must go on".



Crónica de Manuel António Pina no J. de N.



domingo, 21 de agosto de 2011

o " nosso" banco!!!

O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.


- E donde veio o dinheiro, para formar o BCE?

- O capital social, o dinheiro do BCE, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuiram com 10%.

- Será muito, esse dinheiro?

- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos, o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 será elevado a 10,6 mil milhões euros o capital do banco.

- Então, se o BCE é o banco destes Estados poderá emprestar dinheiro a Portugal? Como qualquer banco pode emprestar dinheiro, a um dos seus accionistas.

-Mas este não pode.

- ???

-E porquê? Porque... porque, ... são as regras.

-E , a quem pode o BCE emprestar dinheiro?

- A outros bancos, , a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses ou outros.

- Portugal, a Alemanha, a Irlanda ou outro, quando precisam de dinheiro emprestado não vão ao BCE, vão aos outros bancos que por sua vez, podem pedir ao BCE e tal.





- Mas porque é assim? Não era melhor Portugal ou a Grécia ou a Alemanha irem directamente ao BCE?

- Seria. Sim. Quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!

- ??!!..

- É que assim, os bancos podem ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países da zona euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos XPTO, a 1% e esse conjunto de bancos XPTO emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.

- E assim se faz um "negócio da China"!

- Neste exemplo, os bancos ganharam uns 3 ou 4 mil milhões de euros. E não têm de se deslocar a Bruxelas, nem precisam de levantar o cu da cadeira. E qual Bruxelas qual carapuça. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt, onde é que havia de ser?

- E,isto pode ser um verdadeiro roubo... com esse dinheiro e ao juro que o B C E empresta aos bancos se o emprestassem directamente aos Estados ,escusava-se de cortar nas pensões, no subsídio de desemprego ou de tirarem o 13º mês.....

- Mas, tem é se perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.

- E quem manda no BCE e permite um escândalo destes?

-Quem manda são os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.

Então isto não dá para perceber. Se , os Governos dão o nosso dinheiro ao BCE para eles emprestarem aos bancos a 1% para depois estes emprestarem a 5 e a 7% aos Governos donos do BCE? Como é?

- Não será bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos só lhe levam 3% nos juros. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar (dizem)é que levam juros a 6%, a 7 ou mais.

-E nós, a Grécia e a Irlanda que também somos donos do dinheiro que está no B C E não podemos pedir ao nosso banco...

- Nós, ? Os países, Portugal, a Alemanha e os outros, somos compostos por gentinha vulgar e por pessoas importantes .Se comparar um borra-botas qualquer, que ganha 400 ou 600 euros por mês, com um calaceiro que anda para aí desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, com um administrador duma grande empresa, de um banco que ganham, com os prémios , uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.

E os nossos Governos aceitam uma coisa dessas? Pergunta-se!....

-A resposta é que os nossos Governos (coitados) nada podem fazer!.... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros e estão à espera dos seus favores, por exemplo :..de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos e saírem da política. Em resumo, não podem fazer nada, senão quem é que os apoiava?

- Mas diremos, que porra de gaita! Então se eles são eleitos por nós?

- Em certo sentido, seria claro, mas depois... quem tem a massa é que manda. Não se viu isto na maior crise mundial de há um século para cá? Essa coisa a que chamam sistema financeiro que transforma o mundo da finança, num casino mundial, como os casinos, nunca tinham visto, nem suspeitavam o que ia levando os EUA e a Europa à beira da ruína? É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa (caso do B P N) e deixaram as pessoas que tinham metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios.Então os governos, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram que repor o dinheiro.

- E onde o foram buscar?

- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. Donde é que havia de vir o dinheiro do Estado?...

- E pergunta-se? Meteram os responsáveis na cadeia?

- Não... Que disparate. Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram passados à reforma. O Sr. McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares.

- E nós comemos e calamos.

-Nós preocupamos-nos mais, com futebóis, telenovelas e outras coisas que nos impigem.





DEFINITIVAMENTE: SERIA MAIS IMPORTANTE FISCALIZAR A ACTIVIDADE DOS GOVERNOS, E QUE O VOTO, ENQUANTO CHEQUE EM BRANCO, NÃO ESTÁ A GARANTIR A DEMOCRACIA E A JUSTIÇA SOCIAL.



Os pobres pagam tudo...

"Ser sério sobre a partilha dos sacrifícios" é como Warren Buffett, o terceiro homem mais rico do mundo se dirigie ao Governo dos Estados Unidos. "Parem de nos mimar com isenções fiscais", denuncia ele, num artigo publicado no passado domingo, no New York Times. E os dados que fornece são absolutamente escandalosos, sobretudo num tempo em que se agravam os impostos e as condições de vida para as classes médias e, sobretudo, para os mais pobres.


Em Portugal, a realidade é certamente diversa, mas num ponto, decisivo, coincide: com o argumento de criar melhores condições de competitividade aos empregadores e às empresas, os que menos têm e menos podem são os mais sobrecarregados com as medidas drásticas já tomadas e a anunciadas. Os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Os dados recentemente divulgados não deixam margem para dúvidas: as 25 maiores fortunas do país, cujo valor excede os 17 mil milhões de euros, viram, em tempo de crise, esse valor crescer 17,8% face a 2010, representando agora a 10,1% do PIB português, segundo um estudo anual da revista Exame.

Será de esperar algum gesto do tipo do de Warren Buffett da parte de algum dos líderes das maiores fortunas portuguesas? Julgo que podemos esperar sentados. Só se for para se queixarem de que o Estado os não deixa ir tão longe quanto pretendem. Essa era, pelo menos, a música, até há pouco tempo.

Mas raramente se ouve os que defendem a justiça social e o combate à pobreza a denunciar esta desigualdade que destrói a dignidade humana e mina a sociedade. Raramente os vemos exigir solidariedade e equidade no esforço que é pedido a todos em tempo de crise grave. Vemos vozes a exigir que, nas medidas do Estado, sejam salvaguardados os grupos de menores recursos, mas não vemos denunciar a soberba dos economicamente poderosos. As migalhas que estes possam dar a esta ou àquela instituição não podem calar a denúncia desta injustiça estrutural.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

papa, papa espanha...

A visita do Papa a Madrid vai custar, e se não houver as derrapagens do


costume, 50 milhões de euros.



Quem paga? Os mesmos de sempre? Aqueles, católicos ou não católicos, que

vêem os seus rendimentos emagrecer cada vez mais? Não seria de haver, numa

altura destas, um pouco de bom-senso e evitar despesas como esta? Que tal

uma visita mais modesta, sem ostentações, as quais o próprio Cristo

condenaria?
Jacques Delors diz que euro e Europa estão "à beira do precipício"


11h21m

O euro e a União Europeia estão "à beira do precipício", afirmou o antigo presidente da Comissão Europeia Jacques Delors numa entrevista publicada, esta quinta-feira, nos jornais "Le Soir" (belga) e "Le Temps" (suíço).



foto TOBIAS KLEINSCHMIDT/EPA



Moeda única em risco



"Temos de abrir os olhos: o euro e a Europa estão à beira do precipício. Para que não caiam, a escolha parece-me simples: ou os estados-membros aceitam a cooperação económica reforçada que sempre defendi, ou transferem mais poderes para a União" afirmou Jacques Delors.

O antigo presidente da Comissão afirmou ainda que "desde o início da crise" que os dirigentes europeus "têm passado ao lado da realidade", acusando os líderes das grandes potências da Zona Euro, Alemanha e França, de "formular respostas vagas e insuficientes".

"Tal como estão, não servem para nada", disse Jacques Delors sobre as propostas do presidente francês, Nicolas Sarkozy, e da chanceler alemã, Angela Merkel, de reforma das instituições comunitárias para responder à crise da dívida.

Delors, francês de 86 anos, foi presidente da Comissão entre 1985 e 1995.

Na entrevista aos dois jornais francófonos, defendeu a mutualização das dívidas dos estados-membros "até 60%" do respectivo Produto Interno Bruto (PIB).



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Então mulheres...

No dia 14 de Junho de 1385, conta a história ou a lenda, que a mais célebre padeira deste canto – depois de matar sete castelhanos à pazada, dentro da sua padaria, juntou uma milícia de mulheres corajosas como ela e pegaram em armas e se juntaram às tropas portuguesas, em Aljubarrota, fartando-se de matarem castelhanos.




Mulher enorme, Brites, com seis dedos em cada mão, tornou-se uma lenda…realidade ou não (de certeza que existiriam mulheres destas valentes e destemidas), o que interessa é realçar, nestes dias, que mulheres como estas podiam ser úteis para correrem à pazada os troicanos e seus serventuários que pululam por cá, que vendo bem são bem piores que os de então, os sequazes do Conde Andeiro!





Tanto trabalho desta nossa valente Brites de Almeida para agora, tantos séculos depois, estarmos sem soberania…é um fartar vilanagem!

domingo, 14 de agosto de 2011

BRINCAM COM O NOSO DINHEIRO!

13 de Agosto




Mira Amaral, o presidente do grupo BIC Portugal, que concretizou esta semana a compra do BPN ao Estado por 40 Milhões de Euros, convidou o Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho e a sua família para passar uma semana de férias na sua residência luxuosa em Vale do Lobo.

do bloco

BE exige garantias ao governo de que integração dos fundos de pensões "não é um novo BPN"


O BE exigiu hoje que o ministro das Finanças esclareça que a integração na Segurança Social dos fundos de pensões da banca "não é um novo BPN” e vai pedir no Parlamento os estudos que motivaram a decisão.

Os pobres sabem lutar, esperem...

Mas porque a dor, de quem trabalha e não come o pão de ninguém, é tão grande e arrasta sempre o exagero, corrigindo a mesma dor, para que o justo sentimento dos males presentes e possa pensar nos limites da ordem. Há Gente em Portugal à espera que a ordem estabelecida seja modificada; querem ser Gente com a qualidade de vida para poder ter momentos de felicidade. São aqueles que pagam, com os seus impostos o Riqueza Publica que é roubado dia sim, dia sim, por quem tem quase tudo. Mais dor, mais dor, um povo pacífico com somos, tende a se manifestar e de pacífico terá pouco… contem comigo, Gente como eu!




quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Aparece sempre...

O Governo convidou Pedro Santana Lopes para ser o novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, adiantou hoje o site do jornal Sol.


O semanário “O Sol” apurou que o convite deverá ser aceite nos próximos dias. Vai tudo para os mesmos: boys e girls dos partidos do governo.





Anda...

O que seria eu, sem ti?


Um profeta, sem profecia,

Um palhaço, que sorri,

Um poeta, sem poesia.

Que éramos nós sem amor?

Nada…





Além da grande tristeza,

Não te podia dar

Tanto afecto, beleza…

Tinha feito tudo errado

Em vez do sim, disse não

De ti, não estavas perto,

Pisando minha solidão!

Minha amada…





Adora tua vaidade,

Mas queres aqui.

Tenho aquela saudade,

Porque preciso de ti.

Não esperes pela luar,

Tira a roupa, serei mais teu,

Põe-me louco no olhar,

E, nunca mais te esqueço

Vamos voar,

Que teso…

- Calar!...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Senhor Morgado e Marta

… O SENHOR MORGADO!






Foi em Lisboa,

No melhor palácio,

Mobília muito boa,

E vampiros com cio…

Onde o senhor Morgado

Conhece seu encanto.



Por haver pago tanto,

Hoje faz cara de otário,

Fingindo ser proletário.

Morgado…



Confessa lá, valente

Como pouca gente,

Que mulher enfrente

Viver como vós.

não é fácil…

Morgado…



Fazer o ninho austero;

Tendo tanto dinheiro

Constante para gastar,

E mostrar-te progressista…

Quando tu vida elitista

Se encobre de popular,

Se à lua não voltaste

Poque te equivocaste.



Pois muito bem representa

Essa classe opulenta

A qual pertences!

Que conheces da esquerda,

Que te manda logo, à merda!

E, está tão longe de ti,

Morgado…



Isso que dances,

Não te faz perder a calma,

Nem te chora na alma,

Ao gemer essa mulher pobre.

Que em danças errantes…

Sem saber bem de antes,

Pensou com o coração,

Esta má recordação!

Morgado…



Se tens sentimento

Não o tem adormecido;

Pois hoje ofendeste

O povo de tua cidade.



Diz-me, Morgado:

Se em tu vida tão burguesa,

Com luz cama e mesa.

Ao contrário da gaiata,

Tens um sentido fascista!

E berras a toda gente,

Do asco de votar,

Da Marta. (do Zé Mário)





Amar ao domingo...

Lindo Domingo!


Ser gente é poder perdoar.

É esquecer o erro do amigo,

E com ele, poder lembrar,

Um dia tão lindo!



É nunca ferir,

Nem magoar o conhecido,

e amar intensamente!

É ser franco,

Compreender antes de julgar.

É ter o espírito nu

Há espera do teu olhar.

E, é sobretudo ser gente,

Como tu…

Para amar!

domingo, 7 de agosto de 2011

tua inocência

Tempo da minha alma


Vence o tempo de arde,

Busca o tempo na calma

Na solidão desta tarde.



Ai que tarde tão lenta,

Ai que lentidão tardia.

Brusco descanso que lembra,

A lembrança d’acalmia.



Tarde dura de cansaço,

Lembra-te da minha essência,

Poupa-me do meu descanço,

Parte da minha ausência

Já estou tão esgotado,

Da tua inocência….





sexta-feira, 5 de agosto de 2011

falar e ouvir

É TÃO SIMPLES…. A GENTE COMPLICA TANTO!!! ____________________________________________________________________


Conta a história de um casal que tomava café da manhã no dia de suas bodas de prata.



A mulher passou a manteiga na casca do pão e o entregou para o marido, ficando com o miolo. Ela pensou: Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido e, por 25 anos, sempre lhe dei o miolo.



Mas hoje quis satisfazer meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida. Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse:

"Muito obrigado por este presente, meu amor...



Durante 25 anos, sempre desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir!



" Moral da história: 1. Nós precisamos de dizer claramente o que queremos, não espere que o outro adivinhe.



2. Nós podemos pensar que estamos fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar à espera de outra coisa do seu par.



3. Deixe-(a)o falar, peça-o para falar e quando não entender, não traduza sozinho. Peça que el(a)e se explique melhor.




Nem todas as Mulheres são iguais

Não é justo apenas atacarmos as canalhices femininas e deixarmos de falar das que não são assim. Mulheres de verdade são aquelas que não são bonitas, mas usam a inteligência; são aquelas, que são, e o que fazem, e nisso incluo assumirem que são sexualmente activas, sabem conversar além do capítulo da novela de ontem; são as que não escondem a inteligência, e a usam para subir nos cargos sem pisar nos homens (e mulheres) abaixo delas. São as que são felizes por serem o que são: gordas ou magras, viúvas ou solteironas, jovens e velhas.



E onde estão elas? Prestem bem atenção: elas podem estar do seu lado agora mesmo!•











A Pedra



Hoje, reparei numa pedra vulgar e pensei: como no era preciosa, nem fina nem especialmente valiosa, serviu de pretexto e me deu-me uma grande lição.

Esta pedra é e não é como tu, que me lês; não tens mais remédio, que seres como és, porque não há maneira de mudar o essencial em ti.

Como este não parece ser o teu caso, já que não queres que mande em ti, muda-te tu mesmo; aprende a andar com vigor, carinho e paciência e saberás que estás no seu lugar: o melhor momento é quando reparas na tua imagem.

E por isso, chegará a suceder três coisas; não te aflijas e saberás descobrir o que significa ser filho, amante e saber ser pai ao mesmo tempo.



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

governo da opus dei...

O actual Governo começa a parecer-se de mais com uma comissão liquidatária do património do Estado a preços de saldo (e com os contribuintes a financiar os compradores).
A eliminação das "golden shares" a troco de nem um cêntimo não foi outra coisa senão uma escandalosa liberalidade ao capital privado. E não se diga que foi imposição da "troika" pois a "imposição" foi aceite, é bom não esquecê-lo, por PSD, CDS e PS e apesar de Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Irlanda, Grécia, Finlândia, Bélgica e Polónia continuarem a manter "golden shares" em empresas estratégicas (provavelmente terão é governos menos servis).
O BPN será, por sua vez, "vendido" ao BIC com o Estado a suportar os encargos dos despedimentos e ter que nele meter ainda mais 550 milhões, além dos 2,4 mil milhões que já lá estão. Tudo por... 40 milhões.
Seguir-se-ão os transportes, as estruturas aeroportuárias, os Correios, a água... O processo será o mesmo dos transportes: primeiro limpam-se os passivos das empresas à custa dos contribuintes (os aumentos "colossais" das tarifas dos transportes públicos dão uma ideia do que está para vir) depois são entregues de bandeja ao capital privado.
Para isso, o Orçamento Rectificativo agora apresentado na AR prevê 12 mil milhões para a banca mais um aumento de 20 para 35 mil milhões em garantias. Assim não faltarão à banca dinheiro nem garantias do Estado para ir aos saldos do Estado.
A opinião de Manuel António Pina no J.N. em 3 de Agosto de 2011

Esta luta de classes...

O milionário Warren Buffett, o terceiro homem mais rico do mundo de 2011 segundo a revista “Forbes”, comentou um dia as reduções multimilionárias aos impostos dos mais ricos dos EUA, fazendo notar que a sua empregada doméstica tinha uma taxa de imposto maior que ele. Para Buffett era claro que se vive uma guerra de classes e que, diz ainda, a classe dele “está a ganhar esta guerra”. Quando ouvimos que a crise toca a todos e que é uma espécie de peste negra que une a pátria esbaforida em uníssono, devemos perceber que no barco não estamos todos. Parte daqueles cujos interesses comandaram o Titanic luso já estão em bom porto. Segundo a revista “Exame”, os ricos estão mais ricos.

As 25 maiores fortunas em Portugal somam 17,4 mil milhões de euros, 10,1% do PIB português, o que corresponde a uma subida de 17,8% face a 2010.

Quando nos falam em crise pedem-nos sacrifícios, mas são sempre os mesmos que os fazem.

Quem trabalha vai passar a ser despedido com uma mão à frente e outra atrás, os transportes vão aumentar, a saúde será tendencialmente paga a preço de custo e o ensino superior será só para quem tem dinheiro.

Esta crise é uma revolução política que dará aos mais ricos todo o poder e muito mais dinheiro.

Maria minha!

Nesta vida,
Nunca temi nada;
Procuro compreender,
Nesta saudável vinda,
Para melhor te entender:

Formosa e despida,
Com a mente educada,
Para o amor sem preceitos.
Para amar e ser amado
Com teu amor,
Puro,
Intacto,
De Maria,
Minha flor…

Até sabe bem...

Em festas de casamento! Esta foi a conclusão de uma pesquisa do site
Illicit Encounters com um grupo de 2.000 homens e mulheres, entre 25 e
45 anos.

"Há alguma coisa nas madrinhas que é incrivelmente atraente para os
homens", disse uma porta-voz do site, que promove a vida
extraconjugal. Um terço dos pesquisados admitiu ter traído em uma
festa matrimonial. E as mulheres acreditam que as suas principais
rivais estão no trabalho deles...

Segundo Rosie Freeman-Jones, uma festa de casamento tem todos os
ingredientes para uma traição: bebidas, dança, gente vestida para
impressionar, uma electricidade sexual no ar e, em alguns casos,
acessos a quartos.


A Pesquisa:

ONDE OS HOMENS TRAEM AS MULHERES?

Festas de casamento: 32%
Baladas com os amigos: 27%
Festa de Natal do trabalho: 21%
Reunião da escola: 9%

ONDE AS MULHERES ACHAM QUE SÃO TRAÍDAS:

Festa de Natal do trabalho: 37%
Baladas com os amigos: 35%
Reunião da escola: 17%
Festas de casamento: 11%

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

FIM DA NOITE DE TREVAS

Trovoada, relâmpagos, copiosa chuva!!! A estátua de Eusébio, resignada e queda, alheia ao temporal, indica o terceiro anel do estádio da luz sem Luz, claro.


Mais meia volta encontramos uma porta usada, sombria que fechava e abria de acordo com o vento. Como ainda tinha tecto, ensopados e arrefecidos, entramos. A segunda circular era ainda mais cinzenta apesar do incêndio apagado.


Como um mal nunca vem só, abrigamo-nos naquele corredor obsoleto com portas laterais e ao fundo o campo de erva pálida.


Íamos os dois calados, nem palavra, quando a águia da “glória”, porque dormia há tanto tempo, já que as glorias nortearam para o Porto, Futebol Clube do Porto, assustou-se, cacarejou em Castelhano, fugindo para o campo; tinha fome e lá havia lagartos e outros vermes.


Alguns passos em silêncio e ouvimos ruído, havia criaturas numa sala. Tinha a porta torta, lúgubre e sinistra consoante este ambiente funesto e medonho.


Mais dois passos a entrada rapidamente escaqueirada, porta aberta e somos “convidados” a invadir aquela reunião no fundo da comprida sala, ali na nossa frente. É verdade, uma reunião. Uma reunião de Vampiras.


Olhamos um para o outro, conformados e tristes. Claro que era tudo encenação, já que não há Vampiras. Aquela gente com dois dentes vermelhos, um de cada lado da boca, assim como as capas também vermelhas.


A Vampira no topo da mesa que falava antes da nossa entrada tinha capuz e dirigia a reunião. A exemplo da chefe colocaram-se todas de pé, examinando-nos.


O vento “empurra-nos” pelos poucos degraus usados e assimétricos do patamar da porta para a sala. Não, não era brincadeira.


Havia duas vampiras, tipo pilares maçónicos e corredor no meio. Na mesa estavam sete Vampiras. Toquei no amigo, percebo que ele percebe o que eu percebo e diz que sim com a cabeça…


Porque algumas Vampiras eram conhecidas: no pináculo da mesa e com capucho Maria Tesé Marada, do lado esquerdo dela, Cocaína e Afins Salgado, Bailaria sem Gomes e Aiquedor Pilão, em frente, Ripada Krosta, Bagão Pélvix e Carla Lixeira.


- “No name boys”? Pergunta Maria Tsé Marada??! Silencio absoluto… Passados alguns segundos a “escritora” Cocaína, senifada, olhos brilhantes e semi-abertos senta-se, depois de picada e diz muito lentamente:



- Na prisa, na prisa…
- Ainda não vieram?
- Não.



- E estes intrusos??! Que interrompem esta reunião de magistrados e amigos, na luta contra o Futebol Clube do Porto, contra o seu presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, para decidir quem é o campeão nacional de futebol da época 2008 / 2009 e quem ganha a Taça de Portugal!


Como disse em publico, o ministro Bagão Pelvix; “O povo português quer que o Benfica seja campeão!” e digo mais, que ganha títulos internacionais!



Um Clube Regional, como o F. C. do Porto não deixa. Aqui, na capital do Império, mandamos em tudo, menos no Futebol! Não. Abaixo o F. C. do Porto e o seu Presidente. Este ano será o Benfica campeão e ganhará a Taça de Portugal!


O Jesualdo Ferreira! É necessário investigar esta época desportiva. É necessário vigiar o estilo de vida e os telemóveis de Bruno Alves, Fernando, Raul, Lucho, Rodrigues, Hulk, Lisandro, Cissoko, porque é necessário requisitos para ser campeão em Portugal e eles não tem.


Já que perdi a luta contra o incendiário de Lisboa, Pinto da Costa, temos que lutar contra os operacionais, contra os jogadores e treinadores do F. C. do Porto.


- Depois dos aplausos, Bailarina sem Gomes grita:
- Viva os “no name boys”!!! A Taça de Portugal para o Benfica!!!

Todas as Vampiras em volta da mesa olharam a chefe!


Olhamos um para o outro e zás: O meu amigo, a quem chamam Tamata, com 1,90mts, 85 kg de peso, monstra quem é e diz alto e bom som:
-Campeão é novamente o F. C. do Porto, é o Treta-campeonato. A Taça de Portugal foi ganha hoje, no relvado, sua moura, agora vampira!!;


Aprendeste a beber em todos os canecos, copos de barro e de vidro, soubeste do meio desses mouros, com aspecto de homens, lavar as bentas em vinho inquinado e sujo;



A tua tarefa como delegada do ministério público, com dinheiro dos nossos impostos, é para combater a competência do melhor clube Português e dos melhores do mundo e servir o clube falido do “Orelhas”?
O teu MRPumPum, de Arnalto Mados, como tu dizias, agora é contra nós, portistas, porquê?


Repara moura Vampira: Há muitas histórias sobre os êxitos do Futebol. Ainda se lembram de José Maria Pedroto, Artur Jorge, Fernando Gomes, Oliveira, Futre, Magder, Victor Baia, Rui Barros, João Pinto, José Mourinho, Deco, Ricardo Carvalho, etc., etc.



Depois dos “cinco violinos” no Sporting, década de 50, Eusébio, Coluna e outros, década de 60. Depois disso quer queiram quer não, o futebol teve a Pronúncia do Norte com o sintoma Futebol Clube do Porto.



O antigo treinador desse clube mouro, Jesualdo Ferreira,
que nasceu em Trás-os-Montes, por isso é português e não Mouro e no Porto já ganhou 3 (três) campeonatos moura Vampira!



De todas as cabalas, justiças, castigos e outros artifícios não engana a forma como 11 jogadores da equipa do Futebol Clube do Porto jogam no relvado.


Tal não engana. Quem percebe ou gosta de ver jogar futebol, sabe que desde o antigo regime, a melhor portuguesa é o FUTEBOL CLUBE DO PORTO, com quaisquer “Jesualdos”.


Silêncio enorme, mouras e Vampiras, caladas, apenas falava o meu amigo e sabendo que:

Os Mouros são cobardes mas perigosos, com vinganças mortíferas!

As Vampiras são sempre donas do poder e nunca inocentes e mordem no pescoço…


A coragem do meu amigo foi o clarão intelectual, tipo chama de pirilampo da minha consciência e enquanto a porta era semi-aberta, peguei na mão do Tamata, ficou aberta com a nossa fuga, fugindo daquele inferno (de Dante), quando acordei.


A festa continuava muito mais animada. Ao ver-me sentado, aquela menina de azul, sorridente pede um copo de água e um café e diz-me.
- Padrinho, estava a pensar no significado secreto da Serpente de Bronze, na cura de Moisés contra Águias e Leões.


Bebi água, café e outra vez água, passou-me a mãos devagar nas costas, pelas 33 vértebras, como serpente no estudo maçónico e afinei.


-A “Dagrona” dança?
-Sim, vamos…




Post Scriptum:


VIVA O FUTEBOL CLUBE DO PORTO