quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Obras completas de Dostoievski



…“ Eu larguei a correr para a ninha casa.
- Estamos perdidos, avozinha; perdidos!
A velha, coitada, chorava! Naquele instante chegou a mensagem de Pedosieli Nikoláiitch: uma gaiola, com um estorninho lá dentro, acompanhada de uma carta. Na carta lia-se isso: “1 de Abril”, e nada mais. Bem, meus senhores: então gostaram da minha história?
- Mas… E o resto? O resto?
- Qual resto? Bem… aconteceu que uma vez me encontrei na rua com Pedosieli Nikoláiitch e estive vai não vai para lhe dizer na própria cara que ele era uma bandalho.
- E então?
- Pois é assim: não me saíram as palavras da boca, cavalheiros!


(Polzúnkov, Pag. 491 – Obras completas de Dostoievski)
 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

felicidade


Desejar e possuir o que deseja é uma norma de atitude livre e correcta. Os que podem aplicá-la até ao fim estão certos da na sua felicidade. Mas a natureza não quis que isto fosse fácil e criaram, para os homens, as sereias e outras musas, para os desencaminhar e embriagar o seu espreitar numa neblina de pranto.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Flores


Antigamente, comparava-me a um foguete a subir; não temia que as flores arremetidas com que alcatifava o meu curso, retardassem o meu desenvolvimento. Agora, dou voltas zumbindo em torno de uma flor como uma abelha, não como um foguete, mas, de um homem que perfuma na natureza, a aroma das ideias.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

o hábito de pensar


Pois, tinha que falar novamente dos caixotes que mudaram o hábito de pensar. Há um pensamento colectivo, uma anestesia ditada pelos grandes grupos económicos ou (poder central), que pensam, na essência, por nós; futebol, telenovelas, comentadores, por exemplo… Em vez da conjunção de vários factores e problemas colectivos, de fazer nascer ideias, agora surgem as ideias da TV para serem mastigadas e, com mais ou menos tempo, engolidas. Em vez de sermos seres humanos, cidadãos de pensamento livre, somos seres humanos, telespectadores com pensamento conduzido. Não andar com a cabeça entre as orelhas, apenas…

 

Um Livro - Que maravilha!




Em todos os Livros, o autor expressa parte das suas ideias e nos faz refletir; todos os livros são bons! Enriquecem a consciência do leitor…

terça-feira, 12 de novembro de 2013

CASAMENTO


Uma adenda a o texto de ontem:

 Foi e é necessário salvaguardar a riqueza da gente rica que todos nós conhecemos na sociedade. Para prevenir a riqueza de poucos, seus barões, a mulher perde os direitos que tinha, em relação ao homem, e todo o infortúnio social existente provém da invenção de o CASAMENTO! Com essa terrível ideia, nos tramou.

Como no ensina Friedrich Engels em “a origem da família da propriedade e do estado”

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

pão-de-ló de Arouca, pão-de-ló de Ovar e ovos-moles de Aveiro!


Para adoçar esta operação, ou mudar de tema, será melhor falar do pão-de-ló! O pão-de-ló de Arouca quase a chegar à mesa, como parte do lanche. Em Aveiro há as três iguarias mais deliciosas do mundo, em disputa directa e saudável: pão-de-ló de Arouca, pão-de-ló de Ovar e ovos-moles de Aveiro! Se tais guloseimas fossem oriundas da capital do país, seriam – ainda – mais famosas, mais faladas e mais apregoadas. Quem visita a Serra da Freita para contemplar a Frecha da Mizarela, as pedras parideiras sente a sua pequenez perante um bocadinho do mundo. Um visitante da capela da Senhora da Mó, para olhar Arouca de cima, tem o compromisso de saciar as suas glândulas gustativas – com apenas uma fatia de pão-de-ló, tão pertinho – nas montras das confeitarias no centro, ou perto, em Arouca. Quem visita o carnaval em Ovar, passa uma noite de verão no Furadouro ou vai a um museu tem, perto de si, aquele pão-de-ló macio e lânguido que pode pedir uma colher para ajudar a comê-lo. Ao percorrer a cidade de Aveiro, para ver a sua ria no centro da cidade ou dar um passeio de BUGA (Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro), tem ao seu dispor um pequeno biscoito – tão pequeno como o seu custo – e o seu desejo de andar de bicicleta aumenta como a sua paz interior. Muitas vezes, são um saber alcançado tão docemente!
 

Aspectos da história humana


Com a mudança do matrimónio por grupos, por casamentos a duas pessoas, homem e mulher, os filhos deixam de ser filhos da mãe e passam a ser filhos do pai e, neste processo, começam a surgir gente pobre, mulher criada do marido, homem com grandes fortunas. Foi e é necessário salvaguardar a riqueza da gente rica que todos nós conhecemos na sociedade. Para prevenir a riqueza de poucos, seus barões, mais tarde outros herdeiros, foram forjados à máquina do estado e forças de seguranças. A humanidade, tantas vezes inocentemente, vai modificando aspectos inferiores, por enquanto…  
Pag ? de O Tesouro do Mar de Mansores, de José Santos

 

domingo, 10 de novembro de 2013

Fernando Pessoa.


(…) Puxou fumo, fez uma leve pausa, recomeçou.

- Ora aqui, meu amigo, pus a minha lucidez em acção. Trabalhar para o futuro, está bem, pensei eu, trabalhar para os outros terem liberdade, está certo. Mas então eu? Eu não sou ninguém? Se fosse cristão, trabalhava alegremente pelo futuro dos outros, porque lá tinha a minha recompensa no céu; mas também, se eu fosse cristão, não era anarquista, (…)



De, O Banqueiro Anarquista de
(…) Puxou fumo, fez uma leve pausa, recomeçou.
- Ora aqui, meu amigo, pus a minha lucidez em acção. Trabalhar para o futuro, está bem, pensei eu, trabalhar para os outros terem liberdade, está certo. Mas então eu? Eu não sou ninguém? Se fosse cristão, trabalhava alegremente pelo futuro dos outros, porque lá tinha a minha recompensa no céu; mas também, se eu fosse cristão, não era anarquista, (…)
De, O Banqueiro Anarquista de Fernando Pessoa.


sábado, 9 de novembro de 2013

"Quando temos sede parece-nos que poderíamos beber todo um oceano: é a fé”


(…) "Quando temos sede parece-nos que poderíamos beber todo um oceano: é a fé; e quando bebemos, bebemos um copo ou dois: é a ciência.” (…)

 (…) "Pensais honestamente, e por isso odiais o mundo todo. Detestais os crentes porque a fé é um indicador de estupidez e de ignorância; e detestais os descrentes porque não têm fé nem ideal. Odiais os velhos pelas suas mentalidades ultrapassadas, e os novos pelo seu liberalismo." (…)

 
(…)"Aquilo que provamos quando estamos apaixonados talvez seja o nosso estado normal. O amor mostra ao homem como é que ele deveria ser sempre." (…)

                                           (Anton Tchekhov)

 “Um dos mais famosos novelistas e dramaturgos russos, nasceu em Taganrog em 1860, e faleceu em 1906.”  

 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Leia, amigo(a)!!!


Penso de uma fonte com várias bicas: meu Pai, quatro escolas e os livros necessários, guia da vida ou meu fado; Todos os Nomes, Memorial do Convento, Evangelho Segundo Jesus Cristo, de Saramago; Sibila, de Agustina; reler Os Maias, de Eça; Gente Pobre e outros de Dostoievski; D. Quixote de la Mancha, de Cervantes; Por Quem os Sinos Dobram, de Hemingway; Cem Anos de Solidão, de Garcia Marques; etc., etc., etc.

“Guerra civil? Que quer dizer semelhante frase? Pois porventura há alguma guerra estrangeira? Porventura alguma guerra entre os homens deixa de ser uma guerra entre irmãos? O fim que ela tem em vista é o que qualifica uma guerra. Não há guerras estrangeiras nem guerras civis; há guerra justa e guerra injusta, e estas são as únicas distinções. (…) (…) Chega um momento em que não é bastante o protestar, em que à filosofia deve suceder a acção, em que a violência deve ultimar o que a ideia apenas esboçou, em que deve acabar Aristogiton e principiar Prometeu Agrilhoado, em que, ilustradas as almas pelas enciclopédias, deve o 10 de Agosto electrizá-las . Após Ésquilo, Trasibulo; após Direrot, Danton. As multidões têm uma tendência particular para se deixarem dominar.(…)”

( OS MISERÁVEIS de Victor Hugo, Pag. 388, 12º Livro, tomo IV)

 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

VOLTAIRE


(…) ”E, nas cidades pacíficas, onde floresce o comércio e as artes, sofrem os homens com a sua inveja, com a sua ambição, com o seu desejo de vingança e outras paixões devoradoras, mais do que sofrem as cidades sitiadas com os flagelos que as atingem, porque os tormentos secretos do coração são muito mais terríveis que as calamidades públicas. Numa palavra: já vi tanta desgraça, já passei por tantos sofrimentos que, com vossa licença, sou maniqueu.

- Mas ainda há coisas boas – dizia Cândido.

- Talvez, mas não as conheço – replicou Martim.” (…)

(Pag. 82, Cândido ou O optimismo, de )

 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Cada dia pior...


Os neoliberais que adquiriram Portugal, após segurar todos os órgãos de comunicação social, ficaram mais seguros. “A bem da Pátria e das gerações futuras dos empresários, das boas famílias e da prisão do poder político pelo poder económico do sentido de Estado, como por exemplo, dar esmola aos pobrezinhos que trabalham.” Desmanchado o estado social é necessário transformar o PS em “nosso amigo” que, seja irrelevante e sem peso eleitoral. O PCP e Bloco de Esquerda, sem impressa – TVs, Rádios e jornais – ficam ainda mais pequenos, em termos eleitorais.

Permanece urgente, ficarmos com a certeza se o presidente do PS cai nesta armadinha, lamaçal do nosso precipício, ou resiste para o socialismo que ainda existe no partido; o PS tem muitos socialistas militantes…