segunda-feira, 27 de maio de 2013

a Natureza


A única coisa perfeita que existe é a Natureza; a única coisa verdadeiramente harmoniosa é a forma como a Natureza ordenou as coisas e os seres; a única coisa verdadeiramente bela é a Ordem com que a Natureza se rege. Ao contemplar a Natureza, fico sempre deslumbrado, inebriado, e nunca me canso de exaltar a sua beleza, a sua harmonia, a sua perfeição. Por isso respeito religiosamente a Ordem por que se rege o mundo natural.

Não se trata de uma ordem fixada por uma qualquer divindade ou demiurgo, mas sim de uma ordenação que resulta da evolução da matéria ao longo de milhares de milhões de anos. Sim, essa matéria de que é feito tudo o que existe, incluindo os próprios seres humanos. Nessa Ordem tudo está meticulosamente organizado e nada foi deixado ao acaso. No mundo natural faz-se tudo o que é necessário fazer e nada se improvisa. A sua harmonia deve-se afinal a um sentido, a uma estratégia, que preside a esse movimento evolutivo. Na terra, como no universo, a evolução da matéria faz-se sempre no sentido da perfeição (complexidade). A matéria evolui sempre para níveis cada vez mais complexos de organização. A vida, tal como existe neste minúsculo ponto perdido nas imensidões cósmicas, é, desde as primeiras moléculas de aminoácidos até hoje, o resultado dessa evolução, ou melhor, corresponde a uma fase dessa evolução. O ser humano é a expressão mais avançada (complexa) de organização da matéria. O grau mais complexo (perfeito) de organização da matéria que se conhece em todo o Universo está no cérebro humano. Em nenhum outro ponto do cosmos a matéria atingiu - que se saiba - um nível tão perfeito, tão harmonioso, tão complexo de organização como na cabeça do ser humano.

No mundo natural, a evolução dos seres vivos faz-se de acordo com estratégias específicas de sobrevivência, visando a continuação das espécies através da reprodução dos seus espécimes. As regras terríveis da seleção natural existem para, eliminando os espécimes mais fracos, fortalecer cada espécie. Como demonstrou Charles Darwin, a vida é a luta pela vida. A sobrevivência de cada ser vivo, como de cada espécie, impõe métodos que, por vezes, nos impressionavam pela sua aparente crueldade.

O astrofísico Hubert Reeves escreveu, em "Um pouco mais de azul" (livro cujo título homenageia Mário de Sá Carneiro), um texto maravilhoso que cito de memória: uma mulher belíssima está deitada na cama com o corpo nu envolvido parcialmente por lençóis de cetim branco. A janela meio aberta deixa entrar uma brisa ligeira que agita levemente as cortinas. A um canto, um disco esquecido solta os acordes maravilhosos de uma sinfonia de Mozart. Uma luz difusa inunda suavemente todo aquele ambiente de paz e de tranquilidade. O rosto da mulher é a imagem do amor e da felicidade. Porém, dentro dela, no interior do seu corpo, alheios a tudo isso, mais de 200 milhões de seres lutam desesperadamente pela sobrevivência que só um poderá alcançar. Ela acabara de fazer amor.

Como diz Reeves, a vida implica todos os níveis do real e, por isso, é que o momento mais belo na vida de qualquer ser humano é aquele em que ele é retirado todo sujo da vagina ensanguentada de uma mulher ou então arrancado da sua barriga esventrada por uma cesariana e é exibido triunfantemente à mãe que o pariu. E esse momento é belo porque é nesse instante que aquele monstrinho sujo, enrugado, roxo e disforme passa de feto a pessoa, ou seja, adquire personalidade jurídica e torna-se sujeito de direitos e de deveres ou, se quisermos, passa a ser um centro autónomo de imputações. É assim que nasce um ser humano. E esse momento é belo também porque a mulher que berrava de dores passa a rir-se de alegria e beija pela primeira vez esse filho (em outras espécies animais, as mães são ainda mais autênticas pois lambem demoradamente os recém-nascidos). Esse momento é belo, sobretudo, porque é o instante em que as dores da vida se metamorfoseiam na felicidade apoteótica da maternidade e da paternidade.

 Eu lembro-me bem desse momento. Nunca esquecerei o momento em que nasci e, sobretudo, nunca esquecerei o primeiro beijo que a minha mãe me deu - quase moribunda por me ter parido.

Opinião de A. Marinho e Pinto no J.N.)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

necessário trabalhar


Tantos acontecimentos de passaram. Deixemos a atitude dos mandões da terra, os gananciosos em destruir a terra, quem trabalha entregar mais de metade do seu pequeno salário ao grande capital e colossais de impostos das migalhas do que sobra, já que estes factos cruciais, não ajudam – neste momento – nem o autor, nem o leitor.   

domingo, 19 de maio de 2013

A "nossa" Europa


Neste século, particularmente, há mais gente a morrer que a nascer, muita gente já teme o futuro dos filhos, nem pensar em criar outros. Em cada dia que passa as dificuldades ampliam os carentes, colocam na rua mais carentes; tanta gente sem olhar a lua, como muita sorte trabalhava, os desempregados a aumentar apressadamente para um abismo que a ganância dos iletrados no poder, sem conhecer a sociedade que eles próprios herdaram, colocou.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

em Ladrões de bicicletas





"Realmente, todos têm de fazer sacrifícios, em especial esse génio da gestão global que se chama António Mexia: os presidentes executivos do PSI-20 receberam em 2012 mais de 15 milhões de euros, um aumento de 6% face ao ano anterior (mais 4,9%, em média, para os membros de 19 comissões executivas do PSI-20). Quando também sabemos que as remunerações médias dos trabalhadores portugueses caíram, entre reduções salariais e perdas de emprego, 7,2%, enquanto que os rendimentos dos activos registaram um comportamento quase simétrico, confirma-se o que dizia o grande economista John Kenneth Galbraith: “Para muitos, e em especial para os que têm voz política, dinheiro e influência, uma depressão ou uma recessão está longe de ser penosa. Ninguém pode confessar isto abertamente; em certas coisas há que discreto, mesmo do que revelamos de nós próprios”. Confirmam-se também outras ideias de Galbraith: atrás da fraude do “mercado livre” esconde-se a realidade da grande empresa capitalista e das suas estruturas de poder; estas estruturas, em especial quando estão associadas à fraqueza dos freios estatais e dos contrapesos sindicais, explicam os rendimentos de quem está no topo da cadeia alimentar e não um suposto mérito que, vá lá perceber-se porquê, costuma ser confundido com os montantes arrecadados."
Postado por João Rodrigues
em Ladróes de bicicletas


 




 

sábado, 11 de maio de 2013

ALERTA CAMARADA


Meu camarada portugues: vamos empregar palavras simples! A grande maioria do nosso povo está contra o governo, o governo está  a roubar-nos sempre! P P Coelho P Portas, V Gaspar, são as figuras que dão as betas para nos anunciar as medidads para roubar aos pobres para entregar aos endinheiros, bancos, boys, seus palácios, algumas câmaras municipais gastam o dinheiro que tem e o que não tem, estando carregadas de calotes nas empresas que penetram nesta podriqueira. Há mais fundações, PPP, etc, mas fiquemos por aqui.

Depois da entrada na Comunidade Europeia, depois do Euro alemão, as entidades referidas gastaram todas as ajudas (mal)negociadas e o governo de então, do chefe desta quadrinha, hoje presidente da república, A C Silva, brincam connosco: ALERTA! ESTAMOS EM GUERRA CIVIL! Nós temos o maior exército; apenas os cobardes têm medo, ao serem roubados!  

 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ide passear gatunos


Lutemos com satisfação, contrarie com lhe faz mal, sem tristeza ou aborrecimento. Portugal é nosso e não de meio dúzia de bandidos que nunca souberam o que é a Democracia. Pedro, Paulo e Gaspar, por exemplo, são exemplo de um ditadura, ditadura que apenas leram, ou nem isso. Nunca trabalharam, nunca sentiram aquilo que fazem aos outros, por isso BASTA!

domingo, 5 de maio de 2013

O Amor...


Do amor e retalhos da vida,

Tantas ideias comigo guardei.

E, agora já sei

Como o destino quis adiar

O grande amor da minha vida.

 

...havia uma pétala

Que voava, voava,

Perto de mim...

Tão linda, tão linda,

A mais linda do jardim.

 

Só agora é o meu amor

E, mais linda ainda.

Com tal amor, mudei

A velha forma de amar!

Por isso o mundo está contente,

Não quero do mundo mais nada,

Do que o nosso amor presente,

Presente, agora e sempre,

Infinitamente!

 

Amar, amar o nosso amor,

Amar mais gente também,

E pôr a pétala na sua flor,

Como o destino acha bem.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

De Abril a Novembro de 1974, em Portugal!


Era
Pelo pão,
Pela paz,
Pela terra,
Pela liberdade e
Pela independência nacional.


Algumas palavras de ordem
Cantadas na revolução
Pela malta mais jovem,
No Abril em Portugal.


A gente, agora adulta, jovens naquele momento,
Ou não pensam no acontecimento,
Ou recordam muito mal,
O seu próprio comportamento.
O comportamento de tal geração;
Geração obrigada a pensar
E fazer o que dantes era proibido.


Da epopeia renascentista,
Da alma de heróis marinheiros
Que tanto orgulha Portugal,
Os jovens sentiram-se herdeiros
E, começaram,
Com igual coragem,
A ter sonhos,
A ter utopias,
A ter o seu próprio ideal.
Sabendo que a chama da revolução,
Era já coincidência racional,
Não podiam,
Nem deviam,
Ao tentar mudar esta nação,
Confundir os oportunistas, que mentiam,
Parando de novo, o povo de Portugal.


Camões, Mendes Pinto, Pessoa
E muitos heróis, sem nome,
Mas conhecidos, mereciam
Que o país não andasse tão incerto:


Com a grande burguesia em fuga,
Com as velhas políticas á toa
Seria o militante jovem, político esboçado
A fazer, como sabia,
O despertar dos sentidos dum povo


Cheio de promessas, mas enteado
Como dantes, de Portugal,
E, de novo,
Sem pão,
Sem paz,
Sem terra,
Sem liberdade,
Sem independência nacional.


Os jovens da vanguarda são poucos
Iludindo o caminho certo.
Vão andando, andando...
Em multidões primeiro,
Andando, depois como loucos,
Falando para o deserto,
Muitas vezes isolados.


Os cobardes, esses recrutavam,
Agentes entre nós!!!
Sem alma
Nem coração
O nosso inferno era o seu céu
Quando pior, melhor, pensavam.
E assim aconteceu.


Os jovens daquela época,
Não eras tu,
Não era ele,
Não era eu.
Não, não era ninguém,
E... alguma coisa aconteceu?

Apenas esta mágoa,
Digo eu !!!