(…) Se um pensamento recordado ficar sem conclusão, por
adversidades ou mudança das condições não reflectidas na altura, o andamento da
natureza não pára, nem sequer faz intervalos para descansar ou hibernam como
alguns animais. Os outros seres a que chamamos inanimados, também têm sustento
que, geralmente escapam à pressa do nosso viver; quem perceber a sua existência
como um elo, nesta multidão, respeitar os outros, quem honrar, reparar na
beleza e maravilhas dos montes, rios, serras ou vales, não terá uma passagem
tão curta como tantas vezes se diz e julgará: esta vida é única mas sublime!(…)
Pag. 113, de "A PIANISTA DOS LOBOS"
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