Todo o trabalhador.
Um sincero operário
Ou humilde camponês,
Para ganhar p´ra comer,
Pedem um grande favor
E haverão de tentar,
Até ao final do mês
Mais, impostos a pagar!
Os varões do capital,
Pensando conter o mundo:
Inventaram este modo
Na arte de trabalhar;
Para ter o lucro todo
E vontade de mandar!
Se começas a pensar,
Tuas ideias dirão
Verás que em Portugal
A fartura do patrão,
É feita de forma igual
Dos gamanços, ambição,
De um governo eleito
Com a maior votação.
Basta agora, ver isto:
Na actual corrupção,
Formada de qualquer jeito,
Consoante o horário,
Empresário é ministro
Ministro é empresário!
Caro amigo, camarada,
Nem há nenhum álibi,
Por aquela asneirada.
O parlamento daqui,
De tanta demagogia
Foi preferido, por ti…
Ou outros teus camaradas,
P´ra nos roubar noite e dia!
Agora é fácil reparar,
Governo está ciente,
Dos ricos a premiar!
…Serás sempre o cliente,
Dos pobres da nossa gente!
Fica sabendo, amigo,
O roubo que és sujeito,
Será sempre contra ti
E da mais gente carente,
Que inda moram aqui!
No nosso estado, doente.
Desperta tua cidade,
E não te deténs em nada!
Assim a sociedade
Está, então condenada…
Quem produziu o há,
Não terá nada de seu;
Quem nos governa terá
Tudo o que há, como seu!
E, até quando será?…
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