“Sabia que do total do crédito "oferecido" a
Portugal no âmbito do programa de assistência da 'troika' de 78 mil milhões de
euros, 34.400 milhões de euros, corresponde ao valor total a pagar em juros ao
longo do prazo dos empréstimos, ou seja, quase 45% do valor emprestado?
Sabia que o montante destinado às empresas do sector
financeiro são 12 mil milhões de euros reservados para a recapitalização da
banca?Tecnicamente falante, os empréstimos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) ou do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) têm uma maturidade (duração) média de 12 anos, a uma taxa de juro média de 4%.
Já os empréstimos do Fundo têm uma maturidade média de sete
anos e três meses, e uma taxa de juro média de 5 por cento - mas neste caso
"a taxa de juro é variável, à qual acresce um 'spread' [diferencial] que
depende do montante em dívida e pode chegar a perto de 400 [pontos base] depois
dos três primeiros anos", lê-se no documento das Finanças.
Sabia que ao contrário do inicialmente previsto, o pagamento
de juros de Portugal à troika está a incidir na totalidade dos 12 mil milhões
de euros destinado à capitalização da banca, e não apenas no montante até agora
utilizado?Sabia que da fatia de 12 mil milhões, o Estado injectou este ano 4,5 mil milhões de euros no BCP e no BPI. Os restantes 7,5 mil milhões de euros estão depositados numa conta bancária no Banco de Portugal e não podem ser utilizados para dedução da dívida?”
Ou seja dos 78 mil milhões emprestados a Portugal, 34 mil
milhões são para pagar juros + 12 mil milhões para a recapitalização da banca,
sobram menos de 32 mil milhões para a economia real."
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