(…) Puxou fumo, fez uma
leve pausa, recomeçou.
- Ora aqui, meu amigo,
pus a minha lucidez em acção. Trabalhar para o futuro, está bem, pensei eu,
trabalhar para os outros terem liberdade, está certo. Mas então eu? Eu não sou
ninguém? Se fosse cristão, trabalhava alegremente pelo futuro dos outros,
porque lá tinha a minha recompensa no céu; mas também, se eu fosse cristão, não
era anarquista, (…)
De, O Banqueiro
Anarquista de
(…) Puxou fumo, fez uma
leve pausa, recomeçou.
- Ora aqui, meu amigo,
pus a minha lucidez em acção. Trabalhar para o futuro, está bem, pensei eu,
trabalhar para os outros terem liberdade, está certo. Mas então eu? Eu não sou
ninguém? Se fosse cristão, trabalhava alegremente pelo futuro dos outros,
porque lá tinha a minha recompensa no céu; mas também, se eu fosse cristão, não
era anarquista, (…)
De, O Banqueiro
Anarquista de Fernando Pessoa.
Sem comentários:
Enviar um comentário