Devorados os pequenos-almoços no centro de Arouca, por isso,
de doces saciados, regressámos a casa. No regresso, passamos por um senhor que
dirigia um carro de bois carregado de toros de pinho, na subida de Mansores,
pela estrada nacional 326, de terceira categoria.
‒ Zitinho, pergunta ao senhor onde fica o mar de Mansores.
‒ Ele sabe?
‒ Sabe, ele é daqui!
Rápido, paro o carro. Ele, ainda mais rápido, sai, arranja o
casaco e pergunta:
‒ Ó Senhor, se faz favor, informa-me onde fica o mar de
Mansores?
O homem não responde! Corre com a vara de aguilhão
levantada, obrigando o rapaz também a correr para fugir. O Zitinho, muito mais
novo que o guia dos bois, é mais rápido e foge para o seu lugar no 2 CV. Abre a
porta e diz-me:
‒ Arranca!
Como o carro estava ligado, arrancamos os dois no 2 CV! Já
perceberam que não era um cavalo de cada um; um cavalo para mim e outro cavalo
para o Zitinho. Não! Vínhamos no nosso carro de dois cavalos de potência e
tudo! O nosso 2 CV era um veículo motorizado com lugar para quatro
pessoas!
‒ Zé, mete a segunda!
‒ É a subir, não posso…
Íamos os dois a balancear o corpo tentando ajudar o vigor do
carro. O Zitinho diz:
‒ Ainda bem que o homem já não corre…
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